Categoria: Histórias (Page 83 of 110)

Amigas fazem muito bem à saúde !

Um estudo publicado pela Universidade de Los Angeles, Califórnia, indica que a amizade entre mulheres é algo verdadeiramente especial. Descobriu-se, que as amigas contribuem para o fortalecimento da identidade e para projetar nosso futuro. Constituem um remanso, diante de um mundo real, cheio de tempestades e obstáculos.

As amigas ajudam-nos a preencher os vazios emocionais de nossas relações com os homens e ajudam-nos a recordar quem nós somos, realmente. Após 50 anos de investigações, identificou-se que existem substâncias químicas produzidas pelo cérebro que ajudam a criar e manter laços de amizade entre as mulheres. Os pesquisadores, homens em sua maioria, surpreenderam-se com os resultados destes estudos. Quando o hormônio OXITOCINA é liberado como parte da reação das mulheres frente ao stress, elas sentem a necessidade de proteger seus filhos e de agruparem-se com outras mulheres. Quando isso acontece, produz-se uma ainda maior quantidade de oxitocina, que reduz o stress mais agudo e provoca um efeito calmante.

Estas reações não aparecem entre os membros do sexo masculino porque a testosterona, que os homens produzem em altas quantidades, tende a neutralizar os efeitos da oxitocina, enquanto os estrógenos femininos aumentam a produção do hormônio oxitocina.

Após repetidos estudos, demonstrou-se que os laços emocionais existentes entre as mulheres que são amigas verdadeiras e leais, contribuem para a redução dos riscos de doenças ligadas à pressão arterial e ao colesterol. Acredita-se que esta pode ser uma das razões por que as mulheres geralmente vivem mais do que os homens. As mulheres que não estabelecem relações de amizade com outras mulheres não mostram os mesmos resultados em sua saúde.

Assim, ter amigas nos ajuda não somente a viver mais, como também a viver melhor.

O estudo sobre saúde indica que quanto mais amigas tem uma mulher, maior probabilidade ela terá de chegar à velhice sem problemas físicos, levando uma vida plena e saudável. Não contar com amigas próximas pode ser tão prejudicial para a saúde quanto a obesidade, o tabagismo ou o sedentarismo. Neste mesmo estudo, foi observado, também, como as mulheres superam um momento crítico, como a morte do cônjuge e percebeu-se que as mulheres que podiam confiar em suas amigas, reagiram sem doenças graves e recuperaram-se em um lapso de tempo menor do que aquelas que não tinham em quem confiar. O estudo concluiu que a amizade entre as mulheres constitui uma fonte recíproca de força, bem-estar, alegria e saúde!!!!!!!!!!

Nâo é legal saber isso?

Ame sempre

Diz um conto chinês que um jovem foi visitar um sábio conselheiro e disse-lhe sobre as dúvidas que tinha a respeito de seus sentimentos por uma bela moça.

O sábio escutou-o, olhou-o nos olhos e disse-lhe apenas uma coisa:

— Ame-a.

E logo se calou.

Disse o rapaz:

— Mas, ainda tenho dúvidas…

— Ame-a, disse-lhe novamente o sábio.

E, diante do desconcerto do jovem, depois de um breve silêncio, disse-lhe o seguinte:

— Meu filho, amar é uma decisão, não um sentimento. Amar é dedicação e entrega. Amar é um verbo e o fruto dessa ação é o amor. O amor é um exercício de jardinagem. Arranque o que faz mal, prepare O terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide. Esteja preparado porque haverá pragas, secas ou excessos de chuvas mas nem por isso abandone o seu jardim. Ame, ou seja, aceite, valorize, respeite, dê afeto, ternura, admire e Compreenda.

Simplesmente: Ame!

A inteligência sem amor, te faz perverso.
A justiça sem amor, te faz implacável.
A diplomacia sem amor, te faz hipócrita.
O êxito sem amor, te faz arrogante.
A riqueza sem amor, te faz avarento.
A docilidade sem amor te faz servil.
A pobreza sem amor, te faz orgulhoso.
A beleza sem amor, te faz ridículo.
A autoridade sem amor, te faz tirano.
O trabalho sem amor, te faz escravo.
A simplicidade sem amor, te deprecia.
A lei sem amor, te escraviza.
A política sem amor, te deixa egoísta.
A vida sem AMOR… não tem sentido.

A Menina do Vestido Azul

Num bairro pobre de uma cidade distante, morava uma garotinha muito bonita.

