Era uma vez, um lindo aquário, enorme, onde havia muitos peixes de vários tipos e tamanhos.
Na parte de cima do aquário estava os peixes maiores, pois a comida, quando caía na água, era para eles que vinha primeiro. Então os peixes de cima estavam sempre satisfeitos, nunca faltava comida.
Na parte intermediária, estavam os peixes de porte médio, havia para eles muita comida ainda, era o que os grandes peixes da parte de cima não comiam, mas não tinha tanta comida assim para que pudessem ficar grandes.
Na parte de baixo estavam os pequeninos peixes, a comida que eles tinham para comer mal dava para deixá-los vivos, pois o pouco de comida que vinha a eles era a sobra dos de cima.
No meio desse ambiente nasceu um pequenino peixe, ele não se conformava com aquela situação, e começou a andar (nadar) pelo aquário, foi quando encontrou um pequeno buraco, ficou pensando onde aquele buraco iria levá-lo, pois tinha uma grande esperança de mudar aquele quadro onde nasceu. O pequenino peixe então resolveu passar pelo buraco e ver onde ia parar.
Encontrou um fio de água que o levava para um ralo, do ralo caiu em encanamento, e foi parar em um rio. Observou aquele lugar e viu que era maravilhoso, não faltava comida, tinha espaço suficiente para nadar e ir onde quisesse. Mas o pequenino peixe pensou em seus amigos do aquário e resolveu voltar para dizer a respeito do lugar maravilho que encontrou.
Indo de volta pelo caminho, chegou ao aquário e começou a falar com todos sobre o lugar maravilhoso que havia encontrado, todos os peixes começaram a ficar curiosos e questionaram o que deveriam fazer para chegar a esse local. Foi quando o peixinho falou:
— Os peixes grandes da parte de cima, deverão mudar de lugar, terão que vir para a parte de baixo, para perder peso e assim poder passar pelo pequeno buraco.
— Os peixes da região intermediária, deverão se alimentar menos, para perder um pouco de peso também.
— E os peixes de baixo, deverão se alimentar um pouco mais para obter forças para seguir viagem.
A confusão dentro do aquário começou, muita discussão, muita discórdia, e começaram a se revoltar contra o pequeno peixe. Depois de muita briga, de pontos de vista diferentes, os peixes tomaram uma decisão, resolveram matar o peixinho que havia causado tanto transtorno àquele lugar.
Conclusão: Quantos de nós não” matamos” todos os dias as idéias, os conselhos, as opiniões, apenas porque não queremos mudar a forma com que estamos acostumados a viver e à agir? Até quando nossas resistências irão nos impedir de conhecer as coisas maravilhosas que estão apenas à espera de um pouco de humildade? Pense no quanto você tem sido resistente com a sua vida…
Enviado por Renato J.G.Filho