Categoria: Histórias (Page 37 of 105)

O monge e o escorpião

Um Monge e seus discípulos iam por uma estrada. Quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O Monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão.

Quando o trazia para fora, o bichinho o picou e, devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no rio. Foi então à margem do rio, tomou um ramo de árvore, correu adiantando-se à correnteza, entrou, recolheu o escorpião e o salvou.

Ao voltar, o Monge juntou-se aos discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e sem entender nada. Então perguntaram:

“Mestre, deve estar doendo muito! Porque foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda! Picou a mão que o salvara! Não merecia sua compaixão!”


O monge ouviu tranqüilamente os comentários e respondeu:

“Ele agiu conforme sua natureza, e eu de acordo com a minha. Não podemos e nem temos o direito de mudar o outro. Apenas podemos melhorar nossas próprias reações e atitudes, pois é certo que cada um dá o que tem e o que pode.”

O Monge e a Prostituta

Vivia um monge nas proximidades do templo de Shiva.

Na casa em frente, morava uma prostituta.

Observando a quantidade de homens que a visitavam, o monge resolveu chamá-la.

— Você é uma grande pecadora, repreendeu-a. Desrespeita a Deus todos os dias e todas as noites. Será que você não consegue parar e refletir sobre a sua vida depois da morte?

A pobre mulher ficou muito abalada com as palavras do monge; com sincero arrependimento orou a Deus, implorando perdão.

Pediu também que o Todo-Poderoso a fizesse encontrar uma nova maneira de ganhar o seu sustento.

Mas não encontrou nenhum trabalho diferente.

E, após uma semana passando fome, voltou a prostituir-se.

Mas, cada vez que entregava seu corpo a um estranho, rezava ao senhor e pedia perdão.

O monge, irritado porque seu conselho não produzira nenhum efeito, pensou consigo mesmo :

— A partir de agora vou contar quantos homens entram naquela casa até o dia da morte dessa pecadora.

E, desde aquele dia, ele não fazia outra coisa a não ser vigiar a rotina da prostituta: a cada homem que entrava, colocava uma pedra num monte.

Passado algum tempo, o monge tornou a chamar a prostituta e lhe disse:

— Vê este monte ? Cada pedra dessa representa um dos pecados mortais que você cometeu, mesmo depois de minhas advertências. Agora torno a dizer: cuidado com as más ações !

A mulher começou a tremer, percebendo como se avolumavam seus pecados.

Voltando para casa, derramou lágrimas de sincero arrependimento, orando:

— Ó Senhor, quando vossa misericórdia irá me livrar dessa miserável vida que levo ?

Sua prece foi ouvida. Naquele mesmo dia, o anjo da morte passou por sua casa e a levou. Por vontade de Deus, o anjo atravessou a rua e também carregou o monge consigo.

A alma da prostituta subiu imediatamente aos céus, enquanto os demônios levaram o monge ao inferno.

Ao cruzarem no meio do caminho, o monge viu o que estava acontecendo e clamou:

— Oh, Senhor, essa é a tua justiça ? Eu, que passei a minha vida em devoção e pobreza, agora sou levado ao inferno, enquanto essa prostituta, que viveu em constante pecado, está subindo ao céu!

Ouvindo isso, um dos anjos respondeu :

— São sempre justos os desígnios de Deus. Você achava que o amor de Deus se resumia a julgar o comportamento do próximo. Enquanto você enchia seu coração com a impureza do pecado alheio, essa mulher orava fervorosamente dia e noite. A alma dela ficou tão leve depois de chorar, que podemos levá-la até o paraíso. A sua alma ficou tão carregada de pedras, que não conseguimos fazê-la subir até o alto.

Colaboração: Renato Antunes Oliveira

O mistério do abraço

Freundschaft

Dizem os orientais que, quando abraçarmos uma pessoa querida a quem amamos, devemos fazer da seguinte forma: inspirando e expirando três vezes, e aí sua felicidade se multiplicará pelo menos dez vezes.

O efeito terapêutico do abraço é inegável. Diante disso não podemos esperar para abraçarmos a quem queremos bem. Se você estiver sentindo um vazio interior, tente abraçar o seu amigo, deslizando delicadamente a mão sobre as costas dele, para que o possa sentir junto a você.

Nos momentos de dor ou de alegria é que vemos o bem que um grande e demorado abraço nos causa. Pelo abraço, transmitimos emoções, recebemos carinho, trocamos afeto, compartilhamos alegria, amenizamos dores, demonstramos amizade, doamos amor, expressamos nossa humanidade.

