No meio do barulho e da agitação, caminhe tranqüilo, pensando na paz que você pode encontrar no silêncio. Procure viver em harmonia com as pessoas que estão ao seu redor, sem abrir mão de sua dignidade.
Fale sua verdade, clara e mansamente. Escute a verdade de outros, pois eles também têm a sua própria história.
Evite as pessoas agitadas e agressivas: elas afligem o nosso espírito.
Não se compare aos demais, olhando as pessoas como superiores ou inferiores a você: isso o tornaria superficial e amargo.
Viva intensamente os seus ideais e o que você já conseguiu realizar. Mantenha o interesse no seu trabalho, pois por mais humilde que seja, ele é um verdadeiro tesouro.
Seja prudente em tudo o que fizer, porque o mundo está cheio de armadilhas.
Mas, não fique cego para o bem que sempre existe, há muita gente lutando por nobres causas.
Seja você mesmo e, sobretudo, não simule afeição… Aceite com carinho o conselho dos mais velhos e seja compreensivo com os impulsos inovadores da juventude.
Não se desespere com perigos imaginários: muitos temores têm sua origem no cansaço e na solidão.
Você merece estar aqui, e mesmo que não perceba, a terra e o universo vão cumprindo o seu destino.
Procure, pois, estar em paz com Deus, seja qual for o nome que você lhe der.
No meio de seus trabalhos e aspirações, na fatigante jornada pela vida, conserve no mais profundo do ser, a harmonia e a paz.
Acima de toda mesquinhez e falsidade, o mundo ainda é belo.
Caminhe com cuidado, faça tudo para ser feliz e partilhe com os outros sua felicidade.
Uma professora de determinado colégio decidiu homenagear cada um dos seus formandos dizendo-lhes da diferença que tinham feito em sua vida de mestra.
Chamou um de cada vez para frente da classe. Começou dizendo a cada um a diferença que tinham feito para ela e para os outros da turma.
Então deu a cada um uma fita azul, gravada com letras douradas que diziam: “Quem Eu Sou Faz a Diferença”.
Mais adiante, resolveu propor um Projeto para a turma, para que pudessem ver o impacto que o reconhecimento positivo pode ter sobre uma comunidade.
Deu aos alunos mais três fitas azuis para cada um, com os mesmos dizeres, e os orientou a entregarem as fitas para as pessoas de seu conhecimento que achavam que desempenhavam um papel diferente. Mas que deveriam poder acompanhar os resultados para ver quem homenagearia quem, e informar esses resultados à classe ao fim de uma semana.
Um dos rapazes procurou um executivo iniciante em uma empresa próxima, e o homenageou por tê-lo ajudado a planejar sua carreira. Deu-lhe uma fita azul, pregando-a em sua camisa. Feito isso, deu-lhe as outras duas fitas dizendo:
“Estamos desenvolvendo um projeto de classe sobre reconhecimento, e gostaríamos que você escolhesse alguém para homenagear, entregando-lhe uma fita azul, e mais outra, para que ela, por sua vez, também possa homenagear a uma outra pessoa, e manter este processo vivo. Mas depois, por favor, me conte o que perceber ter acontecido.”
Mais tarde, naquele dia, o executivo iniciante procurou seu chefe, que era conhecido, por sinal, como uma pessoa de difícil trato. Fez seu chefe sentar, disse-lhe que o admirava muito por ser um gênio criativo. O chefe pareceu ficar muito surpreso. O executivo subalterno perguntou a ele se aceitaria uma fita azul e se lhe permitiria colocá-la nele.
O chefe surpreso disse: “É claro.” Afixando a fita no bolso da lapela, bem acima do coração, o executivo deu-lhe mais uma fita azul igual e pediu: “Leve esta outra fita e passe-a a alguém que você também admira muito.” E explicou sobre o projeto de classe do menino que havia dado a fita a ele próprio.
No final do dia, quando o chefe chegou a sua casa, chamou seu filho de 14 anos e o fez sentar-se diante dele. E disse:
“A coisa mais incrível me aconteceu hoje. Eu estava na minha sala e um dos executivos subalternos veio e me deu uma fita azul pelo meu gênio criativo. Imagine só! Ele acha que sou um gênio! Então me colocou esta fita que diz que “Quem Eu Sou Faz a Diferença”. Deu-me uma fita a mais pedindo que eu escolhesse alguma outra pessoa que eu achasse merecedora de igual reconhecimento.” Quando vinha para casa, enquanto dirigia, fiquei pensando em quem eu escolheria e pensei em você…
Gostaria de homenageá-lo. “Meus dias são muito caóticos e quando chego em casa, não dou muita atenção a você. As vezes grito com você por não conseguir notas melhores na escola, e por seu quarto estar sempre uma bagunça. Mas por alguma razão, hoje, agora, me deu vontade de tê-lo à minha frente. Simplesmente, sabe, para dizer a você, que você faz uma grande diferença para mim. Além de sua mãe, você é a pessoa mais importante da minha vida. Você é um grande garoto filho, e eu te amo!”
