Autor: Rubens (Page 15 of 108)

Tigela de Madeira

Um senhor de idade foi morar com seu filho, nora e o netinho de quatro anos de idade. As mãos do velho eram trêmulas, sua visão embaçada e seus passos vacilantes.

A família comia reunida à mesa mas, mas as mãos trêmulas e a visão falha do avô, o atrapalhavam na hora de comer. Ervilhas rolavam de sua colher e caíam no chão. Quando pegava o copo, leite era derramado na toalha da mesa. O filho e a nora irritaram-se com a bagunça.

— Precisamos tomar uma providência com respeito ao papai, disse o filho.

— Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com a boca aberta e comida pelo chão.

Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha. Ali, o avô comia sozinho enquanto o restante da família fazia as refeições à mesa, com satisfação. Desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida agora era servida numa tigela de madeira.

Quando a família olhava para o avô sentado ali sozinho, às vezes ele tinha lágrimas em seus olhos. Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam eram demonstrações ásperas de repreensão, quando ele deixava um talher ou comida cair ao chão. O menino de 4 anos de idade assistia a tudo em silêncio.

Uma noite, antes do jantar, o pai percebeu que o filho pequeno estava no chão, manuseando pedaços de madeira. Ele perguntou delicadamente à criança:

— O que você está fazendo, meu filho?

O menino respondeu docemente:

— Oh, estou fazendo uma tigela para você e mamãe comerem, quando eu crescer e vocês ficarem velhinhos.

O garoto de quatro anos de idade sorriu e voltou ao trabalho. Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que eles ficaram mudos. Então lágrimas começaram a escorrer de seus olhos. Embora ninguém tivesse falado nada, ambos sabiam o que precisava ser feito.

Naquela noite o pai tomou o avô pelas mãos e gentilmente o conduziu à mesa da família. Dali para frente e até o final de seus dias, ele comeu todas as refeições com a família. E por alguma razão, o marido e a esposa não se importavam mais quando um garfo caía, leite era derramado ou a toalha da mesa sujava.

Texto escrito por um brasileiro que vive na Europa

Já vai para 18 anos que estou aqui na Volvo, uma empresa sueca. Trabalhar com eles é uma convivência, no mínimo, interessante. Qualquer projeto aqui demora 2 anos para se concretizar, mesmo que a idéia seja brilhante e simples. É regra. Então, nos processos globais, nós (brasileiros, americanos, australianos, asiáticos) ficamos aflitos por resultados imediatos, uma ansiedade generalizada. Porém, nosso senso de urgência não surte qualquer efeito neste prazo.

Os suecos discutem, discutem, fazem “n” reuniões, ponderações. E trabalham num esquema bem mais “slow down”. O pior é constatar que, no final, acaba sempre dando certo no tempo deles com a maturidade da tecnologia e da necessidade: bem pouco se perde aqui.

E vejo assim:

  1. O país é do tamanho de São Paulo;
  2. O país tem 2 milhões de habitantes;
  3. Sua maior cidade, Estocolmo, tem 500.000 habitantes (compare com Curitiba, que tem 2 milhões);
  4. Empresas de capital sueco: Volvo, Scania, Ericsson, Electrolux, ABB, Nokia, Nobel Biocare… Nada mal, não?
  5. Para ter uma idéia, a Volvo fabrica os motores propulsores para os foguetes da NASA.

Digo para os demais nestes nossos grupos globais: os suecos podem estar errados, mas são eles que pagam nossos salários.

Entretanto, vale salientar que não conheço um povo, como povo mesmo, que tenha mais cultura coletiva do que eles. Vou contar para vocês uma breve só para dar noção.

A primeira vez que fui para lá, em 90, um dos colegas suecos me pegava no hotel toda manhã. Era setembro, frio, nevasca. Chegávamos cedo na Volvo e ele estacionava o carro bem longe da porta de entrada (são 2.000 funcionários de carro). No primeiro dia não disse nada, no segundo, no terceiro… Depois, com um pouco mais de intimidade, numa manhã, perguntei:

“Você tem lugar demarcado para estacionar aqui? Notei que chegamos cedo, o estacionamento vazio e você deixa o carro lá no final.”

