Page 2 of 108

Paciência

Teilhard de Chardin

Ah! Se vendessem paciência nas farmácias e supermercados… muita gente iria gastar boa parte do salário nessa mercadoria tão rara hoje em dia. Por muito pouco a madame que parece uma “lady”, solta palavrões e berros que lembram as antigas “trabalhadoras do cais”, e o bem comportado executivo, “o cavalheiro”, se transforma numa “besta selvagem” no trânsito que ele mesmo ajuda tumultuar.

Os filhos atrapalham, os idosos incomodam, a voz da vizinha é um tormento, o jeito do chefe é demais para sua cabeça, a esposa virou uma chata, o marido uma “mala sem alça”, aquela velha amiga uma “alça sem mala”, o emprego uma tortura, a escola uma chatice.

O cinema se arrasta, o teatro nem pensar, até o passeio viraram novela. Outro dia, vi um jovem reclamando que o banco dele pela Internet estava demorando a dar o saldo, eu me lembrei da fila dos bancos. Pobre de nós, meninos e meninas sem paciência, sem tempo para a vida, sem tempo para a espiritualidade, a paciência está em falta no mercado, e pelo jeito, a paciência sintética dos calmantes está cada vez mais em alta.

Pergunte para alguém que você saiba que é “ansioso demais”, onde ele quer chegar? Qual é a finalidade de sua vida? Surpreenda-se com a falta de metas, com o vago de sua resposta.

E você? Onde quer chegar? Está correndo tanto para que? Por quem? Seu coração vai agüentar?

Se você morrer hoje de infarto agudo do miocárdio o mundo vai parar? A empresa que você trabalha vai acabar? As pessoas que você ama vão parar?

Será que você conseguiu ler até aqui?

Respire…Acalme-se… O mundo está apenas na sua primeira volta e com certeza, no final do dia vai completar o seu giro ao redor do sol, com ou sem a sua paciência.

“NÃO SOMOS SERES HUMANOS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL… SOMOS SERES ESPIRITUAIS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA HUMANA…”.

Estratégias mentais

Existem algumas estratégias que podemos adotar para que nossa vida fique mais alegre e sem os pensamentos negativos que teimam em nos perseguir. Abaixo, há sete itens que devem ser praticados com frequência. Todos eles partem de dentro para fora.

Pense sempre de forma positiva. Toda vez que um pensamento negativo vier à sua mente, troque-o por outro! Para isso, é preciso muita disciplina mental. Você não adquire isso da noite para o dia, assim como um atleta, treine muito.

Não tenha medo de nada e nem de ninguém. O medo é uma das maiores causas de nossas perturbações interiores. Tenha fé em você mesmo. Sentir medo é acreditar que os outros são poderosos.

Não se queixe. Quando você reclama, tal qual um imã, você atrai para si toda a carga negativa de suas próprias palavras. A maioria das coisas que acabam dando errado começa a se materializar quando nos lamentamos.

Risque a palavra “culpa” do seu dicionário. Não se permita esta sensação, pois quando nos punimos, abrimos nossa mente para os sentimentos negativos. Ignore-os.

Não deixe que interferências externas tumultuem o seu cotidiano. Livre-se de fofocas, comentários maldosos e gente deprimida. Sintonize com gente positiva e alto astral.

Não se aborreça com facilidade e nem dê importância às pequenas coisas. Quando nos irritamos, envenenamos nosso corpo e nossa mente. Procure viver com serenidade e quando tiver vontade de explodir, conte até dez.

Viva o presente. O ansioso vive no futuro. O rancoroso, no passado. Aproveite o aqui e o agora. Nada se repete, tudo passa. Faça o seu dia valer a pena. Não perca tempo com melindres e preocupações.

Alegria

É de um extremo fascínio descobrir, em certas pessoas, aquela fluidez no sorriso, que descortina a alma. Parece que uma luz paira ao redor de gente assim, levando brilho por onde quer que passe.

Dizem que essa qualidade do ser humano que, com um olhar transparente e franco, abre todas as portas e arranca os ferrolhos de bronze da sisudez de tantos que o cercam, é rara.

