Categoria: Histórias (Page 91 of 110)

A cachorrinha que foi para o céu

Abbey, nossa cadelinha de 14 anos morreu no mês passado. No dia seguinte a seu falecimento, minha filha de 4 anos, Meredith, chorava e comentava sobre a saudade que sentia de Abbey.

Ela perguntou se poderia escrever uma carta para Deus para que, assim que Abbey chegasse ao céu, Deus a reconhecesse.

Eu concordei, e ela ditou as seguintes palavras:

Querido Deus.
O Senhor poderia tomar conta da minha cadela?
Ela morreu ontem e está ai no céu com o Senhor. Estou com muitas saudades dela.
Fico feliz porque o Senhor deixou ela comigo mesmo que ela tenha ficado doente.
Espero que o Senhor brinque com ela.
Ela gosta de nadar e de jogar bola.
Estou mandando uma foto dela para que assim que a veja, o Senhor saberá logo que é a minha cadela.
Eu sinto muita saudade dela.

Meredith


Pusemos num envelope a carta com uma foto de Abbey com Meredith e a endereçamos: Deus – Endereço: Céu.

Também pusemos nosso endereço como remetente.

Então Meredith colou um monte de selos na frente do envelope, pois ela disse que precisaria de muitos selos para a carta chegar até o céu.

Naquela tarde ela colocou a carta numa caixa do correio.

Dias depois ela perguntou se Deus já tinha recebido a carta.

Respondi que achava que sim.

Ontem havia um pacote embalado num papel dourado na varanda de nossa casa, endereçado a Meredith numa caligrafia desconhecida.

Dentro havia um livro escrito por Mr. Rogers, intitulado “Quando um animal de estimação morre”.

Colada na capa interna do livro estava a carta de Meredith.

Na outra página, estava a foto das duas com o seguinte bilhete:

Querida Meredith,

A Abbey chegou bem ao céu.
A foto ajudou muito e eu a reconheci imediatamente.
Abbey não está mais doente.
O espírito dela está aqui comigo assim como está no seu coração.
Ela adorou ter sido seu animal de estimação.
Como não precisamos de nossos corpos no céu, não tenho bolso para guardar a sua foto.
Assim, a estou devolvendo dentro do livro para você guardar como uma lembrança da Abbey.

Obrigado por sua linda carta e agradeça a sua mãe por tê-la ajudado a escrevê-la e a enviá-la pra mim.
Que mãe maravilhosa você tem!! Eu a escolhi especialmente pra você.

Eu envio minhas bênçãos todos os dias e lembro que amo muito vocês.
A propósito, sou fácil de encontrar: estou em todos os lugares onde exista amor.

Com amor.

DEUS

Não se sabe quem respondeu, mas existe uma belíssima alma trabalhando no arquivo morto dos correios americanos.

A Borboleta Azul

Havia um viúvo que morava com suas duas filhas curiosas e inteligentes.

As meninas sempre faziam muitas perguntas.

Algumas ele sabia responder, outras não.

Como pretendia oferecer a elas a melhor educação, mandou as meninas passarem férias com um sábio que morava no alto de uma colina.

O sábio sempre respondia todas as perguntas sem hesitar.

Impacientes com o sábio, as meninas resolveram inventar uma pergunta que ele não saberia responder.

Então, uma delas apareceu com uma linda borboleta azul que usaria para pregar uma peça no sábio.

— O que você vai fazer? – perguntou a irmã.

— Vou esconder a borboleta em minhas mãos e perguntar se ela está viva ou morta.

— Se ele disser que ela está morta, vou abrir minhas mãos e deixá-la voar.

Se ele disser que ela está viva, vou apertá-la e esmagá-la.

E assim qualquer resposta que o sábio nos der estará errada !

As duas meninas foram então ao encontro do sábio, que estava meditando.

— Tenho aqui uma borboleta azul. Diga-me sábio, ela está viva ou morta?