Acontece que essa menina freqüentava as aulas da escolinha local no mais lamentável estado: suas roupas eram tão velhas que seu professor resolveu dar-lhe um vestido novo.

Assim raciocinou o mestre: “é uma pena que uma aluna tão encantadora venha às aulas desarrumada desse jeito. Talvez, com algum sacrifício, eu pudesse comprar para ela um vestido azul.”

Quando a garota ganhou a roupa nova, sua mãe não achou razoável que, com aquele traje tão bonito, a filha continuasse a ir ao colégio suja como sempre, e começou a dar-lhe banho todos os dias, antes das aulas.

Ao fim de uma semana, disse o pai:

“Mulher, você não acha uma vergonha que nossa filha, sendo tão bonita e bem arrumada, more num lugar como este, caindo aos pedaços? Que tal você ajeitar um pouco a casa, enquanto eu, nas horas vagas, vou dando uma pintura nas paredes, consertando a cerca, plantando um jardim?”

E assim fez o humilde casal.

Até que sua casa ficou muito mais bonita que todas as casas da rua e os vizinhos se envergonharam e se puseram também a reformar suas residências.

Desse modo, todo o bairro melhorava a olhos vistos, quando por isso passou um político que, bem impressionado, disse:

“É lamentável que gente tão esforçada não receba nenhuma ajuda do governo”.

E dali saiu para ir falar com o prefeito, que o autorizou a organizar uma comissão para estudar que melhoramentos eram necessários ao bairro.

Dessa primeira comissão surgiram muitas outras e hoje, por todo o país, elas ajudaram os bairros pobres a se reconstruírem.

E pensar que tudo começou com um vestido azul.

Não era intenção daquele simples professor consertar toda a rua, nem criar um organismo que socorresse os bairros abandonados de todo o país.

Mas ele fez o que podia, ele deu a sua parte, ele fez o primeiro movimento, do qual se desencadeou toda aquela transformação. É difícil reconstruir um bairro, mas é possível dar um vestido azul.

Colaboração: Renato Antunes Oliveira

A Maturidade é a arte de saber envelhecer

Marcial Salaverry

Na realidade, é a arte de saber envelhecer o físico, sem envilecer a alma, pois na verdade não podemos nos limitar a assistir a passagem do tempo. Sempre temos que fazer nossa parte para que a idade não nos impeça de viver como merecemos e queremos.

Temos que considerar, que a maturidade, na realidade, é o que nos permite viver em paz com aquilo que não podemos modificar, assim como também é o fato de saber o que podemos, se não modificar, pelo menos amenizar, para que os anos cheguem mais suavemente, sabendo usar nossa experiencia de vida.

O tempo sempre cobra seu tributo. Ninguém passa incólume. O que se deve fazer é controlar seus efeitos para que não sejam tão devastadores.

Vamos ajudar nosso organismo a modificar um pouco os termos da cobrança do implacável credor que se chama TEMPO.

Quanto ao que é “imodificável” , temos que saber aceitar. Não adianta nos revoltarmos contra as mazelas que a idade provoca em nosso organismo. Temos é que saber administrar esses problemas.

Tomando os cuidados adequados, podemos sempre conseguir alguns adiamentos saudáveis, prosseguindo a todo vapor em nossa vida.

Devemos dentro do possível, manter nossos hábitos, acomodando-os com a nova realidade do organismo. Se não podemos mais correr na praia, passemos a caminhar acelerado enquanto der, diminuindo a marcha conforme o organismo for pedindo. O que não podemos, é parar.

Claro que isto se aplica a tudo na vida. A única atividade que não deve ser diminuída, é a prática da amizade, pois esta, além de não requerer qualquer esforço físico, ajuda a conservar a auto-estima, que é um fator importante nessa nossa luta pela sobrevivência.

Enfim, crianças, vamos encarar o bicho de frente, que é a melhor maneira de vencê-lo.

A melhor vitória que podemos conseguir sobre a velhice, é não permitir que ela subjugue nosso espírito, que ela o envileça, pois este tem sempre permanecer jovem.

Como conseguir isso? Muito fácil. Basta sabermos nos adequar à passagem do tempo. Se tivermos que diminuir os exercícios físicos, podemos e devemos aumentar os exercícios intelectuais, lendo mais, ouvindo mais música, internetando mais. Enfim, nos mantermos vivos. Esse é o segredo. Trabalhar o cérebro.

Viajar também é bom e ajuda a conservar a juventude interior, além de manter o organismo em atividade.

