Um homem foi chamado para pintar um barco. Trouxe seus apetrechos, a tinta, os pincéis e começou a executar seu serviço, conforme fora contratado.
Enquanto pintava o interior do barco detetou um furo no fundo, embaixo do banco. Pequeno, mas já significando riscos. Achou conveniente consertá-lo e o fez.
Terminou a pintura, recebeu pelo serviço e foi embora.
No dia seguinte, o proprietário do barco o procurou e lhe deu outro cheque, com valor bem superior ao valor combinado.
O pintor ficou surpreso:
— Eu já recebi pela pintura do barco!
— Meu caro amigo, você nem imagina o que aconteceu, disse o proprietário…. Deixe-me contar…. Quando pedi que pintasse o barco, esqueci de falar do vazamento. Assim que o barco secou, meus filhos o pegaram e saíram para um passeio. Eu não estava em casa naquele momento. Avalie minha preocupação, agonia e alívio quando os vi retornando sãos e salvos. Então, examinei o barco e constatei que você havia consertado aquele furo! Percebe, agora, o que fez? Salvou a vida de meus filhos! Não há dinheiro suficiente para pagar por esta sua postura e iniciativa. Este cheque é de valor alto, mas não deixa de ser apenas simbólico. Sua ação não tem preço.
Como sempre acontece, ele e o barbeiro ficaram conversando sobre várias coisas, até que por causa de uma notícia de jornal sobre meninos abandonados, o barbeiro afirmou:
— Como o senhor pode ver, esta tragédia mostra que Deus não existe.
— Como?
— O senhor não lê jornais? Temos tanta gente sofrendo, crianças abandonadas, crimes de todos os tipos. Se Deus existisse, não haveria tanto sofrimento.
O cliente ficou pensando, mas o corte estava quase no final, e resolveu não prolongar a conversa.
Voltaram a discutir temas mais amenos, o serviço foi terminado, o cliente pagou e saiu.
Entretanto, a primeira coisa que viu foi um mendigo com a barba de muitos dias e cabelos desgrenhados.
Imediatamente, voltou para a barbearia e falou para a pessoa que o atendera:
— Sabe de uma coisa? OS BARBEIROS NÃO EXISTEM!
— Não existem? Eu estou aqui e sou barbeiro.
— Não existem! – insistiu o homem. Por que se existissem, não haveria pessoas com barba tão grande e cabelo tão desgrenhado como o que acabo de ver na esquina.
— Posso garantir que os barbeiros existem. Acontece que este homem nunca veio até aqui, se viesse, eu faria o serviço gratuitamente, por caridade.
— Exatamente! Então para responder-lhe, Deus também existe. O que passa é que as pessoas não vão até Ele.
Se O buscassem, seriam mais solidários e não haveria tanta miséria no mundo.
Um velho avô disse a seu neto, que veio a ele com raiva de um amigo que lhe havia feito uma injustiça :
— Deixe-me contar-lhe uma historia. Eu mesmo, algumas vezes, senti grande ódio daqueles que ‘aprontaram’ tanto, sem qualquer arrependimento daquilo que fizeram. Todavia, o ódio corrói você, mas não fere seu inimigo. É o mesmo que tomar veneno, desejando que seu inimigo morra. Lutei muitas vezes contra estes sentimentos.
E ele continuou:
— É como se existissem dois lobos dentro de mim. Um deles é bom e não magoa. Ele vive em harmonia com todos ao redor dele e não se ofende quando não se teve intenção de ofender. Ele só lutará quando for certo fazer isto, e da maneira correta. Mas, o outro lobo, ah!, este é cheio de raiva. Mesmo as pequeninas coisas o lançam num ataque de ira ! Ele briga com todos, o tempo todo, sem qualquer motivo. Ele não pode pensar porque sua raiva e seu ódio são muito grandes. É uma raiva inútil, pois sua raiva não irá mudar coisa alguma ! Algumas vezes é difícil conviver com estes dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam dominar meu espírito.
O garoto olhou intensamente nos olhos de seu avô e perguntou :
— E qual deles vence, vovô ?
O avô sorriu e respondeu baixinho :
— Aquele que eu alimento mais frequentemente. É difícil pensar em amar alguém que você não gosta, amar quem o prejudica ou alguém que o ofendeu. Mas por mais que tentemos, ou que queiramos, a verdade é que o ódio corrói nosso espírito, e somos os maiores prejudicados. Pense em como você pode amar a nosso semelhante, não importando o que ele fez, ou qualquer que tenha sido a atitude dele. Afinal, só o amor constrói.
Conta uma popular lenda do Oriente Próximo, que um jovem chegou à beira de um oásis junto a um povoado e, aproximando-se de um velho, perguntou-lhe:
— Que tipo de pessoa vive neste lugar?
