Categoria: Histórias (Page 76 of 110)

Aula de Mestre

O professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Weber Figueiredo, deu uma última aula para seus ex-alunos. Diante de uma platéia de formandos, acompanhados de seus pais, o professor paraninfo da turma discursou sobre o Brasil.

Leia o que disse Weber Figueiredo:

“Ilustríssimos Colegas da Mesa, Senhor Presidente, meus queridos alunos, Senhoras e Senhores.

Para mim é um privilégio ter sido escolhido paraninfo desta turma.

Esta é como se fôra a última aula do curso. O último encontro, que já deixa saudades.

Um momento festivo, mas também de reflexão. Se eu fosse escolhido paraninfo de uma turma de direito, talvez eu falasse a importância do advogado que defende a justiça e não apenas o réu. Se eu fosse escolhido paraninfo de uma turma de medicina, talvez eu falasse da importância do médico que coloca o amor ao próximo acima dos seus lucros profissionais.

Mas, como sou paraninfo de uma turma de engenheiros, vou falar da importância do engenheiro para o desenvolvimento do Brasil.

Para começar, vamos falar de bananas e do doce de banana, que eu vou chamar de bananada especial, inventada (ou projetada) pela nossa vovozinha lá em casa, depois que várias receitas prontas não deram certo.

É isso mesmo. Para entendermos a importância do engenheiro vamos falar de bananas, bananadas e vovó.

A banana é um recurso natural, que não sofreu nenhuma transformação.

A bananada é = a banana + outros ingredientes + a energia térmica fornecida pelo fogão + o trabalho da vovó e + o conhecimento, ou tecnologia da vovó.

A bananada é um produto pronto, que eu vou chamar de riqueza.

E a vovó?

Bem a vovó é a dona do conhecimento, uma espécie de engenheira da culinária.

Agora, vamos supor que a banana e a bananada sejam vendidas.

Um quilo de banana custa um real.

Já um quilo da bananada custa cinco reais.

Por que essa diferença de preços?

Porque quando nós colhemos um cacho de bananas na bananeira, criamos apenas um emprego: o de colhedor de bananas.

Agora, quando a vovó, ou a indústria, faz a bananada, ela cria empregos na indústria do açúcar, da cana-de-açúcar, do gás cozinha, na indústria de fogões, de panelas, de colheres e até na de embalagens, porque tudo isto é necessário para se fabricar a bananada.

Resumindo, 1kg de bananada é mais caro do que 1kg de banana porque a bananada é igual banana mais tecnologia agregada, e a sua fabricação criou mais empregos do que simplesmente colher o cacho de bananas da bananeira.

Agora vamos falar de outro exemplo que acontece no dia-a-dia no comércio mundial de mercadorias.

Em média: 1kg de soja custa US$ 0,10 (dez centavos de dólar), 1kg de automóvel custa US$ 10, isto é, 100 vezes mais, 1kg de aparelho eletrônico custa US$ 100, 1kg de avião custa US$1.000 (10mil quilos de soja) e 1kg de satélite custa US$ 50.000.

Vejam, quanto mais tecnologia agregada tem um produto, maior é o seu preço, mais empregos foram gerados na sua fabricação.

Os países ricos sabem disso muito bem. Eles investem na pesquisa científica e tecnológica.

Por exemplo: eles nos vendem uma placa de computador que pesa 100g por US$ 250.

Para pagarmos esta plaquinha eletrônica, o Brasil precisa exportar 20 toneladas de minério de ferro.

A fabricação de placas de computador criou milhares de bons empregos lá no estrangeiro, enquanto que a extração do minério de ferro, cria pouquíssimos e péssimos empregos aqui no Brasil.

O Japão é pobre em recursos naturais, mas é um país rico.

O Brasil é rico em energia e recursos naturais, mas é um país pobre.

Os países ricos, são ricos materialmente porque eles produzem riqueza s.

Riqueza vem de rico. Pobreza vem de pobre.

País pobre é aquele que não consegue produzir riquezas para o seu povo.

Se conseguisse, não seria pobre, seria país rico.

