Categoria: Histórias (Page 93 of 110)

Use o sorriso para…

Desarmar a tristeza, encarar os problemas, solucioná-lo, lutar mesmo que pareça impossível, crer que inicia um novo dia, que tudo dará certo….

Use a Paz, para combater a ira, manter-se calma, respirar fundo, seguir o coração e a razão ponderadamente, fazendo assim o Equilíbrio de seu dia…

Use o perdão, para suportar as ingratidões, as ofensas, as perdas, possíveis e aparentes derrotas…

Use o Amor, para enfrentar a vida, para encontrar sua paz, para sentir-se amada, para sorrir facilmente para viver com sorriso, para ter paz, para perdoar e ser perdoado!

Um Som por um Perfume

Um pobre viajante parou ao meio-dia para descansar à sombra de uma frondosa árvore.

Ele viera de muito longe e sobrara apenas um pedaço de pão para almoçar.

Do outro lado da estrada, havia um quiosque com tentadores pastéis e bolos; o viajante se deliciava sentindo as fragrâncias que flutuavam pelo ar, enquanto mascava seu pedacinho de pão dormido.

Ao se levantar para seguir caminho, o padeiro subitamente saiu correndo do quiosque, atravessou a estrada e agarrou-o pelo colarinho.

— Espere aí ! – gritou o padeiro. – Você tem que pagar pelos bolos !

— Que é isso ? – protestou o espantado viajante. – Eu nem encostei nos seus bolos !

— Seu ladrão ! – berrava o padeiro. – É perfeitamente óbvio que você aproveitou seu próprio pão dormido bem melhor, só sentindo os cheirinhos deliciosos da minha padaria.

Você não sai daqui enquanto não me pagar pelo que levou. Eu não trabalho à toa não, camarada !

Uma multidão se juntou e instou para que levasse o caso ao juiz local, um velho muito sábio.

O juiz ouviu os argumentos, pensou bastante e depois ditou a sentença.

— Você está certo – disse ao padeiro. – Este viajante saboreou os frutos do seu trabalho.

E julgo que o perfume dos seus bolos vale três moedas de ouro.

— Isso é um absurdo ! Objetou o viajante. – Além disso, gastei meu dinheiro todo na viagem. Não tenho mais nem um centavo.

— Ah… – disse o juiz. – Neste caso, vou ajudá-lo.

Tirou três moedas de ouro do próprio bolso, e o padeiro logo avançou para pegar.

— Ainda não – disse o juiz. – Você diz que esse viajante meramente sentiu o cheiro dos seus bolos, não é ?

— É isso mesmo – respondeu o padeiro.

— Mas ele não engoliu nem um pedacinho ?

— Já lhe disse que não.

— Nem provou nem um pastel ?

— Não !

— Nem encostou nas tortas ?

— Não !

— Então, já que ele consumiu apenas o perfume, você será pago apenas com som.

Abra os ouvidos para receber o que você merece.

O sábio juiz jogou as moedas de uma mão para outra, fazendo-as retinir bem perto das gananciosas orelhas do padeiro.

— Se ao menos você tivesse a bondade de ajudar esse pobre homem em viagem – disse o juiz -, você até ganharia recompensas em ouro, no Céu.

Colaboração: Renato Antunes Oliveira

Um Oceano

Do Livro “Sementes de Felicidade”, 45, de Lourival Lopes

Curve-se diante da beleza da vida.

Respeite-a. Ame-a.

Cale a voz negativa. Renda sua homenagem ao Criador de tudo. Ele merece.

Um poder infinito, um amor sem fronteiras, tudo fez. Imagine-se dentro desse contexto maravilhoso.

Vibre com a vida.

Dobre-se diante da grande beleza.

O deslumbrante espetáculo da vida é construído pelo mesmo Deus que habita em você.

Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano, ele treme de medo.

Olha para trás, para toda a jornada: os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê a sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre.

Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar. Ninguém pode voltar. Voltar é impossível na existência. Você pode apenas ir em frente.

O rio precisa se arriscar e entrar no oceano. E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece, porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano. Mas tornar-se oceano.

Por um lado é desaparecimento e por outro lado é renascimento.

Assim somos nós. Voltar é impossível na existência. Você pode ir em frente e se arriscar . Coragem!

