Categoria: Histórias (Page 33 of 105)

Os Burros e o Mercado

Uma vez, num pequeno e distante vilarejo, apareceu um homem anunciando que compraria burros por R$10,00 cada. Como havia muitos burros na região, os aldeões iniciaram a caçada. O homem comprou centenas de burros a R$10,00, e como os aldeões diminuíram o esforço na caça, o homem anunciou que pagaria R$20,00 por cada burro.

Os aldeões foram novamente à caça, mas logo os burros foram escasseando e os aldeões desistiram da busca. A oferta aumentou então para R$25,00 e a quantidade de burros ficou tão pequena que já não havia mais interesse em caçá-los. O homem então anunciou que compraria cada burro por R$50,00! Como iria à cidade grande, deixaria seu assistente cuidando da compra dos burros.

Na ausência do homem, seu assistente propôs aos aldeões:

— Sabem os burros que o homem comprou de vocês? Eu posso vendê-los a vocês a R$35,00 cada. Quando o homem voltar da cidade, vocês vendem a ele pelos R$50,00 que ele oferece, e ganham uma boa bolada.

Os aldeões pegaram suas economias e compraram todos os burros do assistente. Os dias se passaram, e eles nunca mais viram nem o homem, nem o seu assistente, somente burros por todos os lados.

Entendeu agora como funciona o mercado de ações?

O Sabor da Dor

O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d’água e bebesse.

— Qual é o gosto? – perguntou o Mestre.

— Ruim – disse o aprendiz.

O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.

Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago.

Então o velho disse:

— Beba um pouco dessa água.

Enquanto a água corria do queixo do jovem, o Mestre perguntou:

— Qual é o gosto?

— Bom! Disse o rapaz.

— Você sente o gosto do sal? Perguntou o Mestre.

— Não disse o jovem.

O Mestre então, sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:

— A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta. É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu. Em outras palavras: É deixar de Ser copo para tornar-se um Lago.

Somos o que fazemos, mas somos principalmente o que fazemos para mudar o que somos

O Sábio

Certo dia, a Solidão bateu à porta de um grande sábio e ele convidou-a para entrar.

Pouco depois saiu decepcionada, pois descobriu que não podia capturar nada daquele ser bondoso, porque ele nunca estava sozinho; estava sempre acompanhado pelo amor de Deus.

Outro dia, a Ilusão também bateu à porta daquele sábio.

Ele, amorosamente, convidou-a para entrar em sua humilde casa; mas logo depois ela saiu correndo gritando que estava cega, pois o coração dele era tão luminoso de amor que havia ofuscado a própria Ilusão.

Mais adiante , apareceu a Tristeza.

Antes mesmo que ela batesse à porta, o sábio saiu na janela e dirigiu-lhe um sorriso enternecido.

A Tristeza recuou e disse que era engano e foi bater em alguma outra porta que não fosse tão luminosa.

E assim a fama do sábio foi crescendo; a cada dia, novos visitantes chegavam tentando conquistá-lo.

Num dia era o Desespero, no outro a Impaciência; depois vieram a

Mentira, o Ódio, a Culpa e o Engano.

Pura perda de tempo; o sábio convidava todos a entrarem e eles saiam decepcionados com o equilíbrio daquela alma bondosa.

Porém, um dia, a Morte bateu à sua porta e ele também convidou-a para entrar …

Seus discípulos esperavam que ela saísse correndo a qualquer momento, ofuscada pelo amor do mestre.

Entretanto, tal não aconteceu.

O tempo foi passando e nem ela nem o sábio apareciam.

Cheios de receio, entraram e encontraram o cadáver do mestre estirado no chão.

Ficaram muito tristes e começaram a chorar ao ver que o querido mestre havia partido com a Morte.

Na mesma hora, começaram a entrar na casa, todos os outros servos da

Ignorância que nunca tinham conseguido permanecer naquele recinto; a

Tristeza havia aberto a porta e os mantia lá dentro.

