Não se culpe, corrija-se!

(Do Livro “Aprendendo a lidar com as Crises” – Wanderley Pereira).

Não deixe que a consciência fique emperrada no circuito fechado do remorso, a rodar repetidamente o filme dos seus erros, valorizando a culpa.

É preciso liberar a mente da zona de sombras para as claridades da razão, a fim de detectar onde e como se deu a queda e, em função disso, movimentar os recursos da corrigenda. Culpar-se apenas não resolve nada. É indispensável sair do ponto em que caímos.

E a primeira atitude é levantar-se, bater a poeira, dar a volta por cima e prosseguir a caminhada, mas agora com os cuidados que negligenciamos antes. O erro, às vezes, não é mais que o tropicão que nos empurra para além do buraco fatal, evitando o pior.

Não é que devamos nos atirar propositadamente ao erro, nem transformá-lo em hábito pernicioso, sob a desculpa de que errar é humano, ou que é preciso errar para acertar. Não, o que é importante é conscientizar-se do erro, de que ele é um mal que retarda o nosso progresso e adia a felicidade. E como tal, é imperioso corrigi-lo, compreendendo que somente nos educando para a vida, superaremos nosso lado animal.

Não devemos achar, porém, que porque erramos, o mundo inteiro desabou sobre nossa cabeça e, por isso, vamos ficar repisando a culpa, na posição do doente que, não acreditando na cura, atira-se nos braços da morte por antecipação, pensando: “Já que vou morrer, nada mais devo fazer para salvar-me”.

Somos humanos, almas em aprendizado e não Espíritos acabados e infalíveis. Por isso, se você caiu, se errou, se cometeu algum equívoco, utilize a experiência por lição oportuna para não reincidir, não errar mais. Há males com função educativa, e a dor é matéria indispensável no seu currículo. A perfeição passa indubitavelmente pelo erro. Só se chega à perfeição vencendo as quedas, como só se chega ao doutorado depois de longo e espinhoso aprendizado.

Não se culpe demasiadamente para não fechar as portas aos recursos da corrigenda. Defeito existem para serem enfrentados e consertados. Confinar-se ao círculo da auto-acusaçao é condenar-se irremissivelmente sem cogitar de um álibi para redimir-se do erro, é suicídio. A solução para o culpado é corrigir-se. Atire a primeira pedra aquele que não tiver errado! Este o pensamento de Jesus, no episódio da Mulher Adúltera para mostrar aos fariseus acusadores que ninguém está imune ao erro, a um equívoco qualquer nesse mundo de almas a caminho da eterna corrigenda.

Amor de Mãe

Rosana Braga

Lá vai minha filha quase voando no seu vestido etéreo.

Lá vai minha filha de olhos amendoados e pele macia. A menina que estreou a mãe em mim. A menina que chegou trazendo todo um universo de novidades: emoções, medos, encantamentos, aprendizados.

Crescemos juntas: eu aprendendo a ser mãe e ela aprendendo a ser ela mesma. Descobrimos duas palavras mágicas: ela me chamou mãe e eu a chamei filha. Palavras novas e tão viscerais que pacientes esperavam para se cumprir.

Éramos duas sendo uma em muitos sentidos. Carne da minha carne, fruto do meu amor, sonho dos meus sonhos. Ela me expandia e eu a protegia. Ela me dava a mão e eu todos os sumos. Ela me dava a eternidade e eu lhe dava asas.

Ela me alargava o coração e eu lhe ensinava a caminhar sozinha. Ela me cobria de beijos e eu a cobria de bênçãos. Ela me pedia colo e eu lhe pedia sorrisos. Ela me traduzia e eu a decifrava.

Ela me ensinava e eu lhe descortinava o mundo. Ela me apontava o novo e eu lhe ensinava lições aprendidas no passado. Ela me falava de fadas e princesas e eu lhe falava de avós e gentes. Ela me emprestava seus olhos encantados e eu rezava por um mundo melhor. Ela me tirava o sono e eu cantava para ela dormir. Ela me alegrava a vida e eu vivia para ela.

Quando um filho nasce começamos a nos despedir dele no mesmo instante. Nosso, ele só é quando no ventre. Depois somos seus abrigos, seus condutores, seus provedores sem nunca esquecer que eles começam a ir embora no dia que nascem.

No começo o tempo parece parar. A plenitude da maternidade e a dependência dos pequenos criam uma ilusão de que será assim para sempre. Mas não, eles crescem inexoravelmente em direção à independência.

Cumpre-se o ciclo da vida e é melhor que seja assim, caso contrário, significa que algo de muito triste, inverso ou perverso aconteceu.