Torne-se OCEANO !!!

Um dia

Mario Quintana

Um dia percebemos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem!

Você não só esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela…

Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável…

Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples…

Um dia percebemos que o comum não nos atrai…

Um dia saberemos que ser classificados como “o bonzinho”, não é bom…

Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga, é a que mais pensa em você…

Um dia saberemos a importância da frase: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”

Um dia perceberemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso…

Um dia perceberemos como aquele amigo faz falta, mas aí já é tarde de mais…

Enfim… Um dia descobriremos que apensar de viver quase 100 anos, esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para dizer tudo que tem de ser dito…

O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras…

Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.

Uma Gota

Havia uma gota em uma nascente de rio.

Era uma simples gota, nada mais que isso.

Mas em sua insignificância tinha uma utopia, um sonho.

Sonhava em um dia, após vencer a correnteza e chegar ao encontro das águas, virar mar.

Ora, quanta pretensão ! Uma gota, uma simples gota, querendo virar mar…

Era difícil, sabia ela, porém não impossível.

E agarrando-se nesse fio de esperança seguiu o seu curso natural de rio, sempre pensando no dia em que certamente encontraria o oceano.

Desafios foram surgindo : pedras, evaporação, galhos, entre outros obstáculos, mas ela nunca desistia.

Outras gotas que partiram com ela não chegaram ao fim, ficaram pelo caminho.

Esta porém, talvez pela sua persistência, pela fé que tinha, de uma forma ou de outra sabia que um dia chegaria lá; e de fato, chegou.

Venceu todos os obstáculos, chegou ao encontro das águas e finalmente realizou seu grande sonho.

Hoje aquela gota, aquela ínfima gota, é mar.

Graças à sua persistência conseguiu o que era considerado uma utopia, uma pretensão incomensurável.

Não importa, hoje aquela gota é mar.

Você também pode ser mar, só depende de si próprio.

Você pode ser como aquelas gotas que ficaram pelo caminho, ou como a gota que protagonizou esta estória.

Só depende de você!

Colaboração: Renato Antunes Oliveira

Uma Flor Rara

Havia uma jovem muito rica, que tinha tudo: um marido maravilhoso, filhos perfeitos, um emprego que lhe pagava muitíssimo bem, uma família unida.

O estranho é que ela não conseguia conciliar tudo isso, o trabalho e os afazeres lhe ocupavam todo o tempo e a sua vida estava deficitária em algumas áreas.

Se o trabalho lhe consumia muito tempo, ela tirava dos filhos, se surgiam problemas, ela deixava de lado o marido… E assim, as pessoas que ela amava eram sempre deixadas para depois.

Até que um dia, seu pai, um homem muito sábio, lhe deu um presente: uma flor muito cara e raríssima, da qual havia um apenas exemplar em todo o mundo.

E disse a ela:

— Filha, esta flor vai te ajudar muito mais do que você imagina! Você terá apenas que regá-la e podá-la de vez em quando, ás vezes conversar um pouquinho com ela, e ela te dará em troca esse perfume maravilhoso e essas lindas flores.

A jovem ficou muito emocionada, afinal a flor era de uma beleza sem igual.

Mas o tempo foi passando, os problemas surgiam, o trabalho consumia todo o seu tempo, e a sua vida, que continuava confusa, não lhe permitia cuidar da flor.

Ela chegava em casa, olhava a flor e as flores ainda estavam, lá, não mostravam sinal de fraqueza ou morte, apenas estavam lá, lindas, perfumadas.

Então ela passava direto.

Até que um dia, sem mais nem menos, a flor morreu.

Ela chegou em casa e levou um susto!

Estava completamente morta, suas raízes estavam ressecadas, suas flores caídas e suas folhas amarelas.

A jovem chorou muito, e contou a seu pai o que havia acontecido.

Seu pai então respondeu:

— Eu já imaginava que isso aconteceria, e eu não posso te dar outra flor, porque não existe outra igual a essa, ela era única, assim como seus filhos, seu marido e sua família. Todos são bênçãos que o Senhor te deu, mas você tem que aprender a regá-los, podá-los e dar atenção a eles, pois assim como a flor, os sentimentos também morrem. Você se acostumou a ver a flor sempre lá, sempre florida, sempre perfumada, e se esqueceu de cuidar dela.