Entram na nossa morada aqueles que convidamos, mas só permanecem conosco, aqueles que encontram ambiente propício para se estabelecerem.

Colaboração: Renato Antunes Oliveira

Os 3 últimos desejos de ALEXANDRE O GRANDE

  1. Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;
  2. Que fosse espalhado no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistado como prata , ouro, e pedras preciosas ;
  3. Que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.

Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a ALEXANDRE quais as razões desses pedidos e ele explicou:

  1. Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte;
  2. Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;
  3. Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.

O Rouxinol e a Rosa

Era uma vez, um rouxinol que vivia em um jardim.

No jardim havia uma casa, cuja janela se abria todas as manhãs.

Na janela, um jovem, comia pão, olhando as belezas do jardim.

Sempre deixava cair farelos de pão, sobre a janela.

O rouxinol, comia os farelos, acreditando que o jovem os deixava de propósito para ele.

Assim criou um grande afeto, pelo jovem que se importava em alimentá-lo, mesmo com migalhas.

O jovem um dia se apaixonou.

Ao se declarar a sua amada, ela disse que só aceitaria seu amor, se como prova, ele desse a ela, na manhã seguinte, uma rosa vermelha.

O jovem, percorreu todas as floriculturas da cidade, sua busca foi em vão, não encontrou nenhuma rosa para ofertar a sua amada.

Triste, desolado, o jovem foi falar com o jardineiro da casa onde vivia. O jardineiro explicou a ele, que poderia presenteá-la com petúnias, violetas, cravos, menos rosas.

Elas estavam fora de época, era impossível consegui-las, naquela estação.

O rouxinol, que escutara a conversa, ficou penalizado pela desolação do jovem, teria que fazer algo para ajudar seu amigo, a conseguir a flor.

Assim, a ave procurou o deus dos pássaros que assim falou:

— Na verdade, você pode conseguir uma rosa vermelha para teu amigo, mas o sacrifício é grande, e pode custar-lhe a vida!

— Não importa respondeu a ave. O que devo fazer?

— Bem, você terá que se emaranhar em uma roseira, e ali cantar a noite toda, sem parar, o esforço é muito grande, seu peito pode não agüentar.

— Assim farei, respondeu a ave, é para a felicidade de um amigo!

Quando escureceu, o rouxinol, se emaranhou em meio a uma roseira, que ficava frente a janela do jovem.

Ali, se pôs a cantar, seu canto mais alegre, precisava caprichar na formação da flor.

Um grande espinho, começou a entrar no peito do rouxinol, quanto mais ele cantava, mais o espinho entrava em seu peito.

O rouxinol não parou, continuou seu canto, pela felicidade de um amigo, um canto que simbolizava gratidão, amizade. Um canto de doação, mesmo que fosse da própria vida!

Do peito da pobre ave, começou a escorrer sangue, que foi se acumulando sobre o galho da roseira, mas ela não se deteve nem se entristeceu.

Pela manhã, ao abrir a janela, o jovem se deteve diante da mais linda rosa vermelha, formada pelo sangue da ave, nem questionou o milagre, apenas colheu a rosa.

Ao olhar o corpo inerte da pobre ave, o jovem disse:

— Que ave estúpida! Tendo tantas árvores para cantar, foi se enfiar justamente em meio a roseira que tem espinhos, pelo menos agora dormirei melhor, sem ter que escutar seu canto chato.

Moral da história:

Cada um dá o que tem no coração, cada um recebe com o coração que tem…

O Rio que não Gostava de Mudar

Ricardo kelmer

Movimento significa contínua transformação, mudança, aprendizado. Significa evolução. Isso nos faz lembrar da historinha sobre o sentido da vida.

Ela diz que somos todos como o rio que vai descendo, procurando o melhor caminho. Podemos nos enganar muitas vezes mas isso fará parte do aprendizado e não da derrota. Podemos cansar de tudo e, deprimidos, querermos até desistir.