Nessas andanças do dia-a-dia da vida há muito de solidão, de arredios olhares, de esquivas distâncias que se interpõem entre cada um de nós, como uma capa protetora e invisível, usada com a finalidade de antídoto. Assim, alguns pensam em ficar imune aos atropelos dos que estão de bem com a existência e com tudo ao seu redor.

Na verdade, muitos têm medo de estender a mão do coração, de abrir os braços do sentimento, de deixar correr livre a emoção das lágrimas, de extravasar no sorriso o encantamento de estar vivendo. Perdem a naturalidade de ser, em troca da artificialidade de aparentar o que não têm coragem de desvendar dentro de si mesmos.

Nesses casos, a tristeza é a hóspede que se instala nos espaços vazios deixados pela alegria. Ela chega ao hotel do tempo com bagagens repletas de bugigangas adquiridas nas suas incessantes incursões pelos caminhos das emoções, mas não podem conviver uma com a outra. Não sabemos bem como acomodá-las no mesmo quarto da alma e, então, ficamos driblando a ambas num jogo de lucros e perdas.

Talvez, o segredo seja abraçar a alegria e fazer dela a constante e obrigatória presença na sala principal da casa, colocando a tristeza no porão escuro de que ela tanto gosta.

Essa é a atitude dos que sorriem em resposta aos contratempos. Transborda do íntimo dessas pessoas uma torrente de alegria pura e cristalina, capaz de irrigar aos corações mais duros e circunspetos, nos momentos mais difíceis.

É muito bom ver essa gente corajosa que sorri, apesar de tudo e que deixa, atrás de si, nos lugares por onde passa, um rastro de estrelinhas brilhantes, indicando tal qual bússola, o rumo melhor para bem viver, de forma plena e completa, a vida que nos foi dada.

Entre tantas dificuldades, infortúnios, inseguranças, sustos e medos, surge a força imbatível do sorriso, que vem de dentro do peito, de alguns seres especiais que estão conosco nessa travessia e que, por alguma razão, espalham “de graça” a graça da alegria.

Passado e presente

Silvia Schmidt

Um dia você perceberá com maior clareza quão rápido é o passar do tempo.

Um encontro com um velho amigo, depois de muitos anos, fará com que você veja no rosto e no corpo dele quanto mudaram seu rosto e o seu corpo também.

Ele lhe falará dos caminhos por onde passou, da forma que vê a vida hoje, e você pensará: “Será que é a mesma pessoa daquele tempo?”

Alguns fios de cabelos brancos atestarão a veracidade de tudo que ele estiver contando a você. O sorriso e o brilho dos olhos poderão parecer-lhe menos radiosos do que eram nos antigos tempos, porém isso fará com que você pense no seu próprio olhar e no seu sorriso de agora.

Talvez você nem saiba, mas ele também estará “medindo-se” através de você. Muitas vezes temos a ilusão de que o tempo está parado, e os encontros com velhos amigos fazem com que notemos que ninguém escapa dos efeitos bons e maus do passar dos anos.

A maior importância desses encontros está na oportunidade que nos é dada para fazermos um “balanço” : é a chamada “volta do barco”.Vemos quanto deixamos de fazer, quanto nos arrependemos por alguns feitos e a indiscutível certeza de que não podemos mudar o que está no passado.

Mas o presente está aqui e o AGORA está à nossa disposição. O que fazer para não repetirmos os erros? Um simples encontro com um velho amigo, a troca de informações, os desabafos de peito aberto, o reconhecimento de que ainda há coisas que podem ser mudadas, convidam-nos a que aceitemos nossos limites e que usemos nosso livre-arbítrio para um viver melhor.

O tempo é um baú de surpresas e todas estão ali para ajudar-nos a retomar algo do ponto em que paramos lá num distante passado. O que não for possível, deve e pode ser reconhecido como algo que já está fora do nosso alcance. É necessária muita humildade de espírito para aceitar isso.

Se você encontrar um amigo dos velhos tempos, compreenda que a Vida o estará convocando parar e avaliar-se, tanto no que é quanto no que tem hoje. Não deixe que essa oportunidade escape pelos vãos dos seus dedos, não deixe que ela passe.