Lá vai minha filha. Assim seja.

Olho seus olhos profundos e vejo os mesmos olhos que ainda na sala de parto me olharam intrigados, solenes, como que me reconhecendo, me convocando. Eu disse “sim” à minha filha e imediatamente a segui desde aquele instante, entregue, eleita.

O amor que eu senti foi tão avassalador e instantâneo que eu cheguei a ter medo. Sim, na hora que nasce o primeiro filho, a gente compreende a fragilidade da vida, a fugacidade das coisas e a passa a ter medo de morrer.

O fato dela precisar de mim me tornava única, imprescindível. Eu não podia falhar, eu não podia morrer, afinal foi ela quem me escolheu. A partir dali, tudo mudou, meu espaço, meu papel, minha relação com o mundo adquiriu outra dimensão: eu era sua mãe!

Crescemos juntas. Somos amigas. Mãe e filha. Ao longo desses anos rimos, choramos, brigamos, resolvemos impasses, estreitamos laços, vencemos batalhas, enfrentamos noites escuras. Contamos uma com a outra, sempre.

Às vezes era eu quem a socorria outras vezes era ela quem me amparava. Não foram poucas as vezes em que os papéis se inverteram e ela foi minha mãe. Às vezes me pergunto se eu dei a ela tanto quanto recebi. Sinceramente, acho que não. Desde o momento zero ela transformou minha vida e, num movimento contínuo, faz de mim uma pessoa melhor.

Lá vai minha filha. Apaixonada e confiante. Ensaiando voos, escolhendo caminhos, encerrando ciclos.

Eu feliz, penso: cumpra-se!

O Poder da Validação

Stephen Kanitz

Todo mundo é inseguro, sem exceção.

Os super-confiantes simplesmente disfarçam melhor.

Não escapam pais, professores, chefes nem colegas de trabalho.

Afinal, ninguém é de ferro.

Paulo Autran tremia nas bases nos primeiros minutos de cada apresentação, mesmo que a peça que já tenha sido encenada 500 vezes.

Só depois da primeira risada, da primeira reação do público, é que o ator se relaxa e parte tranqüilo para o resto do espetáculo.

Eu, para ser absolutamente sincero, fico inseguro a cada novo artigo que escrevo, e corro desesperado para ver os comentários que chegam.

Insegurança psicológica é o problema humano número 1.

O mundo seria muito menos neurótico, louco e agitado se fôssemos todos um pouco menos inseguros.

Trabalharíamos menos, curtiríamos mais a vida, levaríamos a vida mais na esportiva.

Mas como reduzir esta insegurança?

Alguns acreditam que estudando mais, ganhando mais, trabalhando mais resolveriam o problema.

Ledo engano, por uma simples razão:

segurança não depende da gente, depende dos outros. Está totalmente fora do nosso controle.

Por isso segurança nunca é conquistada definitivamente, ela é sempre temporária, efêmera.

Segurança depende de um processo que chamo de “validação”, embora para os estatísticos o significado seja outro. Validação estatística significa certificar-se de que um dado ou informação é verdadeiro, mas eu uso esse termo para seres humanos.

Validar alguém seria confirmar que essa pessoa existe, que ela é real, verdadeira, que ela tem valor.

Todos nós precisamos ser validados pelos outros, constantemente.

Alguém tem de dizer que você é bonito ou bonita, por mais bonito ou bonita que você seja. O autoconhecimento, tão decantado por filósofos, não resolve o problema.

Ninguém pode autovalidar-se, por definição.

Você sempre será um ninguém, a não ser que outros o validem como alguém.

Validar o outro significa confirmá-lo, como dizer: “Você tem significado para mim”.

Validar é o que um namorado ou namorada faz quando lhe diz: “Gosto de você pelo que você é”.

Quem cunhou a frase “Por trás de um grande homem existe uma grande mulher” (e vice-versa) provavelmente estava pensando nesse poder de validação que só uma companheira amorosa e presente no dia-a-dia poderá dar.

Um simples olhar, um sorriso, um singelo elogio são suficientes para você validar todo mundo. Estamos tão preocupados com a nossa própria insegurança, que não temos tempo para sair validando os outros.

Estamos tão preocupados em mostrar que somos o “máximo”, que esquecemos de dizer aos nossos amigos, filhos e cônjuges que o “máximo” são eles.

Puxamos o saco de quem não gostamos, esquecemos de validar aqueles que admiramos.

Por falta de validação, criamos um mundo consumista, onde se valoriza o ter e não o ser.