Então, parados, transformamo-nos em lagos, para assim podermos provar a nós mesmos que estamos sozinhos e que o universo ao redor, com sua mania de movimento e transformação, não nos diz respeito e tudo que se dane.

No entanto, começa a cair uma chuvinha irritante que termina nos fazendo transbordar e lá vai o rio descendo novamente, seguindo caminho, inapelavelmente.

O rio, então, muda-se para um lugar onde não chove e ele possa continuar sua reclusão em paz, onde ele possa sofrer sozinho sem ninguém para lhe dar lições de moral. Mas aí, acaba descobrindo que aos poucos está se transformando em vapor, subindo para o céu e virando nuvem. Ele até pensa em aproveitar e seguir como uma nuvem até o pólo sul, onde desceria como neve e ficaria como aquelas montanhas de gelo, solitárias e auto-suficientes.

Mas só de pensar no quanto teria de se transformar, desiste. Além do mais quem garante que até elas não evaporem mesmo com o sol fraco dos pólos?

Achando aquilo tudo o cúmulo da aporrinhação e intromissão, o rio enfim decide esconder-se numa caverna profunda, a mais profunda que houvesse, no centro do planeta, onde enfim pudesse ser um pequeno lago, eternamente tranqüilo e sem ninguém a lhe dar conselhos sobre evolução e transformação.

Foi um esforço tremendo. Teve que primeiro transformar-se em chuva e umedecer bem as rochas, depois penetrá-las e descer por dentro delas, tendo sempre que buscar reforço quando o calor ameaçava estragar tudo. Pensou várias vezes em desistir mas aquilo era sua única saída. Sabia que talvez levasse toda a vida provando sua tese mas valeria a pena. Por fim terminou conseguindo. Virou um lago no fundo da caverna mais profunda.

Mostrou ao mundo que podia ficar deprimido e desistir de tudo, tinha esse direito de não querer seguir em frente, de não querer se transformar. Então, completamente exausto, sorriu satisfeito e morreu. E a morte veio saudar-lhe com todas as honras. Afinal, um rio que dedicou sua vida inteira a se transformar no lago mais distante da mais profunda caverna, e conseguiu, é mesmo um rio bem especial.

Um rio que captou como nenhum outro que a evolução é o sentido da vida.

Moral da história:

Tudo se transforma, cada um a seu modo, ainda que insista em não se transformar. Porque somos a própria evolução.

Texto Extraído do Livro “Quem Apagou a Luz?”, de Ricardo Kelmer

O Rio

E o RIO corre sozinho.
Vai seguindo seu caminho.
Não necessita ser empurrado.
Pára um pouquinho no remanso.
Apressa-se nas cachoeiras.
Desliza de mansinho nas baixadas.
Precipita-se nas cascatas.
Mas, no meio de tudo isso vai seguindo seu caminho.
Sabe que há um ponto de chegada.
Sabe que seu destino é para a frente.
O rio não sabe recuar.
Seu caminho é seguir em frente.
É vitorioso, abraçando outros rios, vai chegando no mar.
O mar é sua realização.
É chegar ao ponto final.
É ter feito a caminhada.
É ter realizado totalmente seu destino.
A vida da gente deve ser levada do jeito do rio.
Deixar que corra como deve correr.
Sem apressar e sem represar.
Sem ter medo da calmaria e sem evitar as cachoeiras.
Correr do jeito do rio, na liberdade do leito da vida, sabendo que há um
ponto de chegada.
A vida é como o rio.
Por que apressar?
Por que correr se não há necessidade? Por que empurrar a vida?
Por que chegar antes de se partir?
Toda natureza não tem pressa.
Vai seguindo seu caminho.
Assim é a árvore, assim são os animais.
Tudo o que é apressado perde gosto e o sentido.
A fruta forçada a amadurecer antes do tempo perde o gosto.
Tudo tem seu ritmo.
Tudo tem seu tempo.
E então,por que apressar a vida da gente?
Desejo ser um rio.
Livre dos empurrões dos outros e dos meus próprios.
Livre das poluições alheias e das minhas. Rio original, limpo e livre.
Rio que escolheu seu próprio caminho.
Rio que sabe que tem um ponto de chegada.
Sabe que o tempo não interessa.
Não interessa ter nascido a mil ou a um quilômetro do mar.
Importante é chegar ao mar.
Importante é dizer “cheguei”.
E porque cheguei, estou realizado.
A gente deveria dizer: não apresse o rio, ele anda sozinho.
Assim deve-se dizer a si mesmo e aos outros: não apresse a vida, ela
anda sozinha.
Deixe-a seguir seu caminho normal. Interessa saber que há um ponto de
chegada e saber que se vai chegar lá.
É bom viver do jeito do rio!
“Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores,
valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da
semente.”