Gostaria de deixar bem claro três coisas:

  • quando me refiro à palavra riqueza, não estou me referindo a jóias nem a supérfluos. Estou me referindo àqueles bens necessários para que o ser humano viva com um mínimo de dignidade e conforto;
  • não estou defendendo o consumismo materialista como uma forma de vida, muito pelo contrário;
  • e acho abominável aqueles que colocam os valores das riquezas materiais acima dos valores da riqueza interior do ser humano.

Existem nações que são ricas, mas que agem de forma extremamente pobre e desumana em relação a outros povos.

Creio que agora posso falar do ponto principal. Para que o nosso Brasil torne-se um País rico, com o seu povo vivendo com dignidade, temos que produzir mais riquezas. Para tal, precisamos de conhecimento, ou tecnologia já que temos abundância de recursos naturais e energia. E quem desenvolve tecnologias são os cientistas e os engenheiros, como estes jovens que estão se formando hoje. Infelizmente, o Brasil é muito dependente da tecnologia externa. Quando fabricamos bens com alta tecnologia, fazemos apenas a parte final da produção.

Por exemplo: o Brasil produz 5 milhões de televisores por ano e nenhum brasileiro projeta televisor. O miolo da TV, do telefone celular e de todos os aparelhos eletrônicos, é todo importado.

Somos meros montadores de kits eletrônicos. Casos semelhantes também acontecem na indústria mecânica, de remédios e, incrível, até na de alimentos.

O Brasil entra com a mão-de- obra barata e os recursos naturais.

Os projetos, a tecnologia, o chamado pulo do gato, ficam no estrangeiro, com os verdadeiros donos do negócio.

Resta ao Brasil lidar com as chamadas caixas pretas.

É importante compreendermos que os donos dos projetos tecnológicos são os donos das decisões econômicas, são os donos do dinheiro, são os donos das riquezas do mundo.

Assim como as águas dos rios correm para o mar, as riquezas do mundo correm em direção aos países detentores das tecnologias avançadas.

A dependência científica e tecnológica acarretou para nós brasileiros a dependência econômica, política e cultural.

Não podemos admitir a continuação da situação esdrúxula, onde 70% do PIB brasileiro é controlado por não residentes.

Ninguém pode progredir entregando o seu talão de cheques e a chave de sua casa para o vizinho fazer o que bem entender.

Eu tenho a convicção que desenvolvimento científico e tecnológico aqui no Brasil garantirá aos brasileiros a soberania das decisões econômicas, políticas e culturais. Garantirá trocas mais justas no comércio exterior.

Garantirá a criação de mais e melhores empregos.

E, se toda a produção de riquezas for bem distribuída, teremos a erradicação dos graves problemas sociais.O curso de engenharia da UERJ, com todas as suas possíveis deficiências, visa a formar engenheiros capazes de desenvolver tecnologias.

É o chamado engenheiro de concepção, ou engenheiro de projetos.

Infelizmente, o mercado nacionalizado nem sempre aproveita todo este potencial científico dos nossos engenheiros.

Nós, professores, não podemos nos curvar às deformações do mercado.

Temos que continuar formando engenheiros com conhecimentos iguais aos melhores do mundo.

Eu posso garantir a todos os presentes, principalmente aos pais, que qualquer um destes formandos é tão ou mais inteligente do que qualquer engenheiro americano, japonês ou alemão.

Os meus trinta anos de magistério, lecionando desde o antigo ginásio até a universidade, me dá autoridade para afirmar que o brasileiro não é inferior a ninguém, pelo contrário, dizem até que somos muito mais criativos do que os habitantes do chamado primeiro mundo.

O que me revolta, como professor cidadão, é ver que as decisões políticas tomadas por pessoas despreparadas ou corruptas são responsáveis pela queima e destruição de inteligências brasileiras que poderiam, com o conhecimento apropriado, transformar o nosso Brasil num país florescente, próspero e socialmente justo.

Acredito que o mundo ideal seja aquele totalmente globalizado, mas uma globalização que inclua a democratização das decisões e a distribuição justa do trabalho e das riquezas.

