Quando cortas uma flor para ti, começas a perdê-la, porque murchará em tuas mãos e não se fará semente para outras primaveras.
Quando aprisionas um passarinho para ti, começas a perdê-lo, porque não mais cantará no bosque para ti nem criará outros passarinhos em seu ninho.
Quando guardas teu dinheiro começas a perdê-lo, porque o dinheiro não vale por si, mas pelo o que com ele se pode fazer.
Quando não arriscas tua liberdade para tê-la, começas a perdê-la, porque a liberdade que tens se comprova quando te atiras optando e decidindo.
Quando não deixas partir o teu filho para a vida, começas a perdê-lo, porque nunca o verás voltar para ti livre e maduro.
Não existe preço para a liberdade, mas uma belíssima recompensa para quem a utiliza com despreendimento de alma — ter para sempre, junto à si a fidelidade daqueles que livres dos grilhões, se comprazem em serem seus eternos admiradores!
Quem ama liberta com a certeza da volta espontânea ao aconchego. Aprende no caminho da vida a padadoxal lição da experiência: sempre ganhas o que deixas e perdes o que reténs.
martha carrer cruz gabriel
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