Enviado por Renato J.G.Filho

O Relógio

O colégio onde eu estudava quando menina, costumava encerrar o ano letivo com um espetáculo teatral.

Eu adorava aquilo, porém nunca fora convidada para participar, o que me trazia uma secreta mágoa.

Quando fiz onze anos avisaram-me que, finalmente iria ter um papel para representar.

Fiquei felicíssima, mas esse estado de espírito durou pouco.

Escolheram uma colega minha para o desempenho principal.

A mim coube uma ponta de pouca importância.

Minha decepção foi imensa.

Voltei para casa em prantos.

Mamãe quis saber o que se passava e ouviu toda a minha história entre lágrimas e soluços.

Sem nada dizer ela foi buscar o bonito relógio de bolso de papai e colocou-o em minhas mãos, dizendo :

— Que é isso que você está vendo ?

— Um relógio de ouro com mostrador e ponteiros.

Em seguida mamãe abriu a parte traseira do relógio e repetiu a pergunta :

— O que você está vendo ?

— Ora mamãe, aí dentro parece haver centenas de rodinhas e parafusos.

Mamãe me surpreendia, pois aquilo nada tinha a ver com o motivo do meu aborrecimento.

Entretanto, calmamente ela prosseguiu :

— Este relógio tão necessário ao seu pai e tão bonito seria absolutamente inútil se nele faltasse qualquer parte, mesmo a mais insignificante das rodinhas ou o menor dos parafusos.

Nós nos entrefitamos e no seu olhar calmo e amoroso, eu compreendi que sem que ela precisasse dizer mais nada.

Essa pequana lição tem me ajudado muito a ser mais feliz na vida, aprendi com a máquina daquele relógio quão essenciais são mesmo os deveres mais ingratos e difíceis, que nos cabem a todos.

Não importa que sejamos o mais ínfimo parafuso ou a mais ignorada rodinha, desde que o trabalho, em conjunto, seja para o bem de todos.

E percebi também que se o esforço tiver êxito o que menos importa são os aplausos exteriores.

O que vale mesmo é a paz de espírito do dever cumprido.

Colaboração: Renato Antunes Oliveira

O Rei e Suas Quatro Esposas

Era uma vez, um rei que tinha quatro esposas.

Ele amava demais a quarta esposa, e vivia lhe dando lindos presentes, jóias e roupas caras. Ele lhe dava de tudo e sempre do melhor.

Ele também amava muito sua terceira esposa e gostava de exibi-la aos reinados vizinhos. Contudo, ele tinha medo que um dia, ela o deixasse por outro rei.

Ele também amava sua segunda esposa. Ela era sua confidente e estava sempre pronta para ele, com amabilidade e paciência. Sempre que o rei tinha que enfrentar um problema, ele confiava nela para atravessar esses tempos de dificuldade.

A primeira esposa era uma parceira muito leal e fazia tudo que estava ao seu alcance para manter o rei muito rico e poderoso, ele e o reino. Mas, ele não amava a primeira esposa, e apesar dela o amar profundamente, ele mal tomava conhecimento dela.