Ele me respondeu simples assim: “É que chegamos cedo, então temos tempo de caminhar – quem chegar mais tarde já vai estar atrasado, melhor que fique mais perto da porta. Você não acha?”

Olha a minha cara! Ainda bem que tive esta na primeira. Deu para rever bastante os meus conceitos.

Há um grande movimento na Europa hoje, chamado Slow Food. A Slow Food International Association – cujo símbolo é um caracol, tem sua base na Itália ( o site, é muito interessante. Veja-o! ). O que o movimento Slow Food prega é que as pessoas devem comer e beber devagar,saboreando os alimentos, “curtindo” seu preparo, no convívio com a família, com amigos, sem pressa e com qualidade.

A idéia é a de se contrapor ao espírito do Fast Food e o que ele representa como estilo de vida em que o americano endeusificou.

A surpresa, porém, é que esse movimento do Slow Food está servindo de base para um movimento mais amplo chamado Slow Europe como salientou a revista Business Week numa edição européia.

A base de tudo está no questionamento da “pressa” e da “loucura” gerada pela globalização, pelo apelo à “quantidade do ter” em contraposição à qualidade de vida ou à “qualidade do ser”.

Segundo a Business Week, os trabalhadores franceses, embora trabalhem menos horas( 35 horas por semana ) são mais produtivos que seus colegas americanos ou ingleses.

E os alemães, que em muitas empresas instituíram uma semana de 28,8 horas de trabalho, viram sua produtividade crescer nada menos que 20%.

Essa chamada “slow atitude” está chamando a atenção até dos americanos, apologistas do “Fast” (rápido) e do “Do it now” (faça já).

Portanto, essa “atitude sem-pressa” não significa fazer menos, nem ter menor produtividade.

Significa, sim, fazer as coisas e trabalhar com mais “qualidade” e “produtividade” com maior perfeição, atenção aos detalhes e com menos “stress”.

Significa retomar os valores da família, dos amigos, do tempo livre, do lazer, das pequenas comunidades, do “local”, presente e concreto em contraposição ao “global” – indefinido e anônimo. Significa a retomada dos valores essenciais do ser humano, dos pequenos prazeres do cotidiano, da simplicidade de viver e conviver e até da religião e da fé.

Significa um ambiente de trabalho menos coercitivo, mais alegre, mais “leve” e, portanto, mais produtivo onde seres humanos, felizes, fazem com prazer, o que sabem fazer de melhor.

Gostaria de que você pensasse um pouco sobre isso…

Será que os velhos ditados “Devagar se vai ao longe” ou ainda “A pressa é inimiga da perfeição” não merecem novamente nossa atenção nestes tempos de desenfreada loucura?

Será que nossas empresas não deveriam também pensar em programas sérios de “qualidade sem-pressa” até para aumentar a produtividade e qualidade de nossos produtos e serviços sem a necessária perda da “qualidade do ser”?

No filme “Perfume de Mulher”, há uma cena inesquecível, em que um personagem cego, vivido por Al Pacino, tira uma moça para dançar e ela responde:

“Não posso, porque meu noivo vai chegar em poucos minutos.”

“Mas em um momento se vive uma vida” – responde ele, conduzindo-a num passo de tango.

E esta pequena cena é o momento mais bonito do filme.

Algumas pessoas vivem correndo atrás do tempo, mas parece que só alcançam quando morrem enfartados, ou algo assim.

Para outros, o tempo demora a passar; ficam ansiosos com o futuro e se esquecem de viver o presente, que é o único tempo que existe.

Tempo todo mundo tem, por igual!

Ninguém tem mais nem menos que 24 horas por dia. A diferença é o que cada um faz do seu tempo. Precisamos saber aproveitar cada momento, porque, como disse John Lennon:

“A vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro”…

Parabéns por ter lido até o final!

Muitos não lerão esta mensagem até o final, porque não podem “perder” o seu tempo neste mundo globalizado.

Pense e reflita, até que ponto vale a pena deixar de curtir sua família.De ficar com a pessoa amada, ir pescar no fim de semana ou outras coisas…

Poderá ser tarde demais!