Calmamente o sábio sorriu e respondeu :

— Depende de você…ela está em suas mãos.

Assim é a nossa vida, o nosso presente e o nosso futuro.

Não devemos culpar ninguém quando algo dá errado. Somos nós os responsáveis por aquilo que conquistamos (ou não conquistamos).

Nossa vida está em nossas mãos, como a borboleta azul…

Cabe a nós escolher o que fazer com ela.

A bomba d’água

Certo homem, perdido numa região desértica, prestes a morrer de sede, encontra uma cabana desabitada.

No quintal, uma bomba d’água, velha e enferrujada. Imediatamente ele começou a bombeá-la, mas a água não jorrou. Desapontado, sentou-se. Só então viu ao lado da bomba uma garrafa d’água, com um bilhete colado sobre rótulo: “Você precisa primeiro preparar a bomba com TODA a água desta garrafa, meu amigo. PS.: Faça o favor de encher a garrafa outra vez antes de partir.”

A garrafa estava quase cheia e ele, de repente, se viu num dilema: Se bebesse a água “velha” e quente da garrafa talvez sobrevivesse, mas se a colocasse naquela bomba enferrujada, talvez obtivesse água fresca. Mas, talvez não.

Com relutância, despejou a água na bomba. Em seguida, agarrou a manivela e começou a bombear. E a bomba começou a chiar. E nada aconteceu! E a bomba foi rangendo e chiando. Então surgiu um fiozinho de água; depois um pequeno fluxo, e finalmente a água jorrou com abundância!

Bebeu até se fartar. Encheu a garrafa novamente e acrescentou uma pequena nota ao bilhete: “Creia-me, funciona! Você precisa dar TODA a água antes de poder obtê-la de volta!”

Abaixo a águia, viva a galinha

Por Maurício Góis

Pare de pensar como águia e trabalhe mais como galinha.

Todo mundo diz que a águia é o símbolo da excelência e a galinha é o exemplo da incompetência e covardia. Coitada da galinha no mundo dos negócios! Há muitas histórias motivacionais que colocam a águia lá em cima, nas nuvens do sucesso e do entusiasmo. A mais conhecida delas é a da águia filhote que caiu num galinheiro e, de tanto viver entre as galinhas, acabou por pensar e agir como uma delas até o dia em que bateu as asas da autodescoberta e voou para os céus da realização. No mundo corporativo, a águia é nota cem, e a galinha é o ponto zero. Mas eu quero aproveitar esse momento para ressuscitar a dignidade da galinha. Na arte de administrar uma empresa, dirigir equipes e ser um profissional, não há vantagem alguma em ser águia. Vamos analisar nove razões:

  1. Muita gente diz que a águia é o símbolo do sucesso porque não vive em bandos. Ora, e qual é a vantagem disso? O que se prega com essa ideia é que o trabalho em equipe não tem valor e que precisamos ser individualistas. Sua equipe pensa como bando? Ótimo, é a sua oportunidade de transformar bandos em grupos, grupos em turmas, turmas em equipes e equipes em times. Ser galinha é pensar com o espírito de “estar junto” e jamais se debandar. Ponto para a galinha!
  2. Sim, a águia ensina seus filhotes a voar. E sabe qual é o método dela? A violência. Que raio de didática é essa que pega um filho e leva-o ao alto de uma montanha com o aviso “voe ou morra”? Já a galinha ensina seus filhotes a andar e usa um método muito moderno: ela vai à frente e seus pintinhos a seguem. Nesse sentido, a galinha pode ser o símbolo da liderança, do treinamento e da educação corporativa. Joe Baker dizia que liderar é você ir à frente e levar seu pessoal a um lugar em que eles jamais iriam sozinhos. Viva a galinha!
  3. A águia é citada como o símbolo do poder porque ela vê de cima. Ora, visão, missão, concentração e ação são os quatro “ãos” das pessoas fabricantes de resultados. E a visão é o sustentáculo de qualquer negócio. Mas, hoje, é preciso ter uma visão sextavada, ou seja, é necessário olhar de cima, de baixo, do lado direito, do lado esquerdo, por trás e pela frente. E olhar para frente é fazer exercícios de futurologia apostando no que poderá vir a ser. Olhar para trás é prever o que os concorrentes poderão fazer depois que você lançar seu produto ou serviço revolucionário e assim por diante. A águia só vê de cima, e a galinha só vê de baixo. Nesse item, é zero para as duas.
  4. Para muitos publicitários, a galinha continua ainda a ser um dos símbolos do marketing. Ela produz um produto de excelente qualidade e anuncia para todo mundo que ele existe: o ovo, símbolo da embalagem perfeita. Já a águia faz tudo escondido.
  5. Quem foi que disse que a águia, ao completar 40 anos, fica com as garras flexíveis e não consegue mais pegar suas presas? Quem afirmou que ela, por ficar com as asas envelhecidas, vai ao topo de uma montanha e lá fica 150 dias se automutilando num duro processo de reconstrução? Você já consultou um ornitólogo? Pois bem, a automutilação em animais acontece em situação de grande estresse ou doenças de pele, mas não para renascimento do que se era antes. A velhice, pelo menos até agora, é inevitável para homens e bichos. Mas para os inventores de parábolas motivacionais tudo faz sentido, pois o importante é manipular a imaginação seduzida. Há pessoas afirmando que, durante os 150 dias em que a águia fica na montanha renovando o bico, remoçando as penas e recriando sua nova natureza, as outras águias do bando a alimentam. Ora, mas não se prega que a águia não vive em bando? Caramba! Vou bater palmas para a galinha. Ela é mais sincera, é o que é e pronto.
  6. Sabe os três pontos que a águia tem sobre a galinha? O folclore, a cultura e a linguagem. Se você ouvir alguém dizer que “aquele homem é galinha”, por certo decodificará um significado diferente do que se ouvisse “aquela mulher é galinha”. Está aí uma das poucas vantagens da águia sobre a galinha: a linguística. Grande coisa! Você gosta mais de cachorro ou de gato? Mas prefere que eu lhe diga que você é um cachorro ou que é um(a) gato(a)? O marketing, as vendas e o sucesso não vivem dos conflitos entre significantes e significados.
  7. A galinha é um dos ícones do carinho, afetividade e amor. Aquela história de uma galinha que, num incêndio, foi encontrada morta com as asas em cima de seus pintinhos vivos deve ser apenas uma ilustração, mas pode ser verdade. O caráter/instinto da galinha é capaz de tal façanha, e o lema da águia é “salve-se quem puder”.
  8. A galinha é o símbolo da prestação de serviço. Aliás, ela presta serviço enquanto está viva, ao botar ovos, e, quando morre, beneficiando-nos com sua carne. Há algum açougue que vende ovo e carne de águia? Um bom profissional imita a galinha: quando o cliente está vivo, o gerador de lucros oferece bons produtos e serviços e, quando o cliente “morre”, isto é, deixa de ser cliente, ele dá seu sangue para recuperá-lo.
  9. A ideia de que a galinha é o símbolo do envolvimento, e não do comprometimento, não é verdade. Prega-se por aí que o boi (alguns dizem que foi o porco) abriu uma empresa com a galinha, mas ela não foi para frente porque, enquanto a galinha botava um ovo, o boi dava o sangue, ou seja, se comprometia. Ora, quem disse que se comprometer é morrer? Morrer pela empresa não é a questão, desafiador mesmo é viver por ela. Uma galinha de fazenda bota um ovo de boa qualidade e volta no outro dia para botar outro – e garanto que ela nunca ouviu falar de kaizen, just in time e círculos de controles de qualidade.

Bem, depois de reler este meu artigo, tomei uma decisão: confesso que não tenho vocação alguma para soltar a franga, mas vou despertar a galinha que existe dentro de mim. É uma das opções que eu encontrei para voar como uma águia.

