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Eu e o Coiote (lições do desenho animado Papa-Léguas)

Coiote persegue furiosamente o Papa-Léguas. De repente, a ave para.

O Coiote tenta, mas não consegue, ele passa direto pelo Papa-Léguas, escorregando até a ponta de um penhasco.

O chão cede e, só por um instante, vemos seus olhos em forma de pires.

E então o Coiote se espatifa. Ploft !

Gosto muito dos desenhos do Papa-Léguas. O Coiote e eu temos uma sina comum.

Eu também me aventurei bem perto do penhasco. Também me vi num terreno incerto, e levei um tombo.

Eu também fiz aquele olhar do tipo “rapaz, isso vai doer !”.

Também olhei para cima, do fundo da lama, aturdido e estupefato.

Mas o Coiote possui uma coisa. Eu não. Ele é invencível. Nunca fica machucado.

As quedas não o perturbam.

Na cena seguinte ele está empilhando dinamite ou pintando uma parede, deixando-a parecer um túnel.

Em segundos, ele sai da lama e volta a caçar.

Você e eu não nos recuperamos com tanta facilidade. Caímos como o Coiote.

Mas, diferente dele, vagueamos pelo precipício por um tempo.

Aturdidos, machucados, e imaginando se existe algum jeito de sair do barranco.

Então, qual é a lição ?

O desenho do Papa-Léguas é uma representação de um modelo de planejamento estratégico para a vida.

O Coiote está faminto – uma condição que ele está profunda e pessoalmente empenhado em mudar. Conseguir pegar o Papa-Léguas (a comida) é o objetivo estratégico do Coiote.

Em alguns episódios, quando imagina a ave sendo assada em seu espeto ou a fumaça saindo de seu prato, o Coiote compartilha a sua visão, o seu sonho.

Ele também tem uma “missão”, apesar dela mudar freqüentemente.

Em uma de suas missões, por exemplo, o Coiote prende uma bigorna em um balão, utiliza um ventilador para impulsionar o aparato e conta com uma banana de dinamite com pavio comprido para soltar a bigorna exatamente sobre o Papa-Léguas.

Porém, na preparação para o lançamento, ele acende o pavio comprido e este, para seu desespero, queima completamente em menos de um segundo, fazendo a dinamite explodir em sua cara.

O Coiote fica completamente enegrecido com a explosão, todo carbonizado, e vai saindo de cena de maneira desengonçada.

A imagem vai desaparecendo gradualmente.

Quando ele volta, o Coiote está criando uma estratégia totalmente nova para uma outra missão.

Dessa vez, ele utilizará entre outras coisas, uma catapulta e uma enorme pedra. É quase certo que o Coiote, demasiadamente magro, vai ficar sem comer até morrer.

Ele abandonou a idéia da bigorna pendurada no balão por causa de um pavio com defeito e, certamente, abandonará a idéia da catapulta com a enorme pedra devido a um outro defeito do mecanismo.

O Coiote já apresentou dúzias, se não centenas de projetos engenhosos para capturar o Papa-Léguas – e todos poderiam ter dado certo se fosse feito um planejamento um pouco mais cuidadoso.

A questão é que o Coiote tem muita pressa para sentar e planejar as coisas.

Como a maioria das pessoas que assiste às suas trapalhadas, ele acredita na ação imediata para obter resultados.

Como muitos, lida constantemente com o fracasso e a decepção.

Meu conselho para o Coiote : pegue uma de suas melhores idéias, elabore-a e leve-a a cabo.

No caso da idéia da bigorna, por exemplo, pergunte-se qual seria o tempo ideal para o pavio queimar.

Será que você tem de usar dinamite mesmo ?

Que tal utilizar um mecanismo de controle remoto para que você mesmo possa controlar a bigorna ?

Crie uma lista de coisas que devem ser verificadas, como o que poderia explodir na sua cara e o que faria com que você se arrebentasse no chão ou caísse de uma grande altura com aquele efeito sonoro característico.

Como você poderia evitar que isso acontecesse ?

Antecipe e resolva todos os problemas para que você possa, finalmente, saborear a suculenta ave no jantar.

O planejamento eficaz é responsável pela diferença entre almejar o sucesso e alcançá-lo.