Infelizmente, isto ainda está longe de acontecer, até por limitações físicas da própria natureza.

Assim, quem pensa que a solução para os nossos problemas virá lá de fora, está muito enganado.

O dia que um presidente da República, ao invés de ficar passeando como um dândi pelos palácios do primeiro mundo, resolver liderar um autêntico projeto de desenvolvimento nacional, certamente o Brasil vai precisar, em todas as áreas, de pessoas bem preparadas.

Só assim seremos capazes de caminhar com autonomia e tomar decisões que beneficiem verdadeiramente a sociedade brasileira.

Será a construção de um Brasil realmente moderno, mais justo, inserido de forma soberana na economia mundial e não como um reles fornecedor de recursos naturais e mão-de-obra aviltada.

Quando isto ocorrer, e eu espero que seja em breve, o nosso País poderá aproveitar de forma muito mais eficaz a inteligência e o preparo Intelectual dos brasileiros e, em particular, de todos vocês, meus queridos alunos, porque vocês já foram testados e aprovados.

Finalmente, gostaria de parabenizar a todos os pais pela contribuição positiva que deram à nossa sociedade possibilitando a formação dos seus filhos no curso de engenharia da UERJ.

A alegria dos senhores, também é a nossa alegria.

Muito Obrigado.”

Weber Figueiredo Professor da UERJ

Aula de direito

Uma manhã, quando nosso novo professor de “Introdução ao Direito” entrou na sala, a primeira coisa que fez foi perguntar o nome a um aluno que estava sentado na primeira fila:

— Como te chamas?

— Chamo-me Juan, senhor.

— Saia de minha aula e não quero que voltes nunca mais! – gritou o desagradável professor.

Juan estava desconcertado.

Quando voltou a si, levantou-se rapidamente, recolheu suas coisas e saiu da sala. Todos estavam assustados e indignados, porém, ninguém falou nada.

— Agora sim! – e perguntou o professor – para que servem as leis?…

Seguíamos assustados, porém, pouco a pouco começamos a responder à sua pergunta:

— Para que haja uma ordem em nossa sociedade.

— Não! – respondia o professor.

— Para cumpri-las.

— Não!

— Para que as pessoas erradas paguem por seus atos.

— Não!!

— Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?!

— Para que haja justiça – falou timidamente uma garota.

— Até que enfim! É isso… para que haja justiça. E agora, para que serve a justiça?

Todos começavam a ficar incomodados pela atitude tão grosseira. Porém, seguíamos respondendo:

— Para salvaguardar os direitos humanos…

— Bem, que mais? – perguntava o professor.

— Para diferençar o certo do errado…

— Para premiar a quem faz o bem…

— Ok, não está mal, porém… respondam a esta pergunta: agi corretamente ao expulsar Juan da sala de aula?…

Todos ficaram calados, ninguém respondia.

— Quero uma resposta decidida e unânime!

— Não!! – respondemos todos a uma só voz.

— Poderia dizer-se que cometi uma injustiça?

— Sim!!!

— E por que ninguém fez nada a respeito? Para que queremos leis e regras se não dispomos da vontade necessária para praticá-las?

— Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma injustiça. Todos! Não voltem a ficar calados, nunca mais!

— Vá buscar o Juan – disse, olhando-me fixamente.

Naquele dia recebi a lição mais prática no meu curso de Direito.

Quando não defendemos nossos direitos perdemos a dignidade e a dignidade não se negocia.

A Tristeza

Se a tristeza vier por qualquer motivo, faça o seguinte:

Evite as sombras que ficaram para trás.

Assopre o pensamento triste,

Deixe escorrer a última lágrima,

E conte até vinte.

Abra então a janela, aquela que dá para o vôo dos pardais, procure a luz que pisca adiante.

Ao encontrá-la, coloque-a dentro do peito, de tal jeito que possa ser notada do lado de fora; acrescente agora uma pitada de poesia, do tipo que passa por nós todos os dias e nem sequer consegue ser notada; aumente o bril ho com toda a intensidade de que um sorriso é capaz.