Um velho amigo, que não sei se seria melhor chamá-lo de amigo velho (a colocação depende da maneira da pessoa pensar) um dia destes, encontrou-se comigo numa das esquinas da vida, e começou a desfiar um rosário de lamentações, dizendo que estava velho demais (tem a minha idade) para começar qualquer coisa, que agora já se considerava com a missão cumprida, e só estava esperando chegar a hora.

Recomendei então que se deitasse, porque assim a espera seria mais confortável. Logicamente ele estranhou minhas palavras, e quis saber se eu tinha mudado minha maneira de encarar a vida só por causa da minha aposentadoria.

Aproveitei a deixa e lembrei de uma frase da minha coleção, se não me engano, de um tal John Barrymore, que disse qualquer coisa assim : Um homem não está velho até que comece a lastimar, em vez de sonhar.

Ele ficou matutando, se seria mais conveniente pensar sobre isso, ou ir para as famosas “mesinhas de dominó” que a Prefeitura de Santos colocou nos jardins da praia só para que os realmente velhos comecem a se preparar para a imobilidade total… Enfim, cada um se diverte como quer, não é mesmo ?

Espero que esse meu amigo tenha captado bem o sentido da coisa, pois essa frase encerra uma grande, uma enorme verdade. Nunca, jamais, em tempo algum, em nenhuma circunstância, de maneira nenhuma, podemos nos entregar, deixar de ter algum objetivo, alguma meta, algum sonho para alcançarmos.

É exatamente essa flama interna que nos conserva vivos, que nos permite achar que estamos fazendo jús ao lugar que ocupamos no mundo. Do contrário, passaremos a ser meros objetos decorativos para colecionadores de mau gosto.

Se por acaso alguém se sentiu ofendido com o que foi acima dito, que me desculpe, mas esse alguém é realmente um velho cansado, e não um idoso sonhador… Pensem sobre isso e tenhamos todosum lindo dia!

Colaboração de Renato J.G. Filho

Amar ou ser amado?

Gisilaine Andrade

Se pudéssemos escolher apenas uma alternativa…
O que seria mais importante?
Amar ou Ser Amado?
Por mais que pensemos…
Fica realmente difícil encontrar uma resposta…
Mas podemos tentar…
Vamos presumir que a alternativa escolhida fosse Amar…
Como é bom Amar…
Sentir o coração bater mais forte…
As mãos frias e trêmulas…as pernas fracas…
O sorriso nos lábios…
Sim, porque o sorriso faz parte do amor e como faz!
Quando amamos, temos o privilégio de sorrir mais…
Sorrimos até quando estamos parados, com o pensamento longe…
Sorrimos das próprias lembranças que esse amor nos traz…
e muitas vezes, quando nos damos conta…
Estamos lá, não importa aonde…
Mas estamos com o sorriso nos lábios…
Até mesmo parados no farol a caminho de casa…
No meio de um trabalho…
Quem estiver prestando atenção na gente… provavelmente não vai
entender nada…
Mas, se essa pessoa também já amou
alguma vez na sua vida…
Ah, com certeza vai entender porque estamos assim… e vai sorrir
também só em lembrar como ela
já ficou um dia por causa do amor…
Quando pensamos na pessoa amada,
uma enorme sensação de leveza
vai tomando conta do nosso corpo…
Da nossa mente…da nossa alma…assim, sem pedir licença…
Mas é uma sensação tão maravilhosa que não importa, ela é tão boa
que não precisa mesmo pedir licença…
pode ir entrando e tomando
conta do nosso ser…
Sensação de plenitude…
E, agora, vamos pensar na outra escolha…
Ser amado…
Como é maravilhoso também saber que existe alguém que nos ama…
Que se importa conosco…
Que se preocupa com tudo o que nos possa acontecer…
Que teme que nos aconteça algo de errado…
A pessoa que nos ama está sempre vigilante…
Tentando nos proteger de situações
que poderiam nos machucar, e
consequentemente machucar a esta pessoa também, sim, porque não
podemos nos esquecer de tudo que foi dito anteriormente sobre
amar…
Quando somos amados, se algo de
errado nos acontece, o ser que nos
ama sofre muito com isso,
talvez sofra mais do que nós mesmos
poderíamos sofrer…
O ideal seria escolher as duas alternativas
Amar e Ser Amado
Pois os dois sentimentos se completam
Mas, nem sempre é assim…
O ideal seria:
Saber Amar e Ser Amado
Mas isto é privilégio de poucos…
talvez privilégio de quem já aprendeu
muito com o amor, já cresceu
muito com ele, e por isso talvez até
consiga entende-lo melhor…
O ideal seria:
Amar sem sufocar… Amar sem aprisionar…
Amar sem cobrar… Amar sem exigir…
Amar sem reprimir, simplesmente Amar…
E
Ser Amado sem se sentir sufocado…
Sem se sentir aprisionado…
Sem se sentir cobrado…
Sem se sentir exigido…
Sem se sentir reprimido
Simplesmente Ser Amado!
Pois do que nos adiantaria Amar sem Ser Amado
e Ser Amado sem Amar?