Saber aprender para sobreviver…

Teste sua percepção…

Você está dirigindo um ônibus que vai de Belo Horizonte para Salvador.

No início temos 32 passageiros no ônibus.

Na primeira parada, 11 pessoas saem do ônibus e 9 entram.

Na segunda parada, 2 pessoas saem do ônibus e 2 entram.

Na parada seguinte, 12 pessoas entram e 16 pessoas saem.

Na próxima parada, 5 pessoas entram no ônibus e 3 saem.

Qual a cor dos olhos do motorista do ônibus ?

PENSE !!! Depois veja a resposta logo abaixo !!! . . . .

A chave para entender o problema é prestar atenção na informação certa.

Se nos preocupamos com o número de pessoas que entra e sai do ônibus, estamos dando atenção à informação desnecessária.

Ela nos distrai da informação importante.

A resposta para o problema está na primeira sentença.

VOCÊ está dirigindo o ônibus !

Então, a cor dos olhos do motorista é a cor dos SEUS olhos.

Se você não acertou, não se preocupe.

A maioria das pessoas não responde corretamente.

Se você acertou, você tem uma excelente habilidade para resolver problemas.

Quantas vezes não passamos por isto em nossas vidas profissionais ?

Algo menos importante nos desvia do nosso foco principal.

E quantas coisas estão claras, foram ditas e passam despercebidas ?

Colaboração: Renato Antunes Oliveira

Testamento

Manuel Bandeira

O que não tenho e desejo
É que melhor me enriquece.
Tive uns dinheiros – perdi-os…
Tive amores – esqueci-os.
Mas no maior desespero
Rezei: ganhei essa prece.
Vi terras da minha terra.
Por outras terras andei.
Mas o que ficou marcado
No meu olhar fatigado,
Foram terras que inventei.
Gosto muito de crianças:
Não tive um filho de meu.
Um filho!… Não foi de jeito…
Mas trago dentro do peito
Meu filho que não nasceu.
Criou-me, desde eu menino
Para arquiteto meu pai.
Foi-se-me um dia a saúde…
Fiz-me arquiteto? Não pude!
Sou poeta menor, perdoai!
Não faço versos de guerra.
Não faço porque não sei.
Mas num torpedo-suicida
Darei de bom grado a vida
Na luta em que não lutei!

Terapia do Elogio

Renomados terapeutas que trabalham com famílias, divulgaram uma recente pesquisa onde nota-se que os membros das famílias brasileiras estão cada vez mais frios: não existe mais carinho, não valorizam mais as qualidades, só se ouvem críticas.

As pessoas estão cada vez mais intolerantes e se desgastam valorizando os defeitos dos outros.

Por isso, os relacionamentos de hoje não duram.

A ausência de elogio está cada vez mais presente nas famílias de média e alta renda. Não vemos mais homens elogiando suas mulheres ou vice-versa, não vemos chefes elogiando o trabalho de seus subordinados, não vemos mais pais e filhos se elogiando; amigos, etc.

Só vemos pessoas fúteis valorizando artistas, cantores, pessoas que usam a imagem para ganhar dinheiro e que, por conseqüência são pessoas que tem a obrigação de cuidar do corpo, do rosto.

Essa ausência de elogio tem afetado muito as famílias.

A falta de diálogo em seus lares, o excesso de orgulho impede que as pessoas digam o que sentem e levam essa carência para dentro dos consultórios.

Acabam com seus casamentos, acabam procurando em outras pessoas o que não conseguem dentro de casa.

Vamos começar a valorizar nossas famílias, amigos, alunos,subordinados. Vamos elogiar o bom profissional, a boa atitude, a ética, a beleza de nossos parceiros ou nossas parceiras, o comportamento de nossos filhos.

Vamos observar o que as pessoas gostam. O bom profissional gosta de ser reconhecido, o bom filho gosta de ser reconhecido, o bom pai ou a boa mãe gostam de ser reconhecidos, o bom amigo quer se sentir querido, a boa dona de casa valorizada, a mulher que se cuida, o homem que se cuida, enfim vivemos numa sociedade em que um precisa do outro; é impossível um homem viver sozinho, e os elogios são a motivação na vida de qualquer pessoa.