(artigo de Maurício Góis originalmente publicado na revista Venda Mais)

A Árvore generosa

Do original de Shel Silvertein, Adaptado por Fernando Sabino

Era uma vez uma Árvore que amava um Menino.

E todos os dias, o Menino vinha e juntava suas folhas.
E com elas fazia coroas de rei.
E com a Árvore, brincava de rei da floresta.

Subia em seu grosso tronco, balançava-se em seus galhos!

Comia seus frutos.
E quando ficava cansado, o Menino repousava à sua sombra fresquinha.

O Menino amava a Árvore profundamente.
E a Árvore era feliz!

Mas o tempo passou e o Menino cresceu!
Um dia, o Menino veio e a Árvore disse:
“Menino, venha subir no meu tronco, balançar-se nos meus
galhos, repousar à minha sombra e ser feliz!”

“Estou grande demais para brincar”, o Menino
respondeu. “Quero comprar muitas coisas. Você tem algum dinheiro que possa me oferecer?”

“Sinto muito”, disse a Árvore, “eu não tenho dinheiro.
Mas leve os frutos, Menino. Vá vendê-los na cidade,
então terá o dinheiro e você será feliz!”

E assim o Menino subiu pelo tronco, colheu os frutos e
levou-os embora.

E a Árvore ficou feliz!

Mas o Menino sumiu por muito tempo…
E a Árvore ficou tristonha outra vez.

Um dia, o Menino veio e a Árvore estremeceu tamanha a
sua alegria, e disse: “Venha, Menino, venha subir no meu
tronco, balançar-se nos meus galhos e ser feliz”.

“Estou muito ocupado pra subir em Árvores”, disse o menino.
“Eu quero uma esposa, eu quero ter filhos, pra isso é preciso que eu tenha uma casa. Você tem uma casa pra me oferecer?”

“Eu não tenho casa”, a Árvore disse. “Mas corte meus
galhos, faça a sua casa e seja feliz.”

O Menino depressa cortou os galhos da Árvore e levou-os
embora pra fazer uma casa.

E a Árvore ficou feliz!

O Menino ficou longe por um longo, longo tempo, e no
dia que voltou, a Árvore ficou alegre, de uma alegria tamanha que mal podia falar.
“Venha, venha, meu Menino”, sussurrou, “Venha brincar!”

“Estou velho para brincar”, disse o Menino, “e estou também muito triste.” “Eu quero um barco ligeiro que me leve pra bem longe.
Você tem algum barquinho que possa me oferecer?”

“Corte meu tronco e faça seu barco”, a Árvore disse.
“Viaje pra longe e seja feliz!”

O Menino cortou o tronco, fez um barco e viajou.

E a Árvore ficou feliz, mas não muito!

Muito tempo depois, o Menino voltou.

“Desculpe, Menino”, a Árvore disse, “não tenho mais nada pra te oferecer. Os frutos já se foram.”

“Meus dentes são fracos demais pra frutos”, falou o Menino.

“Já se foram os galhos para você balançar”, a Árvore disse.

“Já não tenho idade pra me balançar”, falou o menino.

“Não tenho mais tronco pra você subir”, a Árvore disse.
“Estou muito cansado e já não sei subir”, falou o Menino.

“Eu bem que gostaria de ter qualquer coisa pra lhe
oferecer”, suspirou a Árvore. “Mas nada me resta e eu sou apenas um toco sem graça. Desculpe…”

Já não quero muita coisa”, disse o Menino, “só um lugar sossegado onde possa me sentar, pois estou muito cansado.”

“Pois bem”, respondeu a Árvore, enchendo-se de alegria.”
“Eu sou apenas um toco, mas um toco é muito útil pra sentar e descansar.”
“Venha, Menino, depressa, sente-se em mim e descanse.”

Foi o que o Menino fez. E a Árvore ficou feliz!