Amar é ser feliz

Hermann Hesse, Prêmio Nobel de Literatura, em: “Sull’amore, mondadori

Quanto mais envelhecia, quanto mais insípidas me pareciam as pequenas satisfações que a vida me dava, tanto mais claramente compreendia onde eu deveria procurar a fonte das alegrias da vida. Aprendi que ser amado não é nada, enquanto amar é tudo (…).

O dinheiro não era nada, o poder não era nada. Vi tanta gente que tinha dinheiro e poder, e mesmo assim era infeliz.

A beleza não era nada. Vi homens e mulheres belos, infelizes, apesar de sua beleza.

Também a saúde não contava tanto assim. Cada um tem a saúde que sente.

Havia doentes cheios de vontade de viver e havia sadios que definhavam angustiados pelo medo de sofrer.

A felicidade é amor, só isto.

Feliz é quem sabe amar. Feliz é quem pode amar muito.

Mas amar e desejar não é a mesma coisa.

O amor é o desejo que atingiu a sabedoria.

O amor não quer possuir.

O amor quer somente amar

Amanhecer…

Chico Xavier

Quero nascer de novo cada dia que nasce. Quero ser outra vez novo, puro, cristalino.

Quero lavar-me, cada manhã, do homem velho, da poeira velha, das palavras gastas, dos gestos rituais.

Quero reviver a primeira manhã da criação, o primeiro abrir dos olhos para a vida.

Quero que cada manhã, a alma desabroche do sono como a rosa do botão, e surja, como a aurora do oceano, ao sorriso dos teus lábios, ao gesto de tua mão.

Quero me engrinaldar para a festa renovada com que cada dia nos convidas e desdobrar as asas como a águia em demanda do sol.

Quero crer, a cada nova aurora, que esta é a definitiva, a do encontro com a felicidade, a da permanência assegurada, a de teu sim definitivo.

A maior bronca que já levei

Tínhamos uma aula de Fisiologia na escola de medicina logo após a semana da Pátria. Como a maioria dos alunos havia viajado aproveitando o feriado prolongado, todos estavam ansiosos para contar as novidades aos colegas e a excitação era geral. Um velho professor entrou na sala e imediatamente percebeu que iria ter trabalho para conseguir silêncio. Com grande dose de paciência tentou começar a aula, mas você acha que minha turma correspondeu?

Que nada. Com um certo constrangimento, o professor tornou a pedir silêncio educadamente. Não adiantou, ignoramos a solicitação e continuamos firmes na conversa. Foi aí que o velho professor perdeu a paciência e deu a maior bronca que eu já presenciei.

“Prestem atenção porque eu vou falar isso uma única vez”, disse, levantando a voz e um silêncio carregado de culpa se instalou em toda a sala e o professor continuou.

“Desde que comecei a lecionar, isso já faz muito anos, descobri que nós professores, trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma turma. Em todos esses anos observei que de cada cem alunos, apenas cinco são realmente aqueles que fazem alguma diferença no futuro; apenas cinco se tornam profissionais brilhantes e contribuem de forma significativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Os outros 95% servem apenas para fazer volume; são medíocres e passam pela vida sem deixar nada de útil. O interessante é que esta percentagem vale para todo o mundo. Se vocês prestarem atenção notarão que de cem professores, apenas cinco são aqueles que fazem a diferença; de cem garçons, apenas cinco são excelentes; de cem motoristas de táxi, apenas cinco são verdadeiros rofissionais; e podemos generalizar ainda mais: de cem pessoas, apenas cinco são verdadeiramente especiais. É uma pena muito grande não termos como separar estes 5% do resto, pois se isso fosse possível, eu deixaria apenas os alunos especiais nesta sala e colocaria os demais para fora, então teria o silêncio necessário para dar uma boa aula e dormiria tranquilo sabendo ter investido nos melhores. Mas, infelizmente não há como saber quais de vocês são estes alunos. Só o tempo é capaz de mostrar isso. Portanto, terei de me conformar e tentar dar uma aula para os alunos especiais, apesar da confusão que estará sendo feita pelo resto. Claro que cada um de vocês sempre pode escolher a qual grupo pertencerá. Obrigado pela atenção e vamos à aula de “.