Por falta de validação, criamos um mundo onde todos querem mostrar-se, ou dominar os outros em busca de poder.

Validação permite que pessoas sejam aceitas pelo que realmente são, e não pelo que gostaríamos que fossem. Mas, justamente graças à validação, elas começarão a acreditar em si mesmas e crescerão para ser o que queremos.

Se quisermos tornar o mundo menos inseguro e melhor, precisaremos treinar e exercitar uma nova competência: validar alguém todo dia.

Um elogio certo, um sorriso, os parabéns na hora certa, uma salva de palmas, um beijo, um dedão para cima, um “valeu, cara, valeu”.

Você já validou alguém hoje? Então comece já, por mais inseguro que você esteja.

Velhinha na auto-estrada

Um policial avista um carro em baixissima velocidade e manda parar.É uma velhinha, acompanhada de três amigas.

O guarda adverte:

— Minha senhora, andar devagar demais pode provocar acidente.

— Mas, seu guarda, estou obedecendo à sinalização, diz a mulher, apontando a placa: BR-30.

— Minha senhora! Essa placa não indica limite de velocidade, e sim o número da estrada. Trate de prestar mais atenção, certo? Só mais uma coisa. Suas amigas estão bem? Parecem assustadas.

— Elas já vão melhorar. É que acabamos de sair da BR-201.

Alguém precisa de você

Equipe de Redação do Momento Espírita

Você já se sentiu alguma vez como um zero à esquerda, ou seja, sem valor algum? Você pode responder que não, mas outras tantas pessoas já tiveram o seu dia de baixa auto-estima.

São aqueles dias em que a gente olha ao redor e não consegue ver nada em que possamos ser úteis.

No entanto, e por essas mesmas razões, há sempre alguém que precisa de você.

Há pessoas caladas que precisam de alguém para conversar.

Há pessoas tristes que precisam de alguém que as conforte.

Há pessoas tímidas que precisam de alguém que as ajude vencer a timidez.

Há pessoas sozinhas que precisam de alguém para conversar.

Há pessoas com medo que precisam de alguém para lhes dar a mão.

Há pessoas fortes, mas que precisam de alguém que as faça pensar na melhor maneira de usar a sua força.

Há pessoas habilidosas que precisam que alguém as ajude a descobrir a melhor maneira de usar sua habilidade.

Há pessoas que julgam não saber fazer nada e que precisam de alguém que as ajude a descobrir o quanto podem fazer.

Há pessoas apressadas que precisam de alguém que lhes mostre tudo o que não têm tempo para ver.

Há pessoas impulsivas que precisam de alguém que as ajude a não magoar os outros.

Há pessoas que se sentem perdidas e precisam de alguém que lhes mostre o caminho.

Há pessoas que se julgam sem importância alguma e precisam de alguém que as ajude a descobrir como são valiosas.

E você, que muitas vezes pensa não ter nenhuma utilidade, pode ser justamente a pessoa que alguém está precisando agora…

É claro que você não precisa, nem pode ser a solução para todos os problemas, mas faça o melhor ao seu alcance.

Se não puder ser uma árvore frondosa no topo da colina, seja um arbusto no vale – mas seja o melhor arbusto do vale.

Se não puder ser um arbusto, seja um ramo – mas seja o ramo mais exuberante a enfeitar a paisagem.

E se não puder ser um ramo, seja um pequeno tapete de relva para dar alegria a algum caminhante…

Se deseja ser um lindo ramalhete de flores perfumadas, e não consegue, seja uma singela flor silvestre – mas seja a mais bela.

E nesse esforço de ser útil a alguém que precisa de você, irá cada vez se tornando mais forte e mais confiante.

E todos as alegrias que espalhar pelo caminho serão as mesmas alegrias que encontrará na própria estrada.

Por mais difícil que esteja a situação, nunca deixe de lembrar que alguém precisa de você. E o mais importante: você pode ajudar alguém.

Quando me amei

Charles Chaplin

Quando me amei amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E, então, pude relaxar.

Hoje sei que isso tem nome de… Auto-estima.

Quando me amei de verdade, pude perceber que a minha angústia, o meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra as minhas verdades.

Hoje sei que isso é… Autenticidade.

Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.

Hoje chamo a isso… Amadurecimento.

Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive, eu mesmo.

Hoje sei que o nome disso é… Respeito.

Quando me amei de verdade, comecei a livrar-me de tudo o que não fosse saudável. Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início, a minha razão denominou essa atitude de egoísmo.

Hoje sei que se chama… Amor próprio.

Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.

Hoje sei que isso é… Simplicidade.