Quantas pessoas você poderá fazer feliz hoje elogiando de alguma forma?

Teoria moral da manga

Rubem Alves

O velho caipira, com cara de amigo, que encontrei num Banco, estava esperando para ser atendido. Ele ia abrir uma conta. Começo de um novo ano… Novas perspectivas… E como não podia deixar de ser, também começou ali um daqueles papos de fila de banco. Contas, décimo terceiro que desapareceu, problemas do Brasil, tsunami… Será que vai chover?

Mas, em determinado momento, a conversa tomou um rumo: “Qual é então o maior problema do Brasil para ser resolvido?” E aí, o representante rural, nosso querido “Mazzaropi da modernidade” falou com um tom sério demais para aquele dia: “O maior problema do Brasil é que sobra muita manga!”

Tentei entender a teoria… Fez-se um silêncio e ele continuou: “O senhor já viu como sobra manga hoje debaixo das árvores? Já percebeu como se desperdiça manga? Sim… Creio que todos já percebemos isto… Onde tem pé de manga, tem sobrado manga…” E aí ele continuou: “Num país onde mendigo passa fome ao lado de um pé de manga… Isso é um absurdo! Num país que sobra manga tem pouca criança. Se tiver pouca criança as casas são vazias… Ou as crianças que tem já foram educadas para acreditar que só “ice cream” e jujuba são sobremesas gostosas. Boa é criança que come manga e deixa escorrer o caldo na roupa… É sinal que a mãe vai lavar, vai dar bronca, vai se preocupar com o filho. Se for filho tem pai….

Se tiver pai e manga de sobremesa é porque a família é pobre… Se for pobre, o pai tem que ser trabalhador… Se for trabalhador tem que ser honesto… Se for honesto, sabe conversar… Se souber conversar, os filhos vão compreender que refeição feliz tem manga que é comida de criança pobre e que brinca e sobe em árvore… Se subir em árvore, é por que tem passarinho que canta e espaço para a árvore crescer e para fazer sombra… Se tiver sombra tem um banco de madeira para o pai chegar do trabalho e descansar…

Quem descansa no banco, depois do trabalho, embaixo da árvore, na sombra, comendo manga é porque toca viola… E com certeza tá com o pé na grama… Quem pisa no chão e toca música tem casa feliz… Quem é feliz e canta com o violeiro, sabe rezar… Quem sabe rezar sabe amar… Quem ama, se dedica… Quem se dedica, ama, reza, canta e come manga, tem coração simples… Quem tem coração assim, louva a Deus. Quem louva a Deus, não tem medo… Nada faltará porque tem fé… Se tiver fé em Deus, vê na manga a providência divina… Come a manga, faz doce, faz suco e não deixa a manga sobrar… Se não sobra manga, tá todo mundo ocupado, de barriga cheia e feliz. Quem tá feliz… Não reclama da vida em fila do banco… “

Daí fez-se um silêncio…

Teoria das janelas partidas

Por Enio Beal

Em 1969, na Universidade de Stanford (EUA), o Prof. Phillip Zimbardo realizou uma experiência de psicologia social. Deixou dois automóveis abandonados na via pública; dois automóveis idênticos, da mesma marca, modelo e até cor. Um deixado no Bronx, na altura uma zona pobre e conflituosa de Nova York e o outro em Palo Alto, uma zona rica e tranqüila da Califórnia.

Dois automóveis idênticos, abandonados em dois bairros com populações muito diferentes e uma equipe de especialistas em psicologia social estudando as condutas das pessoas em cada lugar.

Resultou que o automóvel abandonado no Bronx começou a ser vandalizado em poucas horas. Perdeu as janelas, o motor, os espelhos, o rádio, etc. Levaram tudo o que fosse aproveitável e aquilo que não puderam levar, destruíram. Contrariamente, o automóvel abandonado em Palo Alto manteve-se intacto.