É tempo de enlaçarmos nossos braços num terno, profundo e afetuoso abraço!

O Minuto

O minuto que você está vivendo agora, é o minuto mais importante de sua vida, onde quer que você esteja.

Preste atenção ao que está fazendo.

O ontem já lhe fugiu das mãos.

O amanhã ainda não chegou.

Viva o momento presente, porque dele depende todo o seu futuro.

Procure aproveitar ao máximo o momento que está vivendo, tirando todas as vantagens que puder, para seu aperfeiçoamento.

O Milagre de um Novo Dia

Maria José

Hoje eu me levantei cedo pensando no que tenho para fazer antes que o relógio marque meia noite.

Eu tenho responsabilidades para cumprir hoje.

Eu sou importante.

É minha função escolher que tipo de dia terei hoje.

Hoje eu posso reclamar porque está chovendo ou posso agradecer às águas por lavarem energias pesadas.

Hoje eu posso ficar triste por não ter muito dinheiro ou posso me sentir encorajado para administrar minhas finanças sabiamente, mantendo-me longe de desperdícios.

Hoje eu posso reclamar sobre minha saúde ou posso dar graças a Deus por estar vivo.

Hoje eu posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo que eu queria quando estava crescendo, ou posso ser grato a eles por terem permitido que eu nascesse.

Hoje eu posso lamentar decepções com amigos ou posso observar oportunidades de ter novas amizades.

Hoje eu posso reclamar por ter que trabalhar ou posso vibrar de alegria por ter um trabalho que me põe ativo.

Hoje eu posso choramingar por ter que ir à escola ou abrir minha mente com entusiasmo para novos conhecimentos.

Hoje eu posso sentir tédio com trabalho doméstico ou posso agradecer a Deus por ter me dado a bênção de um teto que abriga meus pertences, meu corpo e minha alma.

Hoje eu posso olhar para o dia de ontem e lamentar as coisas que não saíram como eu planejei ou posso alegrar-me por ter o dia de hoje para recomeçar.

O dia de hoje está à minha frente esperando para ser o que eu quiser.

E aqui estou eu, o escultor que pode dar-lhe forma.

Depende de mim como será o dia de hoje diante de tudo que encontrarei.

A escolha está em minhas mãos:

Hoje eu posso enxergar minha vida vazia ou posso alegremente receber o Milagre de Um Novo Dia!

O Mandarim e o Alfaiate

Um dia um homem recebeu a notícia de que acabara de ser nomeado mandarim (*). Ficou tão eufórico que quase não se conteve:

— Serei um grande homem agora – disse a um amigo – Preciso de roupas novas imediatamente, roupas que façam jus à minha nova posição na vida.

— Conheço o alfaiate perfeito para você – replicou o amigo. É um velho sábio que sabe dar a cada cliente o corte perfeito. Vou-lhe dar o endereço.

E o novo mandarim foi ao alfaiate, que cuidadosamente tirou suas medidas. Depois de guardar a fita métrica, o homem disse:

— Há mais uma informação que preciso ter. Há quanto tempo o senhor é mandarim???

— Ora, o que isso tem a ver com a medida do meu manto?? Perguntou o cliente surpreso.

— Não posso fazê-lo sem obter esta informação senhor. É que um mandarim recém-nomeado fica tão deslumbrado com o cargo que mantém a cabeça altiva, ergue o nariz e estufa o peito. Assim sendo, tenho que fazer a parte da frente maior que a de trás. Anos mais tarde, quando está ocupado com o seu trabalho e os transtornos advindos da experiência o tornam sensato, e olha adiante para ver o que vem em sua direção e o que precise ser feito a seguir, aí então eu costuro o manto de modo que a parte da frente e a de trás tenham o mesmo comprimento. E mais tarde, depois que o mandarim está curvado pela idade e pelos anos de trabalho cansativo, sem mencionar a humildade adquirida através de uma vida de esforços, então faço o manto de modo que as costas fiquem mais longas que a frente. Portanto, tenho que saber se há quanto tempo o senhor está no cargo para que a roupa apropriadamente lhe assente no corpo.

O novo mandarim saiu da loja pensando menos no manto e mais no motivo que levara seu amigo a mandá-lo procurar exatamente aquele alfaiate.