— Que tipo de pessoa vivia no lugar de onde você vem? – perguntou por sua vez o ancião.
— Oh, um grupo de egoístas e malvados – replicou o rapaz – estou satisfeito de haver saído de lá.
— A mesma coisa você haverá de encontrar por aqui?replicou o velho.
No mesmo dia, um outro jovem se acercou do oásis para beber água e vendo o ancião perguntou-lhe:
— Que tipo de pessoa vive por aqui?
O velho respondeu com a mesma pergunta: – Que tipo de pessoa vive no lugar de onde você vem?
O rapaz respondeu: – Um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito triste por ter de deixá-las.
— O mesmo encontrará por aqui – respondeu o ancião.
Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho:
— Como é possível dar respostas tão diferente à mesma pergunta?
Ao que o velho respondeu :
— Cada um carrega no seu coração o meio ambiente em que vive. Aquele que nada encontrou de bom nos lugares por onde passou, não poderá encontrar outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui, porque, na verdade, a nossa atitude mental é a única coisa na nossa vida sobre a qual podemos manter controle absoluto.
— Venho aqui, professor, porque me sinto tão pouca coisa, que não tenho forças para fazer nada. Dizem que não sirvo para nada, que não faço nada bem, que sou lerdo e muito idiota. Como posso melhorar? O que posso fazer para que me valorizem mais?
O professor sem olhá-lo, disse:
— Sinto muito meu jovem, mas agora não posso ajudá-lo, devo primeiro resolver meu próprio problema. Talvez depois. E fazendo uma pausa falou: Se você me ajudar, eu posso resolver meu problema com mais rapidez e depois talvez possa ajudar você a resolver o seu..
— C. C. Claro, professor…, gaguejou o jovem, mas se sentiu outra vez desvalorizado.
O professor tirou um anel que usava no dedo pequeno, deu ao garoto e disse:
— Monte no cavalo e vá ate o mercado. Deve vender esse anel porque tenho que pagar uma dívida. É preciso que obtenha pelo anel o máximo possível, mas não aceite menos que uma moeda de ouro. Vá e volte com a moeda o mais rápido possível.
O jovem pegou o anel e partiu.
Mal chegou ao mercado começou a oferecer o anel aos mercadores.
Eles olhavam com algum interesse, até quando o jovem dizia o quanto pretendia pelo anel.
Quando o jovem mencionava uma moeda de ouro, alguns riam, outros saiam sem ao menos olhar para ele, mas só um velhinho foi amável a ponto de explicar que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar um anel.
Tentando ajudar o jovem, chegaram a oferecer uma moeda de prata e mais uma de cobre, mas o jovem seguia as instruções de não aceitar menos que uma moeda de ouro e recusava as ofertas.
Depois de oferecer a jóia a todos que passavam pelo mercado e abatido pelo fracasso, montou no cavalo e voltou.
O jovem desejou ter uma moeda de ouro para que ele mesmo pudesse comprar o anel, assim livrando a preocupação de seu professor e assim podendo receber sua ajuda e conselhos.
Entrou na casa e disse:
— Professor, sinto muito, mas é impossível de conseguir o que me pediu. Talvez pudesse conseguir 2 ou 3 moedas de prata, mas não acho que se possa enganar ninguém sobre o valor do anel.
— Importante o que me disse meu jovem, contestou sorridente. Devemos saber primeiro o valor do anel. Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro. Quem melhor para saber o valor exato do anel? Diga que quer vender o anel e pergunte quanto ele te dá por ele. Mas não importa o quanto ele te ofereça, não o venda. Volte aqui com meu anel.
O jovem foi até o joalheiro e lhe deu o anel para examinar. O joalheiro examinou o anel com uma lupa, pesou o anel e disse:
— Diga ao seu professor que, se ele quer vender agora, não posso dar mais que 58 moedas de ouro pelo anel.
— 58 MOEDAS DE OURO!, exclamou o jovem.
— Sim, replicou o joalheiro, eu sei que com tempo eu poderia oferecer cerca de 70 moedas, mas se a venda é urgente….
O jovem correu emocionado a casa do professor para contar o que correu.
— Senta, disse o professor, e depois de ouvir tudo que o jovem lhe contou, disse:
— Você é como esse anel, uma jóia valiosa e única. Só pode ser avaliada por um especialista. Pensava que qualquer um podia descobrir o seu verdadeiro valor?
E dizendo isso voltou a colocar o anel no dedo.
Todos somos como esta jóia. Valiosos e únicos, andamos por todos os mercados da vida pretendendo que pessoas inexperientes nos valorizem.
Repense o seu valor!
Aprenda a valorizar cada dia mais suas pedras preciosas.
Há tempos atrás viviam duas crianças, um menino e uma menina, que tinham entre cinco e seis anos de idade.
O menino chamava-se Amor e a menina, Loucura.