Colaboração: Renato Antunes Oliveira

Eu

Eu sou como você: sou da espécie humana, sou capaz de errar. O erro não é falha de caráter e errar faz parte da Natureza Humana.

Eu vivo. Eu sorrio. Eu também aprendo! Meu conhecimento é incompleto. Estou na busca o tempo todo, nas horas acordadas e nas horas de sono.

Eu tenho um longo caminho a ser percorrido, assim como você também tem. Aprendemos nossas lições pelo caminho. Atingiremos a Sabedoria.

Não há ninguém igualzinho a mim no mundo. Esta é a única garantia que dou. É assim que eu me sinto. Eu tenho um coração.

Resumindo….

Simplismente sou!

Estratégias Mentais

Pense sempre, de forma positiva. Toda vez que um pensamento negativo vier à sua cabeça, troque-o por outro!

Para isso, é preciso muita disciplina mental. Você não adquire isso do dia para a noite; assim como um .atleta., treine muito.

Não se queixe. Quando você reclama, tal qual um ímã, você atrai para si toda a carga negativa de suas próprias palavras. A maioria das coisas que acabam dando errado, começa a se materializar quando nos lamentamos.

Risque a palavra culpa do seu dicionário. Não se permita esta sensação, pois quando nos punimos, abrimos nossa retaguarda para espíritos opressores e agressores, que vibram com nossa melancolia. Ignore-os.

Não deixe que interferências externas tumultuem o seu cotidiano. Livre-se de fofocas, comentários maldosos e gente deprimida. Isto é contagioso. Seja prestativo com quem presta. Sintonize com gente positiva e alto astral.

Não se aborreça com facilidade e nem dê importância às pequenas coisas. Quando nos irritamos, envenenamos nosso corpo e nossa mente.

Procure conviver com serenidade e quando tiver vontade de explodir, conte até dez.

Viva o presente. O ansioso vive no futuro. O rancoroso, vive no passado. Aproveite o aqui e agora. Nada se repete, tudo passa. Faça o seu dia valer a pena. Não perca tempo com melindres e preocupações, pois só trazem doenças.

A água purifica. Sempre que puder vá a praia, rio ou cachoeira. Em casa, enquanto toma banho, embaixo do chuveiro, de olhos fechados, imagine seu cansaço físico e mental e que toda a carga negativa está indo embora por água abaixo.

Ande descalço quando puder, na terra de preferência. Em casa, massageie seus pés com um creme depois de um longo dia de trabalho. Os escalde em água morna. Acrescente um pouco de sal para se descarregar.

Mantenha contato com a natureza; tenha em casa um vaso de plantas pelo menos. Cuide dele com carinho. O amor que dedicamos às plantas e animais acalma o ser humano e funciona como relaxante natural.

Ouça músicas que o façam cantar e dançar. Seja qual for o seu estilo preferido, a vibração de uma canção tem o poder de nos fazer sentir vivos , aflorando a nossa emoção e abrindo o nosso canal com alegria.

Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo o impeça de tentar!

Liberte-se!!! Sempre que puder livre-se da rotina e pegue a estrada, nem que seja por um único dia.

Conheça novos lugares e novas pessoas.

Viva a Vida!!!!!

Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque… embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

O medo nos afasta das derrotas….mas das vitórias também!!!!!!

Estratégia

Dizem que certa vez, estava um cego sentado no passeio, com um boné em seus pés e um pedaço de madeira que, escrito com giz branco, dizia: “Por Favor Ajudem-me, Sou Cego”.

Um criador de publicidade que passava por ele, parou e observou umas poucas moedas no boné. Sem lhe pedir permissão, pegou o cartaz, deu volta, pegou um giz e escreveu outro anúncio. Voltou a colocar o pedaço de madeira sobre os pés do cego e se foi.

Pela tarde, o publicitário voltou a passar em frente ao cego que pedia esmolas, e seu boné estava cheio de notas e moedas. O cego reconheceu seus passos e lhe perguntou se tinha sido ele que escreveu seu cartaz e sobretudo, o que ele tinha escrito. O publicitário lhe respondeu:

— Nada que não esteja certo com seu anúncio, mas com outras palavras. Sorriu e seguiu seu caminho.