Cuide das pessoas que você ama!

Uma doce lição

Meu pai adorava abelhas. Quando uma abelha selvagem chegava zumbindo, ele parava o que estivesse fazendo para esperar a abelha fartar-se de néctar. Assim que estava satisfeita, ela levantava vôo, precisa como uma flecha, em direção a sua colméia, no bosque. Papai então partia em seu encalço. Mesmo que a perdesse de vista sabia, mais ou menos, onde ela terminaria, já que as abelhas traçam uma reta quando se encaminham para casa.

Quando papai encontrava uma árvore oca com um enxame de abelhas dentro, visitava o proprietário das terras e pedia-lhe permissão para cortar a árvore. Sempre dava ao proprietário todo o mel em troca das abelhas. Foi assim que construiu um imenso apiário que, por fim, passou a ser a maior fonte de renda de nossa família.

Uma colméia podia morrer de fome durante o inverno se a sua provisão de mel não durasse até as plantas florescerem. É rotina o apicultor ajudar suas abelhas nos meses de frio, alimentando-as com um xarope feito de água e açúcar. Durante a Primeira Guerra Mundial, nosso país passou por uma seriíssima escassez de açúcar. O governo passou a racioná-lo, além de diversos outros produtos. Isso criou uma imensa procura por mel como substituto.

Devido à necessidade de fornecer mel para a população, os apicultores recebiam uma ração sobressalente de açúcar para manter suas abelhas vivas durante o inverno. Guardávamos a porção que nos cabia num barril na cozinha externa, que usávamos no verão.

Nós, as crianças, sabíamos que era estritamente para a alimentação das abelhas. Devido ao racionamento sofrido pelo país durante a Primeira Guerra Mundial, era muitas vezes difícil para as mães prepararem refeições apetitosas para suas famílias. Era especialmente difícil quando havia algum convidado.

Fomos avisados de que nossos parentes favoritos, que viviam a muitos quilômetros de distância, viriam nos visitar no dia seguinte. Ficamos muito animados! Mamãe começou a planejar o jantar que faria por ocasião da visita. Melancólica, declarou:

— Como eu gostaria de fazer um bolo!

Ela sentia imenso orgulho dos bolos que preparava. No entanto, como a pequena ração de açúcar destinada a nossa família já fora consumida, ficava impossível fazer o tal bolo.

É claro que nós, as crianças, queríamos o bolo tanto quanto ela! Imploramos para que pegasse o açúcar da ração das abelhas para prepará-lo. Nosso argumento era que o governo jamais saberia. Finalmente, ela cedeu.

Foi lá fora, até o barril de açúcar da cozinha externa, e usou-o para fazer sua deliciosa receita de bolo amarelo. Foi preciso grande habilidade para assar o bolo perfeito num forno a lenha, mas mamãe conseguiu. Quando terminou de decorá-lo com uma cobertura especial de merengue, ficamos extremamente orgulhosos de servi-lo para as visitas.

Pouco depois chegou o dia de nossa família receber a ração mensal de açúcar. Papai foi até a mercearia comprá-lo. O vendedor colocou-o num minúsculo saquinho marrom e amarrou-o com cuidado. Quando chegou em casa, papai o colocou sobre a mesa. Mamãe olhou brevemente para o pacotinho. Então, pegou o mesmo medidor que usara para o açúcar do bolo. Enquanto nós, crianças, a olhávamos estupefatos, ela mediu exatamente a quantidade que usara. Então, solenes, a seguimos até o barril de açúcar das abelhas, onde ela o despejou.

O que restou de açúcar no fundo do pequeno saco era pouco para uma família de sete, mas teria de ser suficiente para durar um mês. A idéia foi um banho de sobriedade para uma criança tão pequena e apaixonada por doces.

Minha mãe não fez o menor discurso sobre o acontecido, a menor fanfarra. Não pregou sobre a honestidade. Para ela, aquele fora um ato natural, de acordo com a integridade com a qual meu pai e ela viveram as suas vidas.