É comum atribuir à pobreza as causas de delito. Atribuição em que coincidem as posições ideológicas mais conservadoras, (da direita e esquerda). Contudo, a experiência em questão não terminou aí, quando o automóvel abandonado no Bronx já estava desfeito e o de Palo Alto estava a uma semana impecável, os investigadores partiram um vidro do automóvel de Palo Alto.

O resultado foi que se desencadeou o mesmo processo que o do Bronx, e o roubo, a violência e o vandalismo reduziram o veículo ao mesmo estado que o do bairro pobre. Por quê que o vidro partido na viatura abandonada num bairro supostamente seguro, é capaz de disparar todo um processo delituoso?

Não se trata de pobreza. Evidentemente é algo que tem a ver com a psicologia humana e com as relações sociais.

Um vidro partido num automóvel abandonado transmite uma idéia de deterioração, de desinteresse, de despreocupação que vai quebrar os códigos de convivência, como de ausência de lei, de normas, de regras, como que vale tudo. Cada novo ataque que o automóvel sofre reafirma e multiplica essa idéia, até que a escalada de atos cada vez piores, se torna incontrolável, desembocando numa violência irracional.

Em experiências posteriores (James Q. Wilson e George Kelling), desenvolveram a Teoria das Janelas Partidas, a mesma que de um ponto de vista criminalístico, conclui que o delito é maior nas zonas onde o descuido, a sujeira, a desordem e o maltrato são maiores.

Se se quebra um vidro de uma janela de um edifício e ninguém o conserta, muito rapidamente estarão quebrados todos os demais. Se uma comunidade exibe sinais de deterioração e isto parece não importar a ninguém, então ali se gerará o delito.

Se se cometem pequenas faltas (estacionar-se em lugar proibido, exceder o limite de velocidade ou passar-se um semáforo vermelho) e as mesmas não são punidas, então começam as faltas maiores e logo delitos cada vez mais graves. Se se permitem atitudes violentas como algo normal no desenvolvimento das crianças, o padrão de desenvolvimento será de maior violência quando estas pessoas forem adultas.

Se os parques e outros espaços públicos deteriorados são progressivamente abandonados pela maioria das pessoas (que deixa de sair das suas casas por temor aos gangs), estes mesmos espaços abandonados pelas pessoas são progressivamente ocupados pelos delinqüentes.

Teoria das Janelas Partidas foi aplicada pela primeira vez em meados da década de 80 no metrô de Nova York, o qual se havia convertido no ponto mais perigoso da cidade. Começou-se por combater as pequenas transgressões: grafites deteriorando o lugar, sujeira das estações, alcoolismo entre o público, evasões ao pagamento de passagem, pequenos roubos e desordens. Os resultados foram evidentes. Começando pelo pequeno delito, conseguiu-se fazer do metrô um lugar seguro.

Posteriormente, em 1994, Rudolph Giuliani, o prefeito de Nova York, baseado na Teoria das Janelas Partidas e na experiência do metrô, impulsionou uma política de Tolerância Zero. A estratégia consistia em criar comunidades limpas e ordenadas, não permitindo transgressões à Lei e às normas de convivência urbana.

O resultado prático foi uma enorme redução de todos os índices criminais da cidade de Nova York. A expressão Tolerância Zero soa como uma espécie de solução autoritária e repressiva, mas o seu conceito principal é muito mais a prevenção e promoção de condições sociais de segurança.

Não se trata de linchar o delinqüente, nem da prepotência da polícia. De fato, a respeito dos abusos de autoridade, deve-se também aplicar a tolerância zero. Não é tolerância zero em relação à pessoa que comete o delito, mas tolerância zero em relação ao próprio delito. Trata-se de criar comunidades limpas, ordenadas, respeitosas da lei e dos códigos básicos da convivência social humana.

Tente Outra Vez

Jonas Salk, que juntamente com Albert Sabin, descobriu a vacina contra a poliomielite, compreendeu o conceito de ser corajoso.

Certa vez, alguém lhe perguntou: Depois de ter conseguido esta façanha extraordinária, que pôs fim à palavra poliomielite em nosso vocabulário, como o senhor encara seus 200 fracassos anteriores?