O novo cartaz dizia: “Hoje é Primavera, e não Posso Vê-la!”

Mudemos de estratégia quando as coisas não nos saem bem, e veremos que o resultado poderá ser diferente.

Estimulando a Curiosidade

Stephen Kanitz

Durante a estada de Richard Feynman no Brasil um dos poucos ganhadores do Prêmio Nobel que o Brasil pôde conhecer de perto, os alunos pediram a ele que desse uma aula sobre nossos métodos de ensino na área da física. Feynman pegou cinco ou seis livros de física adotados pelo MEC naquela época e um mês depois disse que só daria aquela aula no último dia de sua permanência no país. No dia fatídico, dezenas de professores de física se reuniram para ouvir sua palestra. Essa história é contada por ele no livro Deve Ser Brincadeira, Sr. Feynman.

Começou assim a palestra: “Triboluminescência, diz no livro de vocês, é a propriedade que certas substâncias possuem de emitir luz sob atrito”. E mostrou como nossos livros apresentavam a matéria pronta, incentivavam a decoreba, eram essencialmente chatos e confusos. Isso foi escrito há trinta anos, mas, pelas queixas dos alunos, nossos livros de física não melhoraram tanto quanto deveriam.

Segundo Feynman, um livro americano abordaria a questão de forma um pouco diferente. “Pegue um torrão de açúcar e coloque-o no congelador. Acorde às 3 da manhã, vá até a cozinha e abra o congelador. Amasse o torrão de açúcar com um alicate e você verá um clarão azul. Isso se chama triboluminescência.”

Não sei se ficou clara a diferença que Feynman tentava demonstrar, nem sei se os livros didáticos americanos continuam os mesmos, mas basicamente nossos métodos de ensino apresentam muita informação e teoria em vez de despertar a curiosidade.

Criamos alunos tão bem informados que no Brasil inteligência virou sinônimo de erudição. Inteligente é quem sabe muito, quem repete as teorias e conclusões dos outros. Um dia ele poderá até ter opinião própria, mas será difícil se ninguém estimular sua curiosidade.

Sem dúvida, toda sociedade precisa de pessoas eruditas, aquelas que sabem os caminhos que já foram percorridos. Erudição não mostra necessariamente inteligência, mas demonstra que a pessoa tem boa memória.

No mundo moderno, em constante mutação, inteligência quer dizer outra coisa. Significa enxergar o que os outros (ainda) não vêem. Isso é próprio de pessoas criativas, pesquisadoras, curiosas, exploradoras, que encontram soluções para os novos problemas que temos de enfrentar.

O método de ensino eficaz, segundo Feynman, deveria formar indivíduos curiosos. O objetivo final de uma aula teria de ser formar futuros pesquisadores, e não decoradores da matéria. O que mais o espantou é que nosso ensino de física e química é muito superior ao americano, algo que todo brasileiro já sabe. Mesmo assim, notou Feynman, o Brasil produz menos físicos e químicos que os Estados Unidos.

A hipótese que ele levanta é o método de ensino. Damos muita teoria e informação, mas ensinamos pouco como usar as informações aprendidas. Por sua vez, os americanos sabem e aprendem muito menos teoria, mas devotam mais tempo aprendendo como usar a informação apresentada, sob todos os ângulos.

Suspeito que essa seja a razão de nosso péssimo desempenho nos testes internacionais administrados pelo Programa Internacional de Avaliação Estudantil (Pisa), em que o Brasil aparece nas últimas colocações, inclusive em física. Os testes do Pisa enfatizam mais o uso da informação do que a lembrança da informação em si, algo em que o aluno brasileiro se destaca.

O certo seria, talvez, escrever livros “didáticos” menos didáticos e mais motivadores, que estimulassem a curiosidade e fossem mais relacionados com a vida futura de nossos alunos. Alguns dos livros que avaliei mal estimulam o aluno a virar a página para o próximo tópico, muito menos poderiam seduzi-lo a se dedicar ao assunto o resto da vida.

Vamos fazer um simples teste entre 1 000 alunos e descobrir quantos jogaram fora seus livros didáticos após a formatura e quantos os guardaram como o primeiro volume de uma grande biblioteca sobre o assunto. Isso nos diria quais os livros didáticos que de fato estimularam nossa curiosidade, o objetivo principal do ensino moderno.