Quando me amei de verdade, desisti de querer ter sempre razão e, com isso, errei muito menos vezes. Hoje descobri a… Humildade.

Quando me amei de verdade, percebi que a minha mente pode atormentar-me e decepcionar-me. Mas quando eu a coloco a serviço do meu coração, ela torna-se uma grande e valiosa aliada. Tudo isso é… Saber viver !!!!”

Uma pequena mensagem

André Luiz (Chico Xavier) em “Agenda Cristã”

Não espere a morte para solucionar as questões da vida, nem alegue enfermidade ou velhice para desistir de aprender, porque estamos excessivamente distantes do Céu. A sepultura não é uma cigana, cheia de promessas miraculosas, e sim uma porta mais larga de acesso à nossa própria consciência.

Não viva pedindo orientação espiritual, indefinidamente. Se você já possui duas semanas de conhecimento cristão, sabe, à saciedade, o que fazer.

Não gaste suas energias, tentando consertar os outros de qualquer modo. Quando consertamos a nós mesmos, reconhecemos que o mundo está administrado pela Sabedoria Divina e que a obrigação de cooperar invariavelmente para o bem é nosso dever primordial.

Não acuse os Espíritos desencarnados sofredores, pelos seus fracassos na luta. Repare o ritmo da própria vida, examine a receita e a despesa, suas ações e reações, seus modos e atitudes, seus compromissos e determinações, e reconhecerá que você tem a situação que procura e colhe exatamente o que semeia.

Não recorra sistematicamente aos amigos espirituais, quanto a comezinhos deveres que lhe competem no caminho comum. Eles são igualmente ocupados, enfrentam problemas maiores que os seus, detêm responsabilidades mais graves e imediatas, e você, nas lutas vulgares da Terra, não teria coragem de pedir ao professor generoso e benevolente que desempenhasse funções de ama-seca.

A minha idade

Eda Carneiro da Rocha

Queres saber minha idade? Olha dentro dos meus olhos profundamente, docemente!

Verás tudo o que imaginares!.. Não uma alma cansada, não uma mulher madura, não quem perdeu a esperança, não quem a insônia não deixou dormir!

Antes, uma criança que corre pelos prados atrás das borboletas, dos gamos e gazelas de tudo que lhe dá vida! Do cheiro do alecrim, das flores esparsas como um tapete de relva que seus pezinhos palmilham…

Antes, alegria rejuvenescida, vontade de viver, jovem como é!…

Nunca me perguntes minha idade! Não a tenho! Podes me dar a que quiseres. Não me importo não!…

Se esse corpo de hoje está diferente, a alma , essa, nunca mudou e nem mudará!

Não é uma alma atribulada, plena de dor e desamor! É uma alma cheia de encantamentos, para te dar muito amor que só conhecem os que amam, os que ainda correm atrás de seus sonhos, atrás dos beija-flores, do canto das cigarras, do sol que já desponta, e da tarde que se vai.

Tudo isso é a minha idade, junto a todo o amor que sinto por mim e por ti.

Sim, porque preciso me amar também. Dar-me um pouco de calor, para aquecer esse meu abraço que é só teu e meu.

Se quiseres , ainda, saber a minha idade, olha, dentro dos meus olhos e lá verás a Idade do Amor!…

O Destino de cada um

Ninguém conhece alguém … Nada nesta vida acontece… Ninguém chega até nós… E ninguém permanece em nossa vida por um simples acaso.

Pessoas nos encontram, ou nós as encontramos, meio sem querer, não há programação da hora em que as encontraremos .

Assim, tudo o que podemos pensar é que existe um destino, em que cada um encontra aquilo que é importante para si mesmo. As pessoas que entram em nossa vida, sempre entram por alguma razão, algum propósito.

Ainda que a pessoa que entrou em nossa vida, aparentemente, não nos ofereça nada, mas ela não entrou por acaso, não está passando por nós apenas por passar. O universo inteiro conspira para que as pessoas se encontrem e resgatem algo com as outras.

Discutir o que cada um nos trará, não nos mostrará nada, e ainda nos fará perder tempo demais, desperdiçando a oportunidade de conhecer a alma dessas pessoas.

Conhecer a alma significa conhecer o que as pessoas sentem, o que elas realmente desejam de nós, ou o que elas buscam no mundo, pois só assim é que poderemos tê-las por inteiro em nossa vida.

Precisamos de amigos para nos ensinar, compartilhar, nos conduzir, nos alegrar e também para cumprirmos nossa maior missão na terra: “Amar ao próximo como a si mesmo”.