O menino, pego de surpresa, desandou a chorar convulsivamente sem parar. Ele olhou seu pai e falou entre lágrimas:
“Pai, poucas horas atrás eu estava no meu quarto e escrevi uma carta de despedida endereçada a você e à mamãe, explicando porque havia decidido suicidar e lhes pedindo perdão”. Pretendia me matar enquanto vocês dormiam. Achei que vocês não se importavam comigo. “A carta está lá em cima, mas acho que afinal, não vou precisar dela mesmo.” Seu pai foi lá em cima e encontrou uma carta cheia de angústia e de dor.
O homem foi para o trabalho no dia seguinte completamente mudado. Ele não era mais ranzinza e fez questão de que cada um dos seus subordinados soubesse a diferença que cada um fazia. O executivo que deu origem a isso ajudou muitos outros a planejarem suas carreiras e nunca esqueceu de lhes dizer que cada um havia feito uma diferença em sua vida… Sendo um deles o filho do próprio chefe.
A conseqüência desse projeto é que cada um dos alunos que participou dele aprendeu uma grande lição. De que “Quem Você É Faz sim, uma Grande Diferença”.
Você não precisa passar isso adiante para ninguém… Nem para duas nem para duzentas pessoas. Continue a sua vida como você acha que está bom para você.
Por outro lado, se quiser, pode enviar para aquelas pessoas que significaram ou significam algo para você, sejam quantas forem. Ou por outro lado, simplesmente sorria quando lhe escrevo que estou lhe mandando isso porque você é importante para mim, cada um de vocês é importante para mim, senão não os teria incluído na minha lista de envio. Quem você é na minha vida, faz muita diferença para mim, e eu queria que vocês soubessem disso.
Procura-se uma alma de criança que foi vista, pela última vez, dentro de nós mesmos, há muitos anos atrás…
Ela pulava, ria e ficava feliz com seus brinquedos velhos…
Ela exultava quando ganhava brinquedos novos, dando vida à latinhas, barbantes, tampinhas de refrigerantes, bonecas, soldadinhos de chumbo, figurinhas… Ela batia palmas quando ia ao circo, quando ouvia músicas de roda, quando seus pais lhe compravam sorvete: “chikabon, tombon, eskibon”.
… tudo danado de bom!
Ela se emocionava ao ouvir histórias contadas pela mãe ou quando lia aqueles livrinhos de pano que a madrinha lhe dava quando ia visitá-la.
Ela chorava quando arranhavam seus brinquedos: aquele aparelho de chá cheio de xícaras, com que servia as bonecas ou aqueles carrinhos de guindaste, tratores e furgões. Ela fazia beiço quando a professora a colocava de castigo, mas era feliz com seus amigos, sua pureza, sua inocência, sua esperança, sua enorme vontade de ser uma grande figura humana, que não somente sonhasse, mas que realizasse coisas importantes num futuro que lhe parecia ainda tão longínquo.
Onde ela foi?
Pra que lado ela foi?
Quem a ver, que venha nos falar… ainda é tempo de fazermos com que ela reviva, retomando um pouco da alegria de nossa infância e deixando a alma dar gargalhadas pois, afinal “ainda que as uvas se transformem em passas, o coração é sempre uma criança disposta a pular corda”.
A crença geral anterior era a de que Collor não servia, bem como Itamar e Fernando Henrique. Agora dizemos que Lula não serve. E o que vier depois de Lula também não servirá para nada. Por isso estou começando a suspeitar que o problema não está no ladrão corrupto que foi Collor, ou na farsa que é o Lula.
O problema está em nós. Nós como POVO. Nós como matéria prima de um País. Porque pertenço a um País onde a “ESPERTEZA” é a moeda que sempre é valorizada, tanto ou mais do que o dólar. Um País onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família, baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um País onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros Países, isto é, pondo umas caixas nas calçadas onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao País onde as “EMPRESAS PRIVADAS” são papelarias particulares de seus empregados desonestos, que levam para casa, como se fosse correto, folhas de papel, lápis, canetas, clipes e tudo o que possa ser útil para o trabalho dos filhos… e para eles mesmos. Pertenço a um País onde a gente se sente o máximo porque conseguiu “puxar” a tevê a cabo do vizinho, onde a gente frauda a declaração de Imposto de Renda para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um País onde a impontualidade é um hábito. Onde os diretores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclama do governo por não limpar os esgotos. Onde pessoas fazem “gatos” para roubar luz e água e nos queixamos de como esses serviços estão caros. Onde não existe a cultura pela leitura (exemplo maior nosso atual Presidente, que recentemente falou que é “muito chato ter que ler”) e não há consciência nem memória política, histórica nem econômica. Onde nossos congressistas trabalham dois dias por semana para aprovar projetos e leis que só servem para afundar os que não têm, encher o saco dos que têm pouco e beneficiar só a alguns.
Pertenço a um País onde as carteiras de motorista e os certificados médicos podem ser “comprados”, sem fazer nenhum exame. Um País onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no ônibus, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar o lugar. Um País no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o pedestre.