Benditos sejam nossos velhos amigos! Eles são espelhos que guardam nossas imagens do passado e que refletem muito do que somos no presente – este patamar do futuro.

Que você tenha muitos e felizes reencontros!

Palavras de Sabedoria

Collin McCarty

Algumas vezes, os caminhos que tomamos são longos e difíceis, mas lembre-se: esses são sempre os que levam às paisagens mais belas.

Os desafios acontecem, inevitavelmente, e como reagir a eles determina quem você é -lá dentro de si- e em que você vai se tornar.

Aumente as chances de atingir suas metas trabalhando-as gradualmente. Fazer o melhor possível é o que se espera de você.

Perceba que você é capaz de operar seus próprios milagres. Lembre que depende de você encontrar a chave que abre a porta para uma vida mais plena.

Entenda que as crescentes dificuldades deixarão você mais perto da verdade de como sobreviver a elas – e ir além. Atravesse suas pontes.

Vá ao encontro de seus desafios. Estenda as mãos para seus sonhos e os aperte cada vez mais forte junto ao coração. Livre-se de expressões do tipo “ah, se ao menos.” e proceda ao que for necessário para acertar em sua vida.

Tudo chega a tempo àqueles que sabem viver

Viver significa engrenar no ritmo do amor que pulsa em teu ser, deixando-te levar pelas águas mansas que tudo banha com tua compreensão, fidelidade e quietude.

O teu dia de hoje muito lhe trouxe. Talvez hoje, talvez amanhã, perceberás quanto aprendeste com ele.

A cada dia aprendes algo que contigo fica, consciente ou não, a iluminar teus passos rumo à tua verdade, à tua evolução espiritual. Dá oportunidade para que este dia lhe traga o que precisas aprender, o que precisas provar e sentir. Dá oportunidade para que tu estejas no lugar certo e na hora exata quando a ti chegar a brisa que te revelará frente a ti mesmo.

Viver significa viver! Cada passo, cada palavra, cada ato produz um efeito. Aprende a dar amor, a dar alegria,a dar compreensão e teus dias espelharão a tua fronte doce e risonha, trazendo-te o que necessitas para estar tranqüilo e fluindo no mais profundo amor.

Cuide de Suas Responsabilidades

Um grande sábio possuía três filhos jovens, inteligentes e consagrados à sabedoria.

Em certa manhã, eles altercavam a propósito do obstáculo mais difícil no grande caminho da vida.

No auge da discussão, prevendo talvez conseqüências desagradáveis, o genitor benevolente chamou-os a si e confiou-lhes curiosa tarefa.

Iriam os três ao palácio do príncipe governante, conduzindo algumas dádivas que muito lhes honraria o espírito de cordialidade e gentileza.

O primeiro seria o portador de rico vaso de argila preciosa.

O segundo levaria uma corça rara.

O terceiro transportaria um bolo primoroso da família.

O trio recebeu a missão com entusiástica promessa de serviço para a pequena viagem de três milhas; no entanto, no meio do caminho, começaram a discutir.

O depositário do vaso não concordou com a maneira pela qual o irmão puxava a corça delicada, e o responsável pelo animal dava instruções ao carregador do bolo, a fim de que não tropeçasse, perdendo o manjar; este último aconselhava o portador do vaso valioso, para que não caísse.

O pequeno séqüito seguia, estrada afora, dificilmente, porquanto cada viajante permanecia atento as obrigações que diziam respeito aos outros,através de observações acaloradas e incessantes.

Em dado momento, o irmão que conduzia o animalzinho olvida a própria tarefa, a fim de consertar a posição da peça de argila nos braços do companheiro, e o vaso, premido pelas inquietações de ambos, escorrega, de súbito, para espatifar-se no cascalho.

Com o choque, o distraído orientador da corça perde o governo do animal, que foge espantado.

O carregador do bolo avança para sustar-lhe a fuga, e o bolo se perde totalmente no chão.

Desapontados e irritadiços, os três rapazes voltam a presença do pai, apresentando cada qual a sua queixa de derrota.