O Amor sempre foi uma criança calma, doce e compreensiva.
Já Loucura era emotiva, passional e impulsiva.
Enfim, do tipo que jamais levava desaforo para casa.
Entretanto, com todas as diferenças, as crianças cresciam juntas, inseparáveis, brincando, brigando…
Mas houve um dia em que Amor não estava muito bem e acabou cedendo às provocações de Loucura, com a qual teve uma discussão muito feia.
Ela não deixava nada barato; estava furiosa como nunca com Amor e começou a agredi-lo, não só verbalmente, como de costume.
Ela estava tão descontrolada que o agrediu fisicamente, e antes que pudesse perceber, arrancou os olhos de Amor.
O Amor, sem saber o que fazer, foi chorando contar à sua mãe, a deusa
Afrodite, o que havia acontecido.
Inconsolada, Afrodite foi até Zeus e implorou-lhe que ajudasse seu filho e castigasse Loucura.
Zeus então, ordenou que chamassem a garota para uma conversa séria.
Ao ser interrogada, a menina respondeu como se estivesse com a razão : que Amor havia lhe aborrecido e que fora merecido tudo o que tinha acontecido com ele.
Embora soubesse que não fora justa com o seu amigo, ela, que nunca soube se desculpar, concluiu dizendo que a culpa havia sido de Amor e que não estava nem um pouco arrependida.
Zeus, perplexo com a aparente frieza daquela criança, disse que nada poderia fazer para devolver a visão à Amor, mas ordenou que Loucura fosse condenada a guiá-lo por toda a eternidade, estando sempre junto ao Amor, em cada passo que ele desse.
E até hoje eles caminham juntos : onde quer que o Amor esteja, com ele estará Loucura, quase que fundidos numa só essência.
Tão unidos que, por vezes, não se consegue definir onde termina o Amor e onde começa a Loucura. É também por isso que se usa dizer que o amor é cego.
Mas, isso não é verdade, pois O AMOR TEM OS OLHOS DA LOUCURA.
“O amor de quem ama é a maior riqueza desta vida… Um bem espiritual, cujo valor está acima de todos os bens que se possa ter”…
Um bem que, quando verdadeiro, jamais acaba…
O amor cultiva o amor…
O amor faz o amor aumentar, atravessa crises, sobe acima das mais altas montanhas, desce às maiores profundezas da alma…
Percorre de novo as trilhas já percorridas com a graça do perdão e avança por novos caminhos com a luz da esperança…
Ame!
Ame, não porque alguém ama você, mas sim, ame sem esperar nada em troca, a não ser a alegria de amar…
Faça do seu amor um testemunho do amor de Deus, que amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho único!
Ame… com o amor que socorre a quem precisa de ajuda…
Que perdoa a quem precisa de paz…
Que leva esperança a quem precisa de alegria.
Ponha em prática o amor. Esse é a maneira como você pode celebrar de um modo realmente feliz todos os dias do seu viver.
Se, por falta de amor, alguém não entender ou não aceitar o seu amor, continue amando porque o amor “tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo s uporta” e tudo vence. Vença tudo pelo amor, pois a vitória pelo amor é a única vitória digna.
Que apesar de todas as dificuldades, apesar de algumas tristezas que insistem, que mesmo com essa montanha erguida, o sol possa ser seu presente mais doce.
Desejo ao seu coração o querer que ele quer. Que nas palavras que ele sussurra dentro do seu peito, sejam ouvidas aquelas que têm sabor de liberdade.
Que você esteja atento para o sopro da sua vontade real, e jamais desista dos seus passos em direção à verdade.
Desejo que a sua percepção acorde mais plena no calor de um sol novo e renovador. Que ele lhe encoraje às atitudes que estão querendo respirar.
Aquelas que sempre são substituídas. Aquelas que não se arrojam por ter os pesos de conceitos por demais antigos.
Desejo que você aceite seu tempo, seja ele qual for. Que sinta serenidade na espera necessária para que a semente plantada brote no tempo certo.
Desejo então que sua flor seja inteira, e mesmo que inicialmente pequena e frágil, ela lhe traga as luzes de uma estrada azul. Que a sua sabedoria esteja despertada aguardando com tranquilidade o desabrochar da sua flor.
Em paz, em cadência ritmada, com o aprendizado que vem chegando. Em mais suaves permissões a você. Em muito mais reconhecimento da sua coragem.
Desejo à você um sol diferente.
Espalhando seu sorriso pela densidade das nuvens, simplificando o aspecto complicado de alguns momentos e mostrando-lhe a fonte essencial para a sua sede.
Desejo que a cada instante você desnude mais seu coração e deixe que nele vibre em tom maior: o AMOR.
O amor na sua expressão mais simples. Que não mede, não faz contas e que tem o poder de lhe erguer acima de todas as montanhas escuras.