(*) Mandarim – alto funcionário público do governo Chinês

Enviado por Wilma Santiago

O Maior Presente

O maior presente que o passar dos anos nos traz é a sabedoria e o aprendizado da vida que são um legado que recebemos de presente do tempo para nos anos vindouros usarmos da melhor forma, não nos evitará as dores, mastalvez nos ajude a sentir a dor de uma maneira menos dolorosa, não nos evitará problemas, mas talvez nos ajude a solucioná-los mais rápido, não nos evitará cometer erros, mas talvez a cometê-los com menos freqüência.

Com o passar dos anos o coração passa a pulsar mais lentamente, em parte por estar mais tranqüilo e suave e em parte porque desacelera o ritmo enos permite admirar melhor o que está a passar dentro de nós e a ver através de nossos olhos, as janelas da alma, o que se passa com o mundo a nossa volta.

Funciona mais ou menos como um trem que desliza pelos trilhos de uma ferrovia, a vida é o trem e nós somos passageiros desse trem, os trilhos são os caminhos que temos a percorrer e que fazem parte de nosso destino, ao nascemos o trem sai da estação nos levando consigo e ao sair da estação vai a todo vapor e bem rápido, nós passageiros sentados nesse tremolhamos pela janela a paisagem, mas como ele está muito veloz não somos capazes de perceber os pormenores dela, as árvores passam rápido demais e não podemos contemplá-las, as pessoas a beira de ferrovia passam rápido e não conseguimos vê-las direito e assim acontece com tudo que passa pela janela do trem.

Com o passar dos anos esse trem começa a perder velocidade e as paisagense pessoas que passam por nossa janela estão cada vez mais visíveis e podemos perceber melhor o que se passa ao longo de nossa vida e dos trilhos desse trem.

O nosso trem da vida pode parar em algumas estações e pegar alguns passageiros para viajarem conosco e tornarem nossa viagem menos solitária, esses passageiros podem ser alguns amigos e os amores de nosso coração, mas todos algum dia irão descer em alguma outra estação antes do nossofim da linha.

Quando o trem chega a estação final ele está bem lento e quase parando, você já viu tudo que tinha que ver ou lhe era permitido e quando descermos do trem para encontrar nosso destino derradeiro teremos a certeza que nossa missão foi cumprida e nosso coração já pode parar de bater.

O passar dos anos não nos torna mais velhos e sim menos jovens, a juventude tem a eloqüência e a disposição, as idades mais maduras tem a paciência e a sabedoria, o passar dos anos piora nossa visão, porem já aprendemos a enxergar com os olhos do coração, piora nossa memória, porém sabemos melhor o que esperar de nós mesmos, da vida e das outras pessoas.

Olhe!

Olhe para trás!
Veja os obstáculos que você já superou.
Veja quanto você já aprendeu nesta vida e quanto já cresceu.

Olhe para frente!
Não fique parado, levante-se quando tropeçar e cair.
Estabeleça metas, tenha planos e prossiga com firmeza.

Olhe para dentro!
Conheça seu coração e analise seus projetos;
mantenha puros seus sentimentos.
Não deixe que o orgulho, a vaidade e a inveja dominem seus
pensamentos e seu coração.

Olhe para o lado!
Socorra quem precisa de você.

Ame o próximo e seja sensível
para perceber as necessidades daqueles que o cercam.

Olhe para baixo!
Não pise em ninguém…
perceba as pequenas coisas e aprenda a valorizá-las.

Olhe para cima!
Há um Deus maior do que você,
que te ama muito e tem todas as coisas sob seu controle.

Olhe para Deus!
Perceba a profundidade,a riqueza e o poder da bondade divina.
Sinta esse Deus que olha por você
em todos os dias da sua vida!

Colaboração de Renato J.G. Filho

O lençol sujo

Um casal, recém-casado, mudou-se para um bairro muito tranqüilo.

Na primeira manhã que passavam na casa, enquanto tomavam café, a mulher reparou atráves da janela em uma vizinha que pendurava lençóis no varal e comentou com o marido:

“Que lençóis sujos ela está pendurando no varal!”

“Está precisando de um sabão novo. Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!”

O marido observou calado.

Alguns dias depois, novamente, durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e a mulher comentou com o marido:

“Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos! Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!”

E assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha pendurava suas roupas no varal.

Passado um tempo a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis muito brancos sendo estendidos, e empolgada foi dizer ao marido:

“Veja, ela aprendeu a lavar as roupas, Será que outra vizinha ensinou??? Porque eu não fiz nada.”

O marido calmamente respondeu:

“Não, hoje eu levantei mais cedo e lavei os vidros da nossa janela!”

E assim é.

Tudo depende da janela, através da qual observamos os fatos.

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