O sábio, porém, sorriu e explicou-lhes:

“Aproveitem o ensinamento da estrada. Se cada um de vocês estivesse vigilante na própria tarefa, não colheriam as sombras do fracasso. O mais intrincado problema do mundo, meus filhos, é o de cada homem cuidar dos próprios negócios, sem intrometer-se nas atividades alheias. Enquanto cogitamos de responsabilidades que competem aos outros, as nossas viverão esquecidas.”

Conselhos

Mahatma Gandhi

Se eu pudesse deixar algum presente a você, deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos. A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo afora…

Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem. A capacidade de escolher novos rumos.

Deixaria para você, se pudesse, o respeito a àquilo que é indispensável: Além do pão, o trabalho. Além do trabalho, a ação.

E, quando tudo mais faltasse, um segredo: O de buscar no interior de si mesmo a resposta e força para encontrar a saída.

A parábola da rosa

Um certo homem plantou uma rosa e passou a regá-la constantemente e, antes que ela desabrochasse, ele a examinou.

Ele viu o botão que em breve desabrocharia, mas notou espinhos sobre o talo e pensou, Como pode uma bela flor vir de uma planta rodeada de espinhos tão afiados?

Entristecido por este pensamento, ele se recusou a regar a rosa, e, antes que estivesse pronta para desabrochar, ela morreu.

Assim é com muitas pessoas.

Dentro de cada alma há uma rosa: as qualidades dadas por Deus e plantadas em nós crescendo em meio aos espinhos de nossas faltas.

Muitos de nós olhamos para nós mesmos e vemos apenas os espinhos, os defeitos.

Nós nos desesperamos, achando que nada de bom pode vir de nosso interior. Nós nos recusamos a regar o bem dentro de nós, e, consequentemente, isso morre.

Nós nunca percebemos o nosso potencial. Algumas pessoas não vêem a rosa dentro delas mesmas; Alguém mais deve mostrá-la a elas.

Um dos maiores dons que uma pessoa pode possuir ou compartilhar é ser capaz de passar pelos espinhos e encontrar a rosa dentro de outras pessoas.

Esta é a característica do amor – olhar uma pessoa e conhecer suas verdadeiras faltas.

Aceitar aquela pessoa em sua vida, enquanto reconhece a beleza em sua alma e ajuda-a a perceber que ela pode superar suas aparentes imperfeições.

Se nós mostrarmos a essas pessoas a rosa, Elas superarão seus próprios espinhos.

Só assim elas poderão desabrochar muitas e muitas vezes.

Desafios de nossas vidas

OSHO

A vida é possível apenas quando você tem ambos, bom tempo e mau tempo. Quando você tem ambos, prazer e dor. Quando você tem ambos, inverno e verão, dia e noite. Quando você tem ambos, tristeza e alegria, desconforto e conforto.

A vida se move entre essas duas polaridades. Movendo-se entre essas duas polaridades, você aprende como ter equilíbrio. Entre essas duas coisas, você pode aprender como voar até a estrela mais distante.

As dificuldades sempre existem, são parte da vida. E é bom que existam, ou não haveria crescimento. Dificuldades são desafios. Elas o incitam a trabalhar, a pensar, a descobrir meios de sobrepujá-las. O próprio esforço é essencial. Assim, sempre tome as dificuldades como bênçãos.

Sem dificuldades, estaríamos perdidos. Dificuldades maiores virão, e isso significa que a existência está cuidando de você, está lhe dando mais desafios. E, quanto mais você os soluciona, maiores desafios estarão esperando por você. As dificuldades desaparecem somente no último momento, mas esse último momento chega somente devido às dificuldades. Assim, nunca tome negativamente qualquer problema. Descubra o algo positivo nele para o seu aprendizado.

A mesma rocha que bloqueia o caminho poderá funcionar como um degrau. E se não houvesse essa rocha no caminho, como você se elevaria? E o próprio processo de ir acima dela, tornando-a um degrau, dá-lhe uma nova atitude de ser.

Quando você pensa criativamente sobre a vida, tudo é útil e tudo tem algo a lhe dar. Nada é sem sentido.

« Older posts Newer posts »

© 2025 Contando Histórias

Theme by Anders NorenUp ↑