A AMIZADE É UM SENTIMENTO QUE SE LEVA PARA SEMPRE…

A Árvore dos Desejos

Uma vez um homem estava viajando e, acidentalmente, entrou no paraíso.

E no conceito indiano de paraíso existem árvores-dos-desejos.

Você simplesmente senta debaixo delas, deseja qualquer coisa e imediatamente seu desejo é realizado – não há intervalo entre o desejo e sua realização.

O homem estava cansado e pegou no sono sob a árvore-dos-desejos.

Quando despertou, estava com muita fome, então disse :

— Estou com tanta fome, desejaria poder conseguir alguma comida de algum lugar.

E imediatamente apareceu comida vinda do nada – simplesmente uma deliciosa comida flutuando no ar.

Ele estava tão faminto que não prestou atenção de onde a comida viera -quando se está com fome, não se é filósofo.

Começou a comer imediatamente, a comida era tão deliciosa…

Depois, a fome tendo desaparecido, olhou à sua volta.

Agora estava satisfeito.

Outro pensamento surgiu em sua mente :

— Se ao menos pudesse conseguir algo para beber…

E imediatamente apareceu um excelente vinho.

Bebendo o vinho relaxadamente na brisa fresca do paraiso, sob a sombra da árvore, comecou a pensar :

— O que está acontecendo ? O que está havendo ? Estou sonhando ou existem espíritos ao redor que estão fazendo truques comigo ?

E espíritos apareceram.

E eram ferozes, horríveis, nauseantes.

Ele começou a tremer e um pensamento surgiu em sua mente :

— Agora vou ser assassinado, com certeza…!!

E ELE FOI ASSASSINADO.

Esta é uma antiga parábola e de imenso significado.

Sua mente é a árvore-dos-desejos – o que você pensa, mais cedo ou mais tarde, se realiza. Às vezes, o intervalo é tão grande que você se esquece completamente que, de alguma maneira, “desejou” aquilo; então não faz a ligação com a fonte.

Mas se olhar profundamente, perceberá que todos os seus pensamentos, com medos/receios, estão criando você e sua vida.

Eles criam seu inferno ou criam seu paraíso.

Criam seu tormento ou criam sua alegria.

Eles criam o negativo ou criam o positivo…

Todos aqui são mágicos.

E todos estão fiando e tecendo um mundo mágico a seu redor… e aí são apanhados.

A própria aranha é pega em sua própria teia.

Ninguém o está torturando… a não ser você mesmo.

E uma vez que isso seja compreendido, mudanças começam a acontecer.

Então você pode dar a volta, pode mudar seu inferno em paraíso. É simplesmente uma questão de pintá-lo a partir de um ângulo diferente…

A responsabilidade é toda sua.

Seu “paraíso” depende de VOCÊ.

Tenha sempre, muito cuidado com aquilo que deseja,..talvez ele se torne realidade….

Colaboração: Renato Antunes Oliveira

A Árvore da Amizade sob as Intempéries da Vida

Ricardo Barros

A vida é um jardim onde florescem árvores variadas. Uma delas chama-se árvore das amizades que, de vez em quando, a gente precisa balançar para caírem as podres pois sabemos ser essa árvore muito resistente às diversas estações da vida cujas intempéries fazem apodrecer os frutos inconsistentes.

As intempéries que as submetem são, a provação, o interesse próprio e o medo.

A provação deixa-nos indefesos, ainda que temporariamente, mas os frutos bons não se estragam com essa situação.

Toda provação tem uma medida certa, uma dosagem adequada à vida para nos florescer a esperança, a experiência e a força [resistência].

Os frutos cuja essência é apenas o interesse próprio apodrecem indefinidamente.

O interesse próprio é a essência do orgulho e este se enfraquece na provação.

Submete-se ao poder da esperança, da experiência e da força e assim surge o medo.

O medo é a direção do orgulho que desconhece a resignação, a temperança, a prudência e a perseverança.

É o adversário da fé.

No meio da provação o interesse próprio é desmascarado e o medo denuncia as amizades podres.