A felicidade é o seu limite…

E o paraíso é você mesmo quem faz.

A Transformação do Milho Duro

A transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação por que devem passar os homens. O milho de pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. O milho somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer. Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre.

Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. São pessoas de uma mesmice, uma dureza assombrosas. Só elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.

Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos – Dor. Pode ser o fogo de fora: perder um amor, um filho, um amigo ou o emprego. Pode ser o fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão, doenças e sofrimentos cujas causas ignoramos.

Há sempre o recurso do remédio, uma maneira de apagar o fogo. Sem fogo, o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação.

Imagino que a pipoca dentro da panela, ficando cada vez mais quente, pensa que a sua hora chegou: vai morrer. Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não consegue imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: BUM! E ela aparece completamente diferente, como nunca havia sonhado.

Piruá é o milho que se recusa a estourar. São aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente e se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A sua presunção e o medo são a dura casca que não estoura. O destino delas é triste. Ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca e macia. Não vão dar alegria para ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.

E você, o que é? Uma pipoca estourada ou um piruá?

A Toalha de Mesa

Um novo pastor, recentemente formado, e sua esposa, que foram encarregados de reabrir uma igreja no bairro de Brooklyn, NY. Chegaram no início de outubro, entusiasmados com a oportunidade.

Quando viram a igreja, observaram que havia muitos estragos e um grande trabalho a ser feito. Sem se deixar abater, estabeleceram como meta deixar tudo pronto para o primeiro serviço: o culto de Natal.

Trabalharam sem descanso, consertando o telhado, refazendo o piso, pintando… e, muito antes do Natal, em 18 de dezembro, tudo estava pronto!

Mas, no dia seguinte, 19 de dezembro, desabou uma terrível tempestade que durou por dois dias.

No dia 21, o pastor foi até a igreja. Seu coração doeu… viu que o telhado tinha quebrado e que uma grande área do revestimento de gesso decorado, da parede do santuário, logo atrás do púlpito, havia caído.

O pastor, enquanto limpava o chão, pensava em como resolver a situação.

No caminho de casa, pensando em adiar o culto de Natal, observava as vitrines, enfeitadas para a época, quando notou um bazar beneficente e parou por instantes.

Uma linda toalha de mesa, de crochet, na cor marfim, com um crucifixo delicadamente bordado no centro chamou-lhe a atenção.

Era do tamanho exato para cobrir o estrago atrás do púlpito. Comprou-a e voltou para a igreja.

Começou a nevar. Apressou seus passos e quando chegava à porta da igreja, uma velha senhora vinha correndo em direção contrária tentando pegar o ônibus, o que não conseguiu.

O pastor convidou-a a entrar para esperar pelo próximo, abrigando-se do frio que viria 45 minutos depois.

Ela sentou-se num banco e nem prestava atenção no pastor que já providenciava a instalação da toalha de mesa na parede. Ao terminar, afastou-se e pôde admirar o quanto a toalha era linda e servia perfeitamente para esconder o estrago.

Então, o pastor notou a velha encaminhando-se para ele. Seu rosto estava lívido e perguntou:

— Pastor, onde o senhor encontrou essa toalha de mesa?

O pastor contou a história. A mulher pediu-lhe que examinasse o canto direito inferior para encontrar as iniciais EBG bordadas.

O pastor fez o que a mulher pediu e, intrigado, confirmou.

A mulher disse:

— Essas são as minhas iniciais.

Ela havia feito essa toalha de mesa há 35 anos, na Áustria. Contou que, antes da guerra, ela e seu marido estavam “bem-de-vida”. Quando os nazistas invadiram seu país, combinaram fugir: ela iria antes e seu marido a seguiria uma semana depois. Ela foi capturada, trancada numa prisão e nunca mais viu seu marido e sua casa.

O pastor ofereceu a toalha, mas, ela recusou, dizendo que estava num lugar muito apropriado. Insistindo, ofereceu-se para levá-la até sua casa; era o mínimo que poderia fazer. Ela morava em Staten Island e tinha passado o dia no Brooklin para um serviço de faxina.