Um País onde fazemos um monte de coisa errada, mas nos esbaldamos em criticar nossos governantes. Quanto mais analiso os defeitos do Fernando Henrique e do “Lula”, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem “molhei” a mão de um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Dirceu é culpado, melhor sou eu como brasileiro, apesar de ainda hoje de manhã passei para trás um cliente através de uma fraude, o que me ajudou a pagar algumas dívidas. Não. Não. Não. Já basta.
Como “Matéria Prima” de um País, temos muitas coisas boas, mas nos falta muito para sermos os homens e mulheres que nosso País precisa. Esses defeitos, essa “ESPERTEZA BRASILEIRA” congênita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos de escândalo, essa falta de qualidade humana, mais do que Collor, Itamar, Fernando Henrique ou Lula, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são brasileiros como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não em outra parte…
Entristeço-me. Porque, ainda que Lula renunciasse hoje mesmo, o próximo presidente que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada… Não tenho nenhuma garantia de que alguém o possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Collor, nem serviu Itamar, não serviu Fernando Henrique, e nem serve Lula, nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa? Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa “outra coisa” não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados… igualmente sacaneados!!! É muito gostoso ser brasileiro. Mas quando essa brasilidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, aí a coisa muda… Não esperemos acender uma vela a todos os Santos, a ver se nos mandam um Messias.
Nós temos que mudar, um novo governador com os mesmos brasileiros não poderá fazer nada. Está muito claro… Somos nós os que temos que mudar. Sim, creio que isso encaixa muito bem em tudo o que anda nos acontecendo: desculpamos a mediocridade mediante programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de surdo, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO EU OLHAR-ME NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO EM OUTRO LADO.
Que a minha prece seja, Não para ser protegido dos perigos, Mas para não ter medo de enfrentá-los.
Que a minha prece seja, Não para acalmar a dor, Mas para que o coração a conquiste.
Permita que na batalha da vida Não procure aliados, Mas as minhas próprias forças.
Permita que não implore no meu medo, Ansioso por ser salvo, Mas que aguarde a paciência para Conquistar a minha liberdade.
Sir Rabindranath Tagore (1861-1941) foi poeta, contista, dramaturgo e crítico de arte hindu. Nascido em Calcutá, seu pensamento abriu novos caminhos à interpretação do misticismo, procurando atualizar as antigas doutrinas religiosas nacionais. Recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1913. Suas principais obras poéticas foram O Jardineiro, O Carteiro do Rei e Pássaros Perdidos.
O dia apenas amanhecera e Jorge já se achava a meio caminho da empresa em que trabalhava.
Os passos lentos e o olhar voltado para o chão, demonstravam a tristeza e o desalento de que estava possuído.
Adentrou o local de trabalho alguns minutos antes do horário, e cumprimentou o colega, um tanto desanimado.
Ao perceber a tristeza de Jorge o companheiro lhe perguntou interessado :
— O que aconteceu com você? Seu olhar denuncia sentimentos amargos…
— É verdade. Trago nos ombros o peso da desesperança…
— À minha volta só acontecem desgraças e mais desgraças…
Sinto-me impotente, e penso que sou o homem mais infeliz da face da terra.
— Mas, afinal de contas, o que aconteceu ? – Indagou o colega.
— Ora, meu irmão mais novo contraiu grande dívida e fugiu sem deixar o endereço. Meu cunhado envolveu-se com assaltantes e está atrás das grades.
O companheiro que ouvia atento, observou : mas podia ser pior…
Jorge continuou :
— Minha esposa, levianamente envolveu-se com um rapaz bem mais novo que ela, e abandonou o lar…
— Mas podia ser pior… – Retrucou o colega.
— Meu melhor amigo me traiu, espalhando calúnias a meu respeito…
— No entanto, podia ser pior… – Falou novamente o companheiro.
Jorge não suportou mais ouvir aquela afirmativa e perguntou um tanto irritado :
— Ora, eu já lhe contei tantas desgraças e você só sabe dizer que podia ser pior ?
O que poderia acontecer que fosse pior ?
O amigo respondeu serenamente :
— você falou que o seu irmão tomou um empréstimo e não honrou o compromisso… Que seu cunhado envolveu-se em assaltos… Que sua esposa o traiu… Que seu melhor amigo o caluniou… E eu posso afirmar com segurança que podia ser pior, se fosse você o autor de tantos desatinos…
Jorge um tanto chocado, olhou longamente para o colega e respondeu meio reticente:
— É… Podia mesmo ser pior…
Às vezes nos deparamos com situações que nos deixam tristes, porque sentimos o coração dilacerado pela traição, pela calúnia, ou pelos equívocos dos entes queridos.
Todavia, se já conseguimos permanecer fiéis à nossa própria consciência, poderemos oferecer apoio aos que ainda se debatem nas águas turbulentas dos vícios morais.
Ainda que a navalha da ingratidão nos dilacere o coração…
Ainda que a desgraça dos seres amados comprima nosso coração afetuoso…
Ainda que tenhamos que sorver a taça da calúnia, lembremos o exemplo maior de Jesus, diante da traição do amigo que com ele convivera por longos anos…
Lembremos as lágrimas do Sublime Galileu diante do sofrimento alheio…