De vez em quando precisamos balançar [observar] posto que, em verdade é a própria vida que se encarrega disso.

Devemos apenas estar atentos e aprender a crescer quando essas intempéries se nos apresentarem.

Como a teoria da evolução das espécies, através da seleção natural, a árvore das amizades também seleciona os frutos que devem permanecer.

Colaboração de Renato J. G. Filho

A Arte de Viver Bem

Içami Tiba

Não exija dos outros o que eles não podem lhe dar,
Mas cobre de cada um a sua responsabilidade.

Não deixe de usufruir o prazer,
Mas que não faça mal a ninguém.

Não pegue mais do que você precisa,
Mas lute pelos seus direitos.

Não olhe as pessoas só com os seus olhos,
Mas olhe-se também com os olhos delas.

Não fique ensinando sempre,
Você pode aprender muito mais.

Não desanime perante o fracasso,
Supere-se o transformando em aprendizado.

Não se aproveite de quem se esforça tanto,
Ele pode estar fazendo o que você deixou de fazer.

Não estrague um programa diferente com seu mau humor,
Descubra a alegria da novidade.

Não deixe a vida se esvair pela torneira,
Pode faltar aos outros…

O amor pode absorver muitos sofrimentos,
Menos a falta de respeito a si mesmo!

Se você quer o melhor das pessoas,
Dê o máximo de si,
Já que a vida lhe deu tanto.

Enfim, agradeça sempre,
Pois a gratidão abre
As portas do coração.

A arte … de julgar os outros

Eram dois vizinhos. Um deles comprou um coelho para os filhos. Os filhos do outro vizinho também quiseram um animal de estimação.

E os pais desta família compraram um filhote de pastor alemão. Então começa uma conversa entre os dois vizinhos:

— Ele vai comer o meu coelho!

— De jeito nenhum. O meu pastor é filhote. Vão crescer juntos e “pegar” amizade!!!

E, parece que o dono do cão tinha razão. Juntos cresceram e se tornaram amigos.

Era normal ver o coelho no quintal do cachorro e vice-versa. As crianças, felizes com os dois animais.

Eis que o dono do coelho foi viajar no fim de semana com a família. E não levaram o coelho.

No domingo, à tarde, o dono do cachorro e a família tomavam um lanche tranquilamente, quando, de repente, entra o pastor alemão com o coelho entre os dentes, imundo, sujo de terra e morto. O cão levou uma tremenda surra! Quase mataram o cachorro de tanto agredi-lo.

Dizia o homem:

— O vizinho estava certo. Só podia dar nisso!

Mais algumas horas e os vizinhos iam chegar. E agora?!

Todos se olhavam. O cachorro, coitado, chorando lá fora, lambendo os seus ferimentos.

— Já pensaram como vão ficar as crianças?

Não se sabe exatamente quem teve a idéia, mas parecia infalível:

— Vamos lavar o coelho, deixá-lo limpinho, depois a gente seca com o secador e o colocamos na sua casinha.

E assim fizeram. Até perfume colocaram no animalzinho. Ficou lindo. Parecia vivo, diziam as crianças.

Logo depois ouvem os vizinhos chegarem.

Notam os gritos das crianças.

— Descobriram!

Não passaram cinco minutos e o dono do coelho veio bater à porta, assustado. Parecia que tinha visto um fantasma.

— O que foi?! Que cara é essa?

— O coelho, o coelho…

— O que tem o coelho?

— Morreu!

— Morreu? Ainda hoje à tarde parecia tão bem.

— Morreu na sexta-feira!

— Na sexta?!

— Foi. Antes de viajarmos, as crianças o enterraram no fundo do quintal e agora ele reapareceu!