Nem preciso dizer o silêncio que ficou na sala e o nível de atenção que o professor conseguiu após aquele discurso. Aliás, a bronca tocou fundo em todos nós, pois minha turma teve um comportamento exemplar em todas as aulas de Fisiologia durante todo o semestre; afinal quem gostaria de espontaneamente ser classificado como fazendo parte do resto ?

Hoje não me lembro muita coisa das aulas de Fisiologia, mas a bronca do professor eu nunca mais esqueci. Para mim, aquele professor foi um dos 5% que fizeram a diferença em minha vida. De fato, percebi que ele tinha razão e, desde então, tenho feito de tudo para ficar sempre no grupo dos 5%, mas, como ele disse, não há como saber se estamos indo bem ou não; só o tempo dirá a que grupo pertencemos.

Contudo, uma coisa é certa: se não tentarmos ser especiais em tudo que fazemos, se não tentarmos fazer tudo o melhor possível, seguramente sobraremos na turma do resto.”

A Loucura

A loucura resolveu convidar os amigos para tomar um café em sua casa.

Todos os convidados foram. Após o café, a loucura propôs:

— Vamos brincar de esconde-esconde?

— Esconde-esconde? O que é isso? – perguntou a curiosidade.

— Esconde-esconde é uma brincadeira. Eu conto até cem e vocês se escondem.

Ao terminar de contar, eu vou procurar, e o primeiro a ser encontrado será o próximo a contar.

Todos aceitaram, menos o medo e a preguiça.

1,2,3,… – a loucura começou a contar.

A pressa escondeu-se primeiro, num lugar qualquer. A timidez, tímida como sempre, escondeu-se na copa de uma árvore. A alegria correu para o meio do jardim.

Já a tristeza começou a chorar, pois não encontrava um local apropriado para se esconder.

A inveja acompanhou o triunfo e se escondeu perto dele debaixo de uma pedra.

A loucura continuava a contar e os seus amigos iam se escondendo. O desespero ficou desesperado ao ver que a loucura já estava no noventa e nove.

Cem! – gritou a loucura. – vou começar a procurar…

A primeira a aparecer foi a curiosidade, já que não agüentava mais querendo saber quem seria o próximo a contar. Ao olhar para o lado, a loucura viu a dúvida em cima de uma cerca sem saber em qual dos lados ficar para melhor se esconder.

E assim foram aparecendo a alegria, a tristeza, a timidez…

Quando estavam todos reunidos, a curiosidade perguntou:

— Onde está o amor?

Ninguém o tinha visto. A loucura começou a procurá-lo.

Procurou em cima da montanha, nos rios, debaixo das pedras e nada do amor a parecer.

Procurando por todos os lados, a loucura viu uma roseira, pegou um pauzinho e começou a procurar entre os galhos, quando de repente…

Era o amor, gritando por ter furado o olho com um espinho. A loucura não sabia o que fazer.

Pediu desculpas, implorou pelo perdão do amor e até prometeu segui-lo para sempre.

O amor aceitou as desculpas.

Hoje, o amor é cego e a loucura o acompanha sempre.

A loja de Deus

Entrei e vi um Anjo no balcão. Maravilhado, disse-lhe:

— Santo Anjo do Senhor, o que tens?

Respondeu-me:

— Todos os dons de Deus.

Perguntei:

— Custa muito?

Respondeu-me:

— Não, é tudo de graça.

Contemplei a loja e vi jarros com sabedoria, vidros com fé, pacotes com esperança, caixinhas com salvação, potes com amor. Tomei coragem e pedi:

— Por favor, Santo Anjo, quero muito amor, todo o perdão, um vidro de fé, bastante felicidade e salvação eterna para mim e para minha família também.

Então, o Anjo do Senhor preparou-me um pequeno embrulho, tão pequeno, que cabia na palma da minha mão.

Maravilhado, mais uma vez, disse-lhe:

— É possível tudo estar aqui?

O Anjo respondeu-me sorrindo:

— Meu querido irmão, na loja de Deus não temos frutos. Apenas sementes.

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