Stephen Kanitz é administrador por Harvard (www.kanitz.com.br)

Revista Veja, Editora Abril, edição 1826, ano 36, nº 43 de 29 de outubro de 2003,

Fonte: www.kanitz.com.br

Espinho Alheio

Durante a Era Glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo esta situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente.

Mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que lhes forneciam calor. E, por isso tornavam a se afastar uns dos outros. Voltaram a morrer congelados e precisavam fazer uma escolha: Desapareceriam da face da Terra ou aceitavam os espinhos do semelhante.

Com sabedoria, decidiram voltar e ficar juntos. Aprenderam, assim, a conviver com as pequenas feridas que uma relação muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.

Espere um tempo

Não apresses a chuva,
ela tem seu tempo de cair e saciar a sede da terra;

Não apresses o pôr do Sol,
ele tem seu tempo de anunciar o anoitecer até seu último raio de luz;

Não apresses tua alegria,
ela tem seu tempo para aprender com a tua tristeza;

Não apresses teu silêncio,
ele tem seu tempo de paz após o barulho cessar;

Não apresses teu amor,
ele tem seu tempo de semear mesmo nos solos mais áridos do teu coração;

Não apresses tua raiva,
ela tem seu tempo para diluir-se nas águas mansas da tua consciência;

Não apresses o outro, pois ele tem seu
tempo para florescer aos olhos do Criador;

Não apresses a ti mesmo,
pois precisas de tempo para sentir a tua própria evolução.

Esperança

Mário Quintana

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança

E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança…
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:

— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA…

Escritos de Victor Hugo

Dentre os vários escritos de Victor Hugo, ilustre romancista francês, há um poema de profunda sensibilidade e grandiosa beleza, que diz o seguinte:

Desejo, primeiro, que você ame, e que amando, também seja amado. E que se não for, que seja breve em esquecer. E que esquecendo não guarde mágoas.

Desejo também que tenha amigos, ainda que maus e inconseqüentes. Que sejam corajosos e fiéis, e que pelo menos num deles você possa confiar sem duvidar, porque a vida é assim.

Deseja ainda que você tenha adversários, nem muito, nem poucos, mas na medida exata para que, algumas vezes, você interpele a respeito de suas próprias certezas. E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo, para que você não se sinta demasiado seguro.

Desejo, depois, que você seja útil, mas não insubstituível. E que nos maus momentos quando não restar mais nada, essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo, ainda que seja tolerante, não com os que erram pouco, porque isso é fácil, mas com os que erram muito e irremediavelmente, e que fazendo bom uso dessa tolerância você sirva de exemplos aos outros.

Desejo que, você sendo jovem, não amadureça depressa demais, e que, sendo maduro, não insista em rejuvenescer, e que, sendo velho, não se entregue ao desespero. Porque cada idade tem seu prazer e a sua dor, e é preciso deixar que aconteçam no tempo certo.

Desejo por sinal que você seja triste, não o ano todo, mas apenas um dia. E que nesse dia descubra que o riso diário é bom, o riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Deseja que descubra, com a máxima urgência, acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo, ainda, que você afague um gato, alimente um cuco e ouça um João-de-barro erguer triunfante em seu canto matinal, porque, assim, você se sentirá bem por pouca coisa.

Desejo também que você plante uma semente, por mais minúscula que seja, e acompanhe o seu crescimento, para que saiba de quantas muitas vidas é feita uma árvore.

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro, porque é preciso ser prático. E que pelo menos uma vez por ano coloque um pouco dele na sua frente e diga “isso é meu”, só para que fique bem claro quem é dono de quem.

Desejo também que nenhum de seus afetos morra, por ele e por você, mas que, se morrer você possa chorar sem se lamentar e sofrer sem se culpar.

Desejo, por fim, que você, sendo homem, tenha uma boa mulher, e que sendo mulher, tenha um bom homem, e que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes, e quando estiverem exaustos e sorridentes, ainda haja amor para recomeçar.

Colaboração: Josiel Galvão de Souza

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