A história termina aqui. O que aconteceu depois fica para a imaginação de cada um de nós. Mas o grande personagem desta história, sem dúvida alguma, é o cachorro. Imagine o coitado, desde sexta-feira procurando em vão pelo seu amigo de infância. Depois de muito farejar, descobre seu amigo coelho morto e enterrado. O que faz ele? Provavelmente com o coração partido, desenterra o amigo e vai mostrar para seus donos, imaginando que o fizessem ressuscitar.

E o ser humano continua julgando os outros…

A outra lição que podemos tirar desta história é que o homem tem a tendência de julgar os fatos sem antes verificar o que de fato aconteceu.

Quantas vezes tiramos conclusões erradas das situações e nos achamos donos da verdade?

Histórias como essa, são para pensarmos bem nas atitudes que tomamos. Às vezes, fazemos o mesmo…

“A vida tem quatro sentidos: amar, sofrer, lutar e vencer.

Então: AME muito, SOFRA pouco, LUTE bastante e se possível…VENÇA sempre!!!”

Colaboração de Maria J. N. Silva

A arte da Amizade

Pesquisadores da universidade de Yale, nos Estados Unidos da América, realizaram um estudo com dez mil executivos Seniors para medir o poder da amizade na qualidade de vida dos americanos.

O resultado foi impressionante: ter amigos reduzia em nada menos que 50% o risco de morte, sobretudo por doenças, num período de cinco anos. Estas informações publicadas por um jornal carioca, recentemente, nos convidam a pensar a respeito das amizades que cultivamos.

Muitos de nós temos facilidade para fazer novos amigos. Mas, nem sempre temos habilidade suficiente para manter essas amizades. É que, pelo grau de intimidade que os amigos vão adquirindo em nossas vidas, nos esquecemos de os respeitar.

Assim, num dia difícil, acreditamos que temos o direito de gritar com o amigo. Afinal, com alguém devemos desabafar a raiva que nos domina. Porque estamos juntos muitas horas, justamente por sermos amigos, nos permitimos usar para com eles de olhares agressivos, de palavras rudes.

Ou então, usamos os nossos amigos para a lamentação constante. Todos os dias, em todos os momentos em que nos encontramos, seja para um lanche, um passeio, uma ida ao teatro ou ao cinema, lá estamos nós, usando os ouvidos dos nossos amigos como lixeira.

É isso mesmo. Despejando neles toda a lama da nossa amargura, das nossas queixas, das nossas reclamações. Quase sempre, produto da nossa forma pessimista de ver a vida. Sim, nossos amigos devem saber das dificuldades que nos alcançam para nos poderem ajudar. O que não quer dizer que devamos estragar todos os momentos de encontro, de troca de afetos, com os nossos pedidos, a nossa tristeza.

Os amigos também têm suas dificuldades e para nos alegrar, procuram esquecê-las e vêm, com sua presença, colocar flores na nossa estrada árida. Outras vezes, nos permitimos usar nossos amigos para brincadeiras tolas, até de mau gosto.

Acreditando que eles, por serem nossos amigos, devem suportar tudo. E quase sempre nos tornamos inconvenientes e os machucamos.

Por isso, a melhor fórmula para fazer e manter amigos é usar a gentileza, a simpatia, a doçura no trato com as pessoas.

Lembremos que a amizade, como o amor, necessita ser alimentada como as plantas do nosso jardim. Por isso a amizade necessita, para se manter da terra fofa da bondade, do sol do afeto, da chuva da generosidade, da brisa leve dos pequenos gestos de todos os dias.

Usa a cortesia nos teus movimentos e ações, gerando simpatia e amizade.

Podes começar no teu ambiente de trabalho. Os que trabalham contigo merecem a tua consideração e o teu respeito.

Torna-os teus amigos. Por isso, no trato com eles, usa as expressões: por favor, muito obrigado.

Lembra-te de dizer bom dia, com um sorriso, desejando de verdade que eles todos tenham um bom dia.

Observa e ajuda quanto puderes, gerando clima de simpatia.

Sê amigo de todos e espalha o perfume da amizade por onde vás e onde estejas.

Colaboração de Wilma Santiago

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