Por Luiz Gonzaga Pinheiro
- Adeus: É quando o coração que parte deixa a metade com quem fica.
- Amigo: É alguém que fica para ajudar quando todo mundo se afasta.
- Amor ao próximo: É quando o estranho passa a ser o amigo que ainda não abraçamos.
- Caridade: É quando a gente está com fome, só tem uma bolacha e reparte.
- Carinho: É quando a gente não encontra nenhuma palavra para expressar o que sente e fala com as mãos, colocando o afago em cada dedo.
- Ciúme: É quando o coração fica apertado porque não confia em si mesmo.
- Cordialidade: É quando amamos muito uma pessoa e tratamos todo mundo de igual maneira.
- Doutrinação: É quando a gente conversa com o Espírito colocando o coração em cada palavra.
- Entendimento: É quando um velhinho caminha devagar na nossa frente e a gente, estando apressado, não reclama.
- Evangelho: É um livro que só se lê bem com o coração.
- Evolução: É quando a gente está lá na frente e sente vontade de buscar quem ficou para trás.
- Fé: É quando a gente diz que vai escalar um Everest e o coração já o considera feito.
- Filhos: É quando Deus entrega uma jóia em nossa mão e recomenda cuidá-la.
- Fome: É quando o estômago manda um pedido para a boca e ela silencia.
- Inimizade: É quando a gente empurra a linha do afeto para bem distante.
- Inveja: É quando a gente ainda não descobriu que pode ser mais e melhor do que o outro.
- Lágrima: É quando o coração pede aos olhos que falem por ele.
- Lealdade: É quando a gente prefere morrer que trair a quem ama.
- Mágoa: É um espinho que a gente coloca no coração e se esquece de retirar.
- Maldade: É quando arrancamos as asas do anjo que deveríamos ser.
- Mediunidade com Jesus: É quando a gente serve de instrumento em uma comunicação mediúnica e a música tocada parece um noturno de Chopin.
- Morte: Quer dizer viagem, transferência ou qualquer coisa com cheiro de eternidade.
- Netos: É quando Deus tem pena dos avós e manda anjos para alegrá-los.
- Obsessor: É quando o Espírito adoece, manda embora a compaixão e convida a vingança para morar com ele.
- Ódio: É quando plantamos trigo o ano todo e estando os pendões maduros a gente queima tudo em um dia.
- Orgulho: É quando a gente é uma formiga e quer convencer os outros de que é um elefante.
- Paz: É o prêmio de quem cumpre honestamente o dever.
- Perdão: É uma alegria que a gente se dá e que pensava que jamais a teria.
- Perfume: É quando mesmo de olhos fechados a gente reconhece quem nos faz feliz.
- Pessimismo: É quando a gente perde a capacidade de ver em cores.
- Preguiça: É quando entra vírus na coragem e ela adoece.
- Raiva: É quando colocamos uma muralha no caminho da paz.
- Reencarnação: É quando a gente volta para o corpo, esquecido do que fez, para se lembrar do que ainda não fez.
- Saudade: É estando longe, sentir vontade de voar, e estando perto, querer parar o tempo.
- Sexo: É quando a gente ama tanto que tem vontade de morar dentro do outro.
- Simplicidade: É o comportamento de quem começa a ser sábio.
- Sinceridade: É quando nos expressamos como se o outro estivesse do outro lado do espelho.
- Solidão: É quando estamos cercados por pessoas, mas o coração não vê ninguém por perto.
- Supérfluo: É quando a nossa sede precisa de um gole de água e a gente pede um rio inteiro.
- Ternura: É quando alguém nos olha e os olhos brilham como duas estrelas.
- Vaidade: É quando a gente abdica da nossa essência por outra, geralmente pior.
Do Livro “O Homem Que Veio da Sombra”, de Luiz Gonzaga Pinheiro.