Sua resposta foi: Eu nunca tive 200 fracassos na vida. Minha família nunca os considerou fracassos. Eles serviram de experiência para que eu pudesse aprender mais.

Acabo de realizar minha 201ª descoberta. Ela não teria sido possível se eu não tivesse aprendido com as 200 experiências anteriores.

Winston Churchill também foi um homem de coragem. Ele não se intimidava diante de seus erros. Quando cometia um, ele o analisava cuidadosamente.

Um dia alguém lhe perguntou.

— Senhor Winston, qual foi a sua experiência na escola que melhor o preparou para liderar a Grã-Bretanha nas horas mais sombrias?

Churchill pensou por alguns instantes e respondeu:

— Quando fui repetente no curso médio.

— O senhor considerou isso um fracasso?

— Não – replicou Winston – tive duas oportunidades para acertar.

Essas lições de vida nos dão ensejo de refletir sobre nossa própria maneira de encarar os fatos.

Quando tentamos resolver um problema de uma forma e não logramos êxito, não temos aí um motivo para desistir ou nos sentir derrotados.

Podemos considerar que já sabemos mais uma maneira que não deve ser usada.

Os insucessos não são fracassos, mas experiências que, se considerados como lições, podem nos ajudar a aprender mais depressa.

Quem caminha pode cair, mas não precisa ficar no chão.

Quem anda pode tropeçar, mas não necessita ficar lamentando o ocorrido.

Quem está trabalhando pode tomar uma decisão equivocada, mas isso não é motivo para desistir.

Somente quem não realiza nenhuma atividade não corre riscos. Mas também não dá nenhum passo à frente. Fica estacionado no mesmo lugar.

O fato de uma ação nossa não trazer o resultado esperado, não quer dizer que tenha sido um fracasso. Pode ser, sim, mais um aprendizado. Mais uma experiência que se soma às demais.

Por todas essas razões, você não deve se deixar derrotar pelas tentativas que não tiveram o êxito esperado.

Cada tentativa, vitoriosa ou não, será sempre uma experiência a mais no arquivo do seu aprendizado. Pense nisso!

Thomas Edison fez mil experiências para conseguir inventar a lâmpada. Um jovem repórter perguntou o que ele achava de tantos fracassos. Edison respondeu: – “Não fracassei nenhuma vez. Inventei a lâmpada. Acontece que foi um processo de 1.000 passos.”

E assim foi que, de experiência em experiência, ele conseguiu a incandescência dos filamentos da lâmpada elétrica. Isso tudo porque ele não desistiu diante dos inúmeros insucessos.

E se você já tentou várias vezes e não deu certo, tente outra vez!

Tenha pensamentos que sejam como as abelhas.

Transcrição: Tadeu Artur Cavedem

Os pensamentos vão e vêm, constantemente; e os bons, como as abelhas que procuram o néctar das flores para fazer o mel, partem em busca da felicidade.

Esses pensamentos trazem-lhe o “mel da felicidade”, quando você tem boa apreciação da vida, aceita que há amor nas pessoas, que as dificuldades são mestras, que tem um bom futuro, que a vida é eterna e que deus é o melhor que existe.

Fuja dos maus pensamentos. Eles são abelhas que picam.

A sua felicidade cresce com os pensamentos positivos.

Tem sempre presente

Tem sempre presente,
Que a pele se enruga,
Que o cabelo se torna branco,
Que os dias se convertem em anos,
Mas o mais importante não muda!

Tua força interior e tuas convicções
Não têm idade.
Teu espírito é o espanador
De qualquer teia de aranha.

Atrás de cada linha de chegada,
Há uma de partida.
Atrás de cada trunfo,
Há outro desafio.
Enquanto estiveres vivo,
Sente-te vivo.
Se sentes saudades do que fazias,
Torna a fazê-lo.

Não viva de fotografias amareladas.
Continua,
Apesar de todos esperarem que abandones.

Não deixes que se enferruje
O ferro que há em você.

Faz com que em lugar de pena,
Te respeitem.
Quando pelos anos não consigas correr,
Trota.
Quando não possas trotar,
Caminha.
Quando não possas caminhar,
Usa bengala.
Mas Nunca te Detenhas!

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