No dia de Natal a igreja estava quase cheia. Foi um lindo trabalho.

Ao final, o pastor e sua esposa cumprimentaram os fiéis um a um à porta e muitos diziam que retornariam.

Um velho homem, que o pastor reconheceu pela vizinhança, permaneceu sentado, atônito.

O pastor aproximou-se e, antes que dissesse uma palavra, o velho perguntou:

— Onde o senhor conseguiu a toalha de mesa da parede? Ela é idêntica à uma que minha mulher fez, muitos anos atrás, quando vivíamos na Áustria, antes da guerra. Como poderiam existir duas toalhas tão parecidas?

Imediatamente, o pastor entendeu o que tinha acontecido e disse:

— Venha… Eu vou levá-lo a um lugar que o senhor vai gostar muito.

No caminho o velho contou a mesma história da mulher. Ele, antes de poder fugir, também havia sido preso e nunca mais pôde ver sua mulher e sua casa, por 35 anos. Ao chegar à mesma casa onde deixara a mulher, três dias antes, ajudou o velho a subir os três lances de escadas e bateu na porta.

Creio que não há necessidade de se contar o resto da história. Quem disse que Deus não trabalha de maneira misteriosa?

A Terra em Miniatura

Se pudéssemos reduzir a população da Terra à uma pequena aldeia de exatamente 100 habitantes, mantendo as proporções existentes atualmente, sería algo assim :

Dos 100 Habitantes, haveriam : 57 asiáticos
21 europeus
4 pessoas do hemisfério oeste (tanto norte como sul)
8 africanos
52 seriam mulheres
48 homens
70 não seriam brancos
30 seriam brancos
70 não cristãos
30 cristãos
89 heterossexuais
11 homossexuais confessos
6 pessoas possuiriam 59% da riqueza de toda a aldeia e os 6 (sim, 6 de 6) seriam norte-americanos.

Das 100 pessoas, 80 viveriam em condições subhumanas.
70 não saberiam ler
50 sofreriam de desnutrição
1 pessoa estaria a ponto de morrer
1 bebê estaria prestes a nascer
Só 1 (sim, só 1) teria educação universitária=

Nesta aldeia haveria só 1 pessoa que possuiria um computador.

Ao analizar nosso mundo desta perspectiva tão reduzida é quando se faz mais premente a necessidade de aceitação, entendimento e educação.

Agora pense…

Se você levantou esta manhã com mais saúde que doenças, então você tem mais sorte que os milhões de pessoas que não sobreviverão nesta semana.

Se você nunca experimentou os perigos da guerra, a solidão de estar preso, a agonia de ser torturado ou a aflição da fome, então está melhor do que 500 milhões de pessoas.

Se você pode ir à sua igreja sem medo de ser humilhado, preso, torturado ou morto… Então você é mais afortunado que 3.000 milhões (3.000.000.000) de pessoas no mundo.

Se você tem comida na geladeira, roupa no armario, um teto sobre sua cabeça e um lugar onde dormir, você é mais rico que 75% da população mundial.

Se você guarda dinheiro no banco, na carteira e tem algumas moedas em um cofrinho… já está entre os 8% mais ricos deste mundo.

Se teus pais ainda estão vivos e unidos… Você é uma pessoa MUITO rara.

Se você leu esta mensagem, acaba de receber uma dupla benção : alguém estava pensando em você e, mais ainda, tem melhor sorte que mais de 2.000.000.000 de pessoas neste mundo que não sabem, sequer, ler.

Colaboração: Renato Antunes Oliveira

A Tartaruga Tagarela

Era uma vez uma tartaruga que vivia num lago com dois patos, muito seus amigos.

Ela adorava a companhia deles e conversava até cansar. A tartaruga gostava muito de falar.

Tinha sempre algo a dizer e gostava de se ouvir dizendo qualquer coisa.

Passaram muitos anos nessa feliz convivência, mas uma longa seca acabou por esvaziar o lago.

Os dois patos viram que não podiam continuar morando ali e resolveram voar para outra região mais úmida.