Hoje, tenho noventa e dois anos. Há muito não sou mais aquela criancinha que olhava por cima da mesa da cozinha da mãe, na pontinha dos pés. Muitas coisas mudaram durante a minha vida. Ainda faço bolos quando tenho visitas, mas hoje uso misturas prontas porque não agüento mais ficar em pé tanto tempo. Também não preciso mais usar o fogão à lenha. E, certamente, não há a menor escassez de açúcar em nosso país.

Mas algumas coisas não mudam. E, assim, já contei a história sobre a honestidade incondicional de minha mãe inúmeras vezes para meus filhos, meus netos e até mesmo para os meus bisnetos. Mamãe era como uma daquelas abelhas que meu pai adorava seguir. Era fácil contar que sempre tomaria o caminho mais honesto nesta vida, uma linha reta, precisa como uma flecha. E foi por isso que moldou, sem alardes, a consciência de quatro gerações de uma mesma família.

Colaboração de Wilma Santiago

Tudo é uma questão de escolha

Duas rãs brincavam distraidamente e saltitavam dentro de um curral, de repente num desses saltos caíram ambas num latão cheio de leite, as bordas do latão eram lisas e altas.

Não havia a menor possibilidade de saírem dali mergulhadas no líquido, não havia como impulsionar o corpo e saltar para fora, ao perceber que sua amiga estava quase se afogando a primeira rã disse:

— Não esmoreça, continue batendo os braços, mantenha-se flutuando.

— Não adianta, respondeu a outra, estou exausta. E de que adianta manter-me flutuando se não existe nenhuma maneira de sair daqui..

— Não desista. Mantenha a calma e lute, enquanto há vida, há esperança, continue batendo os braços com toda força.

— Não vale a pena, estou me cansando e não consigo ver comopodemos nos salvar.

Dito isso, parou de se debater, afundou e morreu afogada.

— Não posso desistir, disse a primeira, deve haver uma saída, vou continuar me debatendo, tenho que me manter viva. Debateu-se a noite inteira, e debateu-se tanto dentro do leite que este acabou virando manteiga.

Agora sim. Apoiada sobre uma base sólida bastou descansar um pouquinho, tomar impulso para fora do latão e recomeçar sua vida.

Tudo é uma questão de perseverança, desde que o mundo é mundo os problemas são os mesmos, cada um de nós tem uma maneira diferente de enfrentá-los e essa maneira que vai determinar o sucesso ou fracasso.

Trocando de roupa

Navegavam há meses e os marujos não tomavam banho nem trocavam de roupa.

O que não era novidade na Marinha Mercante britânica, mas o navio fedia!

O Capitão chama o Imediato:

— Mr. Simpson, o navio fede, mande os homens trocarem de roupa!

Responde o Imediato:

— Aye, Aye, Sir, parte para reunir os seus homens e diz:

— Sailors, o Capitão está se queixando do fedor a bordo e manda todos trocarem de roupa. David troque a camisa com John, John troque a sua com Peter, Peter troque a sua com Alfred, Alfred troque a sua com Jonathan … e assim prosseguiu.

Quando todos tinham feito as devidas trocas, volta ao Capitão e diz:

— Sir, todos já trocaram de roupa.

O Capitão, visivelmente aliviado, manda prosseguir a viagem.

Três Sapos

Se existem três sapos numa folha, e um deles decide pular da folha para a água, quantos sapos restam na folha? Resposta certa: três sapos!

Porque o sapo apenas decidiu pular mas ele não fez isso.

Às vezes, a gente não se parece com o sapo?

Quando decidimos fazer isso, fazer aquilo e no final não fazemos nada?

Na vida temos que tomar muitas decisões. Algumas fáceis, outras difíceis.

Rir é correr o risco de parecer tolo.

Chorar é correr o risco de parecer sentimental.

Abrir-se para alguém é arriscar envolvimento.

Expor as idéias e sonhos é arriscar-se a perdê-los.

Amar é correr o risco de não ser amado.

Viver é correr o risco de morrer.

Ter esperança é correr o risco de se decepcionar.

Tentar é correr o risco de falhar.

Os riscos precisam ser enfrentados porque o maior fracasso na vida é não arriscar nada. A pessoa que não arrisca nada, não faz nada, não tem nada, é nada… Ela pode evitar o sofrimento e a dor mas não aprende, não sente, não muda, não cresce, não vive. É uma escrava que teme a liberdade.

Apenas quem arrisca é livre.

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