Em tua casa devem existir plantas. Elas são benfeitoras que sempre operam em silêncio, ajudando na sustentação da vida. Sejam elas quais forem, são como um laboratório que transforma, dando-nos durante o dia o oxigênio puro, capaz de nos alegrar quando respirado, mantendo o ritmo orgânico e conduzindo a energia divina para o sistema mais apurado do mundo, onde nascem as idéias.
Cuida bem de tuas plantas, pois elas são a manifestação de vida, reconhecendo e devolvendo o amor que recebem da afetuosidade humana.
Ainda mais, se observadas com entendimento, as árvores nos ensinam sem palavras como manter a Economia em casa: não absorvem nada sem necessidade e não são dados ao desperdício; as doenças que sofrem, quando sofrem, são devidas ao gás carbônico que tiram da atmosfera durante o dia, imantado de magnetismo humano inferior, que transformam em bênçãos para o próprio homem.
Que dizes disso?
É o perdão de nossas ofensas, pois as maltratamos e elas nos doam saúde e vida por todos os meios de que o Senhor as dotou.
As plantas não exigem nada de nós; apenas vivem com um pouco de água – que por vezes teríamos de jogar fora – e não descansam um só segundo que seja, em operação constante para o bem da coletividade.
Mesmo depois de mortas elas continuam a beneficiar o humanidade, como remédio e como utensílios. Todos os lares usam dela para o bem-estar dos que ocupam a casa. O reino vegetal é divino, onde as bênçãos do Senhor são sempre renovadas para ajudar a humanidade.
Se o nosso tema é Economia, entremos na escola das plantas com os sentimentos já despertados em nós, copiando-lhes o exemplo, que nada nos faltará.
Sejamos felizes com a felicidade da natureza, comungando com a harmonia da vida, e aprendamos com o Evangelho a respeitar tudo o que nos cerca.
A tua felicidade depende do respeito às leis de Deus; enquanto falhar em teus sentimentos a compreensão, sofrerás as conseqüências de teus desacertos.
Meu filho!… Mesmo ganhando pouco, pelas lutas que tens de enfrentar, se compreenderes as leis do uso, nada vai faltar, O cumprimento do dever faz multiplicar todos os valores que se aproximam de tua casa e de ti.
É necessário que entendas que a Economia cristã não é miserabilidade nem egoísmo; é somente gastar o de que precisas, sem o desperdício tão comum nesta época.
Quem amontoa demais, acaba sufocado nos seus pertences e os esbanjadores estão plantando faltas que o futuro mostrará. O pecúlio no lar, na ordem divina do termo, é alegria para a consciência e paz para o coração.
Um lar não pode deixar de entender esta verdade, porque Deus não é Deus dos extremos; Ele está no centro de tudo, para que nasça o sol da brandura e da fraternidade em todos os corações.
A Economia é um dever, não somente do homem, mas de toda a criação; ela é equilíbrio da vida que se manifesta em muitas dimensões.
Vejamos um sinal dos mais visíveis em uma casa: se comeres demais, o corpo adoecerá; se deixares faltar o necessário, ele igualmente se enfermará. Quando falamos de poupança, falamos no ponto de equilíbrio de todas as funções orgânicas e sociais, políticas e religiosas e de vida espiritual. Podes receber lições dentro de tua casa, através de tuas plantas.
Pelo espírito de Ayrtes, Psicografia João Nunes Maia, do Livro “Tua Casa“.