E foram dizer adeus à tartaruga.

— Oh, não, não me deixem! Suplicou a tartaruga. – Levem-me com vocês, senão eu morro !

— Mas você não sabe voar ! – disseram os patos. – Como é que vamos levá-la ?

— Levem-me com vocês ! Eu quero ir com vocês ! – gritava a tartaruga.

Os patos ficaram com tanta pena que, por fim, tiveram uma idéia.

— Pensamos num jeito que deve dar certo – disseram – se você conseguir ficar quieta um longo tempo.

Cada um de nós vai morder uma das pontas de uma vara e você morde no meio.

Assim, podemos voar bem alto, levando você conosco.

Mas cuidado : lembre-se de não falar ! Se abrir a boca, estará perdida.

A tartaruga prometeu não dizer palavra, nem mexer a boca; estava agradecidíssima !

Os patos trouxeram uma vara curta bem forte e morderam as pontas; a tartaruga abocanhou bem firme no meio.

Então os patos alçaram vôo, suavemente, e foram-se embora levando a silenciosa carga.

Quando passaram por cima das árvores, a tartaruga quis dizer : “Como estamos alto !” Mas lembrou-se de ficar quieta.

Quando passaram pelo campanário da igreja, ela quis perguntar : “O que é aquilo que brilha tanto ?”

Mas lembrou-se a tempo de ficar calada.

Quando passaram sobre a praça da aldeia, as pessoas olharam para cima, muito espantadas.

— Olhem os patos carregando uma tartaruga ! – gritavam. E todos correram para ver.

A tartaruga bem quis dizer : “E o que é que vocês tem com isso ?”; mas não disse nada. Ela escutou as pessoas dizendo :

— Não é engraçado ? Não é esquisito ? Olhem! Vejam!

E começou a ficar zangada; mas ficou de boca fechada. Depois, as pessoas começaram a rir :

— Vocês já viram coisa mais ridícula ? – zombavam.

E aí a tartaruga não agüentou mais. Abriu a boca e gritou :

— Fiquem quietos, seus bobalhões…!

Mas, antes que terminasse, já estava caída no chão. E acabou-se a tartaruga tagarela.

Há momentos na vida que é melhor ficar de boca fechada.

Colaboração: Renato Antunes Oliveira

As Três Peneiras

Olavo foi transferido de setor.

Logo no primeiro dia, para fazer média com o novo chefe, saiu-se com esta :

— Chefe o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do Silva.

Disseram que ele… Nem chegou a terminar a frase, Juliano, o chefe, apartou :

— Espere um pouco Olavo, o que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras ?

— Peneiras ? Que peneiras, chefe ?

— A primeira Olavo, é a da VERDADE.

Você tem certeza que este fato é absolutamente verdadeiro ?

— Não, não tenho não. Como posso saber ? O que sei foi o que me contaram…

Mas eu acho que…

E, novamente Olavo é interrompido pelo chefe.

— Então sua história já vazou a primeira peneira.

Vamos então para a segunda peneira que é a da BONDADE.

O que você vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito ?

— Claro que não ! Deus me livre, chefe ! – diz Olavo assustado.

— Então – continua o chefe – sua história vazou a segunda peneira.

Vamos ver a terceira que é a da NECESSIDADE.

Você acha mesmo necessário me contar esse fato ou passá-lo adiante ?

— Não, chefe. Passando pelo crivo destas peneiras, vi que não sobrou nada do que eu iria contar – falou Olavo surpreendido…

— Pois é, Olavo. Já pensou como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem essas peneiras ? – diz o chefe sorrindo e continua :

— Da próxima vez em que surgir um boato por aí, submeta-se ao crivo dessas três peneiras :

Verdade, Bondade, Necessidade, antes de obedecer ao impulso de passá-lo adiante, porque :

PESSOAS INTELIGENTES FALAM SOBRE IDÉIAS,

PESSOAS COMUNS FALAM SOBRE COISAS,

PESSOAS MEDÍOCRES FALAM SOBRE PESSOAS.