A amizade é algo que importa muito na vida do ser humano, sem esse vínculo nós não teremos harmonia e nem paz.

E para que isso aconteça, é preciso que nos aceitemos em primeiro lugar, e depois olhemos para o próximo e enxerguemos o nosso reflexo.

Essas pessoas entram na nossa vida, às vezes de maneira tão estranha, que nos intrigam até. Mas cada uma delas é especial, mesmo que o momento seja breve, com certeza elas nos deixarão alguma coisa. Observe a sua vida, comece a recordar todas as pessoas que já passaram por você, e o que cada uma deixou.

Você estará buscando a sua própria identidade, que foi sendo construída aos poucos, de momentos que aconteceram na sua vida, e que até hoje interferem em seu caminho.

Passamos por vários momentos em nossa vida. Momentos estes que nos marcam de uma forma surpreendente, nos transformam, nos comovem, nos ensinam e muitas vezes, nos machucam profundamente.

Quando sentir que alguém não lhe agrada, dê uma segunda chance de conhecê-lo melhor, você poderá ter muitas surpresas cedendo mais uma oportunidade.

Quando sentir que alguém é especial para você, diga a ele o que sente, e terá feito um momento de felicidade na vida de alguém. Não deixe para fazer as coisas amanhã, poderá ser tarde demais. Faça hoje tudo o que tiver vontade.

Abrace o seu amigo, os seus irmãos, os seus filhos. Dê um sorriso para todos, até ao seu inimigo.

Se estiver amando, ame pra valer, viva cada minuto deste amor, sem medir esforços.

Seja alegre todas a manhãs, mesmo que o dia não prometa nada de novo.

Preste atenção em todas as pessoas, elas poderão estar trazendo a sua tão esperada FELICIDADE!

Perfil do otimismo

Quando as andorinhas, bailarinas ligeiras, dançam no ar, coloridas pelos últimos raios do sol poente, o suave calor da primavera anuncia a chegada alegre das flores e da renovação da vida.

Arrebentam-se as fendas dos velhos muros e morros cansados, deixando que os vegetais surjam em variado verdor e os campos largos se exibam com matizados em festa inigualável.

As mãos mágicas do Celeste Pintor saem derramando tintas e perfumes embriagadores em todo lugar, confirmando seu inefável amor por Suas criaturas.

Os córregos cantam com as águas apressadas e as cachoeiras arrebentam cristais nas pedras resignadas, que os recebem felizes.

Há uma revolução geral, e os dias frios partem, deixando as lembranças tristes sepultadas sem saudades.

Revoadas de aves alegres, incessantemente, bordam os céus com imagens sucessivas de beleza incomum.

A primavera é o otimismo da natureza cantando o poema da estesia de Deus. Enquanto se repita, a aliança de amor permanece entre o homem descuidado e seu Pai zeloso, sustentando a esperança.

Apesar disso, muitas criaturas desanimadas deixam de fitar a claridade do dia primaveril, mergulhadas na noite das suas paixões.

Preferem olhar o chão onde permanece o lodo, a contemplar o alto onde fulguram as estrelas. Por isso, tornam-se torpes, amarguradas, perturbadoras.

A vida humana, qual ocorre com a da natureza, passa por quadras variadas que se sucedem em ordem de grandeza, servindo uma de base à outra, indispensáveis à harmonia de conjunto.

A noite, que convida ao repouso, enseja a reflexão para o dia, que propicia a ação.

O inverno, que parece destruidor, também enseja a preservação da energia, que estrugirá em vida na primavera.

A criatura humana é o mais grandioso investimento de Deus na Terra, e ser otimista quanto ao futuro, mesmo que haja dificuldades no presente, é o mínimo que lhe cabe, como afirmação da sua realidade e gratidão ao seu Criador.

Quem pretende conservar tristeza no coração, encontrará sempre motivos falsos para sustentá-la, acalentando a queixa, cultivando a desdita e nutrindo-se da insatisfação.

O otimismo é gerador de adrenalina emocional, que estimula o sangue, impulsionando ao avanço, à alegria fomentadora da ação.

Cultivando-o nos sentimentos, adquire-se visão para penetrar o lado oculto ou sombrio das ocorrências e entusiasmo para não desfalecer ante os primeiros insucessos da marcha, prelúdios das vitórias futuras.

Quem não possui capacidade para sustentar com valor os embates fracassados, não tem condições para viver as grandes e decisórias batalhas.

Nos céus dos que amam e confiam em Deus com otimismo, sempre haverá andorinhas bailando em prenúncio de gloriosas primaveras.

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