O executivo estava na capital e entrou em um táxi com um amigo.
Quando chegaram ao destino, o amigo disse ao taxista:
Agradeço pela corrida. O senhor dirige muito bem.
E, ante o espanto do motorista, continuou:
Fiquei impressionado em observar como o senhor manteve a calma no meio do trânsito difícil.
O profissional olhou, um tanto incrédulo, e foi embora.
O executivo perguntou ao amigo por que ele dissera aquilo.
Muito simples – explicou ele. Estou tentando trazer o amor de volta a esta cidade e iniciei com uma campanha da gentileza.
Você sozinho? – Disse o outro.
Eu, sozinho, não. Conto que muitos se sintam motivados a participar da minha campanha.
Tenho certeza de que o taxista ganhou o dia com o que eu disse.
Imagine agora que ele faça vinte corridas hoje. Vai ser gentil com todas as 20 pessoas que conduzir, porque alguém foi gentil com ele.
Por sua vez, cada uma daquelas pessoas será gentil com seus empregados, com os garçons, com os vendedores, com sua família.
Sem muito esforço, posso calcular que a gentileza pode se espalhar pelo menos em mil pessoas, num dia.
O executivo não conseguia entender muito bem a questão do contágio que o amigo lhe explicava.
Mas, você vai depender de um taxista!
Não só de um taxista, respondeu o otimista. Como não tenho certeza de que o método seja infalível, tenho de fazer a mesma coisa com todas as pessoas que eu contatar hoje.
Se eu conseguir que, ao menos, três delas fiquem felizes com o que eu lhes disser, indiretamente vou conseguir influenciar as atitudes de um sem número de outras.
O executivo não estava acreditando naquele método. Afinal, podia ser que não funcionasse, que não desse certo, que a pessoa não se sensibilizasse com as palavras gentis.
Não tem importância, foi a resposta pronta do entusiasta. Para mim, não custou nada ser gentil.
Colaboração: Wilma Santiago