Colaboração: Renato Antunes Oliveira

As três mulheres

Três mulheres conversavam ao lado de um poço e um velho as escutava.

A primeira mulher dizia:

— Meu filho é muito forte, corre e pula.

A segunda dizia:

— O meu filho canta como os passarinhos.

A terceira mulher nada dizia, então o velho perguntou:

—Você não tem filhos?

Ela respondeu:

— Tenho, mas ele é um menino normal como todas as crianças.

As três mulheres pegaram seus potes cheios de água e foram caminhando. No meio do caminho, elas pararam para descansar e o velho homem sentou ao lado delas.

Logo elas viram seus filhos voltando para perto delas.

O primeiro vinha correndo e pulando, o segundo vinha cantando lindas canções. O terceiro não vinha pulando nem cantando, ele correu em direção a sua mãe e pegou o pote cheio de água e levou para casa.

Então as três mulheres perguntaram para o velho homem:

— O que o senhor achou dos nossos filhos?

E o velho homem respondeu:

— Realmente, eu acabei de ver três meninos, mas vi apenas um filho.

Fábula Judaica

As Sete Verdades do Bambu

Padre Léo – Livro ‘Buscando as coisas do Alto’

Depois de uma grande tempestade, o menino que estava passando férias na casa do seu avô, o chamou para a varanda e falou:

“Vovô, corre aqui !

Me explica como esta figueira, árvore frondosa e imensa, que precisava de quatro homens para abraçar seu tronco se quebrou, caiu com vento e com chuva, e… …este bambu tão fraco continua de pé ?”

“Filho, o bambu permanece em pé porque teve a humildade de se curvar na hora da tempestade. A figueira quis enfrentar o vento. O bambu nos ensina sete coisas. Se você tiver a grandeza e a humildade dele, vai experimentar o triunfo da paz em seu coração.

A primeira verdade que o bambu nos ensina, e a mais importante, é a humildade diante dos problemas, das dificuldades. Eu não me curvo diante do problema e da dificuldade, mas diante daquele, o único, o princípio da paz, aquele que me chama, que é o Senhor.

Segunda verdade: o bambu cria raízes profundas. É muito difícil arrancar um bambu, pois o que ele tem para cima ele tem para baixo também. Você precisa aprofundar a cada dia suas raízes em Deus na oração.

Terceira verdade: Você já viu um pé de bambu sòzinho? Apenas quando é novo, mas antes de crescer ele permite que nasça outros a seu lado (como no cooperativismo). Sabe que vai precisar deles. Eles estão sempre grudados uns nos outros, tanto que de longe parecem com uma árvore. Às vezes tentamos arrancar um bambu lá de dentro, cortamos e não conseguimos. Os animais mais frágeis vivem em bandos, para que desse modo se livrem dos predadores.

A quarta verdade que o bambu nos ensina é não criar galhos. Como tem a meta no alto e vive em moita, comunidade, o bambu não se permite criar galhos. Nós perdemos muito tempo na vida tentando proteger nossos galhos, coisas insignificantes que damos um valor inestimável. Para ganhar, é preciso perder tudo aquilo que nos impede de subirmos suavemente.

A quinta verdade é que o bambu é cheio de nós ( e não de eu’s ). Como ele é ôco, sabe que se crescesse sem nós seria muito fraco. Os nós são os problemas e as dificuldades que superamos. Os nós são as pessoas que nos ajudam, aqueles que estão próximos e acabam sendo força nos momentos difíceis. Não devemos pedir a Deus que nos afaste dos problemas e dos sofrimentos. Eles são nossos melhores professores, se soubermos aprender com eles.

A sexta verdade é que o bambu é ôco, vazio de si mesmo. Enquanto não nos esvaziarmos de tudo aquilo que nos preenche, que rouba nosso tempo, que tira nossa paz, não seremos felizes. Ser ôco significa estar pronto para ser cheio do Espírito Santo.

Por fim, a sétima lição que o bambu nos dá é exatamente o título do livro: ele só cresce para o alto. Ele busca as coisas do Alto. Essa é a sua meta.”

Colaboração de Mª Jacinta N. Silva

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