Um dia, o rei caiu doente e percebeu que seu fim estava próximo. Ele pensou em toda a luxúria da sua vida e ponderou:

“É, agora eu tenho quatro esposas comigo, mas quando eu morrer, com quantas poderei contar?” – Então, ele perguntou à quarta esposa:

— Eu te amei tanto, querida, te cobri das mais finas roupas e jóias. Mostrei o quanto eu te amava cuidando bem de você. Agora que eu estou morrendo, você é capaz de morrer comigo, para não me deixar sozinho?

— De jeito nenhum! – Respondeu a quarta esposa, e saiu do quarto sem sequer olhar para trás.

A resposta que ela deu cortou o coração do rei como se fosse uma faca afiada.

Tristemente, o rei então perguntou para a terceira esposa:

— Eu também te amei tanto a vida inteira. Agora que eu estou morrendo, você é capaz de morrer comigo, para não me deixar sozinho?

— Não! Respondeu a terceira esposa. A vida é boa demais! Quando você morrer, eu vou é casar de novo.

O coração do rei sangrou e gelou de tanta dor. Ele perguntou então à segunda esposa:

— Eu sempre recorri a você quando precisei de ajuda, e você sempre esteve ao meu lado. Quando eu morrer, você será capaz de morrer comigo,para me fazer companhia?

— Sinto muito, mas desta vez eu não posso fazer o que você me pede! – Respondeu a segunda esposa. O máximo que eu posso fazer é enterrar você!

Essa resposta veio como um trovão na cabeça do rei, e mais uma vez ele ficou arrasado. Daí, então, uma voz se fez ouvir:

— Eu partirei com você e o seguirei por onde você for.

O rei levantou os olhos e lá estava a sua primeira esposa, tão magrinha, tão mal nutrida, tão sofrida. Com o coração partido, o rei falou:

— Eu deveria ter cuidado muito melhor de você enquanto eu ainda podia.

Na verdade, nós todos temos quatro esposas nas nossas vidas. Nossa quarta esposa é o nosso corpo. Apesar de todos os esforços que fazemos para mantê-lo saudável e bonito, ele nos deixará quando morrermos. Nossa terceira esposa é a nossa posse, as nossas propriedades, as nossas riquezas. Quando morremos, tudo isso vai para os outros. Nossa segunda esposa é nossa família e nossos amigos. Apesar de nos amarem muito e estarem sempre nos apoiando, o máximo que eles podem fazer é nos enterrar. E nossa primeira esposa é a nossa alma, muitas vezes deixada de lado por perseguirmos, durante a vida toda, a riqueza, o poder e os prazeres do nosso ego. Apesar de tudo, nossa alma é a única coisa que sempre irá conosco, não importa aonde formos.

Então, cultive, fortaleça, bendiga, enobreça sua alma agora! É o maior presente que você pode dar ao mundo e a si mesmo. Deixe-a brilhar!

Oração de uma camponesa de Madagascar

Senhor, dono das panelas e marmitas,
não posso ser a santa que medita aos Vossos pés.
Não sei bordar toalhas para o Vosso Altar.
Então, que eu seja a santa ao pé do meu fogão.
Que o Vosso amor, acenda a chama que eu acendi
pela manhã, e me faça calar a vontade de gemer,
às vezes a minha tristeza.
Que eu tenha as mãos de Marta,
mas quero ter também as mãos de Maria.
Quando eu lavar o chão, lavai,
Senhor, os meus pecados.
Quando eu puser na mesa a comida,
comei também.
Senhor, junto conosco.
É ao meu Senhor que eu sirvo,
servindo as minhas crianças.

Extraído da página 107 do livro “Corações em Luz” de Régis de Morais, Centro Espírita Allan Kardec,
Departamento Editorial, Campinas – 1ª Edição- 2003

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